Novos casos de Monkeypox, a varíola dos macacos, são confirmados em MT

O surto já tem casos confirmados em Sorriso, Rondonópolis e Tangará da Serra - entenda o que é e como evitar

A Secretaria de Saúde do Mato Grosso notificou 35 casos positivos de Monkeypox vírus, também conhecido como varíola dos macacos, no Estado nos últimos dias. O surto já tem casos confirmados em Sorriso (1), Rondonópolis (3) e Tangará da Serra (3), além de mais de 19 confirmados em Cuiabá, um aumento de 16 casos em um mês. 

O que é a Monkeypox?

A Monkeypox (MPXV), é uma zoonose viral cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal, ou humano infectado, ou material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome “varíola dos macacos”, os primatas não são culpados pelo surto, mas um vírus de mesmo nome que está intimamente relacionado com a varíola, que já foi erradicada do planeta.

Ambos são membros do gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae. Monkeypox foi descoberto pela primeira vez em 1958, quando surtos de uma doença que causava varíola foram descobertos em macacos mantidos em cativeiro para pesquisa. Foi diagnosticada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo (RDC) e agora é endêmico na África Central e Ocidental.

Como se transmite a Monkeypox?

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas, bem como objetos recentemente contaminados. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluidos corporais.

A Monkeypox, apesar de ser uma doença que exige contato próximo e prolongado para transmissão pessoa a pessoa, não sendo rápida disseminação, trata-se, porém, de um vírus com potencial epidêmico. Porém, é possível ainda o contágio através do contato indireto por meio de roupas, objetos e superfícies contaminadas, lesões cutâneas ou fluidos corporais, uma vez que o MPXV sobrevive por até 90 horas em superfícies.

Sinais e sintomas

Os sintomas normalmente aparecem entre cinco e 13 dias após a infecção, embora possa levar até 21 dias para o surgimento. Agora, os primeiros sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, inchaço dos gânglios linfáticos, calafrios e exaustão.

Uma vez que a febre apareceu, uma erupção tende a surgir, concentrada no rosto, mãos e pés antes de se espalhar para outras áreas do corpo. Além disso, podem aparecer no interior da boca, órgãos genitais e a córnea.

Embora os sintomas geralmente diminuam em um mês, um em cada dez casos pode ser fatal. As crianças são particularmente suscetíveis.

O diagnóstico requer testes de PCR

Dado que as erupções cutâneas são observadas em muitas outras doenças, como varicela e sarampo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o diagnóstico com o teste de PCR. Segundo eles, porque os ortopoxvírus produzem antígenos e desencadeiam anticorpos que podem se parecer com outros vírus relacionados.

Se você achar que tem sintomas compatíveis de monkeypox, procure uma unidade de saúde mais próxima de sua residência. Se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.

Imunização para prevenir Monkeypox

Uma vacina foi recentemente aprovada (MVA-BN) para prevenir a Monkeypox, no entanto, a vacinação em massa não é recomendada neste momento pela OMS. No Brasil, não há previsão de quando as vacinas contra a MPXV ficarão disponíveis.

Leia também: É possível se contaminar com a varíola dos macacos em ambiente comum?

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Consulte mais informação