Saúde mental dos profissionais da linha de frente do Coronavírus está debilitada, diz estudo

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta (09.09) uma pesquisa sobre a influência da Covid-19 na saúde mental dos profissionais da saúde, que fazem parte da comissão de combate ao novo Coronavírus.

Aliás, a pesquisa, que teve seus questionários respondidos por mais de 185 mil profissionais, em apenas um mês, já é considerada como o maior banco de dados sobre a saúde mental de profissionais, durante a pandemia.

De acordo com o levantamento, cerca de 7% dos entrevistados relataram ter diagnósticos psiquiátricos prévios, como depressão e ansiedade. Já 58,4% dos participantes apresentam sintomas psicológicos e psiquiátricos abaixo da média na população brasileira.

Além disso, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva,afirma que esta base de dados deve servir para estudos, pelo menos pelos próximos 10 ou 12 anos.

“Esse estudo foi feito por uma política de estado, que está preocupado e atento aos cuidados com a saúde mental de seus profissionais. Toda a pesquisa foi baseada em fatos reais, realizada com indivíduos que contemplam uma faixa etária entre 20 a 79 anos. É uma fonte de dados que vai frutificar internacionalmente, pois é inédita no mundo”, explicou.

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Saúde mental / Fonte: Reprodução da internet
Saúde mental / Fonte: Reprodução da internet

Saúde mental de profissionais em tempos de Coronavírus

Por outro lado, o estudo também conseguiu traçar o perfil sociodemográfico dos participantes. Com os resultados obtidos, foi constatado que 80% dos participantes eram mulheres, com idades entre 20 e 79 anos.

E destas, 61%se autodeclararam brancas, enquanto 29% se autodeclararam pardas. Quanto ao espaço geográfico, profissionais de todos os estados e Distrito Federal puderam colaborar. Sendo São Paulo o estado com mais respondentes (28,7%), seguido por Minas Gerais (9,2%) e Rio de Janeiro (9,1%).

No entanto, o Ministério da Saúde vem oferecendo serviço de suporte psiquiátrico aos profissionais da linha de frente contra a Covid. Eles recebem acompanhamento emocional, por meio de consultas presenciais e online além de suporte via aplicativo e chat. Tudo isso, numa tentativa de fazer com que estes profissionais desenvolvam seu trabalho com o menor impacto e sofrimento emocional possível.

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Saúde mental / Fonte: Reprodução da internet
Saúde mental / Fonte: Reprodução da internet

Desde o início da pandemia, cerca de 230 profissionais de saúde faleceram e outros quase 300 mil foram infectados pelo novo coronavírus, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no ultimo mês.

Entre as categorias mais afetadas pela morte estão os técnicos e auxiliares de enfermagem (38,5%), médicos (21,7%) e enfermeiros (15,9%). Já entre os casos confirmados, os mais atingidos foram técnicos e auxiliares de enfermagem (34,4%), enfermeiros (14,5%), médicos (10,7%) e agentes comunitários de saúde (4,9%).

Fonte: Conselho Federal de Farmácia

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