Exploração sexual infantil sobe 50% em um ano no Mato Grosso

Mato Grosso é o segundo estado com o maior número de crimes no país

Os índices de exploração sexual infantil subiu 50% em um ano no Mato Grosso. Logo, esses números colocam o estado no segundo lugar no país, segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os dados são referentes a 2020 e 2021, quando os casos envolvendo crianças de 0 e 17 anos aumentaram 50,8%.

Ainda conforme o anuário, Mato Grosso apresentou a taxa de 5,4 por 100 mil habitantes, que varia entre 0 e 2,9. Porém, o estado fica atrás de Mato Grosso do Sul, com 8,5.

A exploração sexual infantil

Segundo estudos os casos de exploração sexual infantil acontecem por falta de proteção do Poder Público. Os dados sobre violência sexual contra crianças e adolescentes demonstram que o estado brasileiro não protege suas crianças e adolescentes contra a violência sexual, destaca o estudo.

Além disso, os registros apontam uma maior prevalência de vítimas do sexo feminino. Então, uma hipótese é que os tabus e o preconceito impeça as denúncias. Logo, a vergonha que envolve a denúncia da violência sexual masculina é responsável pelos níveis de subnotificação, principalmente de adolescentes e jovens.

Ainda de acordo com o anuário, os crimes de exploração são referentes a toda forma de comércio do próprio corpo. Porém, como a vítima é menor de idade, a vulnerabilidade justifica a criminalização do ato, independentemente do suposto desejo.

Os principais autores deste tipo de crime podem, entretanto, estar bem próximos da vítima. Agora pode ser o aliciador, o proprietário do local onde a exploração ocorre, o ‘cliente’. No entanto, quem mais explore a vítima como, por exemplo, mães e pais que entreguem seus filhos para turismo sexual.

Finalmente, o anuário informa que a exploração sexual infantil costuma ocorrer em rodovias federais. “O próprio relatório da PRF (Polícia Rodoviária Federal), indica mais de 3.651 pontos vulneráveis nas estradas, um forte indício de que se está diante de um elevado nível de subnotificação do crime”, aponta o estudo.

Política pública

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) divulgou uma nota informando que “as ações permanentes de repressão a estes crimes acontecem por meio da instauração de inquéritos policiais e responsabilização dos criminosos”.

Segundo a Sesp, a Polícia Militar e a Civil também desenvolvem projetos sociais distintos de prevenção à violência, com ações de conscientização relacionadas à dependência química, bullying, abuso e exploração sexual. Finalmente, os números 100 ou 180 estão disponíveis para denúncias.

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