O Coronavírus oferece uma certa imunidade ao organismo depois da infecção. Mas, esta proteção é de curta duração, conforme apontou o estudo divulgado na Revista Nature Medicine esta semana (15.09) que avalou os casos de reinfecção pelo novo Coronavírus.
No entanto, o Coronavírus, causador da atual pandemia não foi analisado nas 513 amostras sorológicas, avaliadas na pesquisa liderada pelos cientistas da Universidade de Amsterdã, na Holanda.
Por outro lado, a virologista responsável pelas análises, Lia van der Hoek, classificou o Coronavírus em quatro tipos que agem no organismo sazonalmente, causando infecções no trato respiratório: NL63, 229E, OC43 e HKU1.

Coronavírus SARS-Cov-2 / Fonte: Instituto nacional de alergias e infecções
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Coronavírus: entenda como a infecção age no corpo
A princípio, o vírus que se assemelha muito ao da gripe comum, tem nas narinas, olhos e garganta a porta de entrada para todo o restante do corpo humano. O acesso ocorre por meio da absorção de gotículas contendo carga viral.
A biomédica e professora do Centro Universitário UniFTC, Beatriz Rabelo, explica que após o indivíduo levar a mão com gotículas à boca, ao nariz ou aos olhos, o vírus consegue entrar no organismo com muita facilidade.
“O Coronavírus se instala nas nossas células do fundo do nariz e da garganta ligando-se a receptores específicos. Uma vez dentro da célula, ele passa a dar ordens, ou seja ele diz o que deve ser feito. Então, o vírus começa a se multiplicar até que essa célula se rompe e ele passe a infectar novas células”, explicou.
Além disso, uma vez dentro do corpo, começam os sintomas e sinais de infecção. Tais como dor de garganta, nariz entupido, dificuldade em respirar, entre outros.
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Sinais de resistência do corpo ao vírus
Ainda de acordo com o artigo do periódico, os cientistas observaram que as pessoas estudadas voltaram a ter infecção pelo Coronavírus mesmo após um ano de infectadas pela primeira vez.
Ou seja, o Coronavírus, SARS-Cov-2 é mais recorrente do que se pensa, ainda que tenha havido uma resposta defensiva do organismo, contra ele.
Ao todo, foram dez pacientes acompanhados e tendo suas amostras sorológicas analisadas, por 35 anos.Reforçando que o objetivo específico era estudar os coronavírus de resfriado.
Por fim, os pesquisadores reforçam que ainda é preciso de mais pesquisas para definir o prazo de duração da imunidade contra o Sars-Cov-2. Bem como defendem políticas que exigem imunidade de longo prazo, como vacinação, para atingir a imunidade coletiva.
Medidas de prevenção
O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas de proteção contra o novo Coronavírus, seja o do resfriado comum, ou o agente causador da Covid-19. Confira:
- Lavar as mãos com frequência, com água e sabão, ou álcool em gel 70%.
- Cobrir o nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo ao tossir ou espirrar.
- Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção com as mãos não higienizadas.
- Respeitar a distância mínima de 1 metro entre pessoas, em lugares públicos e de convívio social.
- Evitar abraços, beijos e apertos de mãos. Ou seja, o contato direto com outras pessoas.
- Higienizar o celular, brinquedos e outro objetos que são utilizados com frequência.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.
- Manter os ambientes limpos e bem ventilados.
- Respeitar o isolamento social, pela não circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas.
- Dormir bem e manter uma alimentação saudável.
- Recomenda-se a utilização de máscaras em todos os ambientes, pois funcionam como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.
Fonte: Nature Medicine
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