
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Podendo variar de pequenos escapes ocasionais quando tossir, rir ou espirrar, até uma vontade extrema de urinar, tão forte que não se consegue controlar.
No entanto, a incontinência é mais comum em mulheres, devido à sua ligação aberta com o enfraquecimento do assoalho pélvico, agravado com o avanço da idade, diferenças anatômicas, alterações hormonais e consequência do pós-parto.
Mas, a fisioterapeuta, especializada em saúde da mulher, Renatta Tavares, explica as possíveis causas e reforça que a incontinência urinária tem tratamento.
“Para a maioria dos pacientes, a incontinência urinária não é somente um problema médico, pois ela afeta também o bem estar emocional, psicológico e social. E muitos deixam de realizar atividades cotidianas que possam afastá-los do banheiro por muito tempo. Mas, como hoje a medicina já trabalha em áreas bem articuladas, a maioria das causas da incontinência podem ser tratadas com sucesso”, esclareceu.
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Causas da incontinência urinária
Contudo, os motivos para se ter incontinência podem ser diversos, dependendo do sexo, idade e estilo de vida de cada pessoa.
As principais causas podem ser:
- Gravidez e pós-parto
- Excesso de peso
- Idade
A médica explica em detalhes, cada uma das causas acima. No caso da gestação e do pós-parto, as alterações hormonais e o peso de carregar um bebê podem danificar os músculos nervos e tecido do assoalho pélvico da mulher, levando ao estresse crônico ou à incontinência.
O mesmo ocorre quando há sobrepeso, pois os músculos internos ficam mais afrouxados e fracos, causando a doença como consequência final. Já no caso da idade, Tavares esclarece que as alterações hormonais associadas à menopausa podem causar deterioração do revestimento da uretra e da bexiga.
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Tratamento
A princípio, o tratamento é realizado por meio da fisioterapia, medicamentos e, em último caso a cirurgia.
“Ela é indicada pra casos de incontinência urinária que não tenham tido o resultado esperado após mais de seis meses de tratamento com exercícios e fisioterapia. Lembrando que após a cirurgia o médico vai indicar o retorno para a fisioterapia, para o fortalecimento dos músculos ao redor da bexiga, acelerando a recuperação e garantindo melhoras nos resultados”, explica a fisioterapeuta.
Por outro lado, a enfermidade pode atingir pessoas de todas as idades, porém é mais comum em mulheres mais velhas, devido a alguns fatores como o enfraquecimento e envelhecimento das estruturas musculares e ligamentos de pelve feminina.
Além disso, podemos levar em consideração também a menopausa, por exemplo. Especialmente após os 60 anos, idade em que as estatísticas revelam que 20% a 30% das mulheres apresentam a disfunção.

Fatores agravantes da disfunção
Um dos principais agravos da incontinência ocorrem após o parto normal, já que há maior pressão na região, devido ao alargamento da vagina, para o nascimento do bebê.
Porém, de acordo com Tavares, nem todas as mulheres de parto normal vão apresentar incontinência urinária. Isso pode acontecer com mais frequência em mulheres cujo parto é prolongado, tiveram indução do trabalho de parto, ou o neném é grande.
Além disso, existem outras situações, em que a situação pode se agravar. São elas:
- Distúrbios neurológicos
- Exercícios de alto impacto
- Infecções urinárias ou vaginais
- Efeitos colaterais e medicamentos
- Constipação intestinal
- Fraqueza de alguns músculos pélvicos
Por fim, deve-se ficar atento aos sinais que o corpo emite. Buscar sempre um médico, ou especialista, assim que perceber alguma coisa fora do comum, no próprio corpo.
Fonte: Dra. Renatta Tavares
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