O Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) começou a desenvolver a pesquisa “Ser professor em tempos de pandemia: o impacto da atividade laboral na saúde mental“, para entender como os docentes tem lidado com o isolamento e a rotina de trabalho, em meio à pandemia.
No entanto, é fato que esta transição para o “novo normal” tem exigido muito de todos os profissionais que precisam interagir com as mídias digitais bruscamente. Assim, é provável que esse impacto não seja diferente para os professores ao desenvolverem atividades remotas, utilizando ferramentas e plataformas digitais e online pouco familiarizadas.
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Como será a pesquisa
O estudo será pautado nas respostas dos professores de todos os ciclos, ou seja, desde a Educação Infantil ao Nível superior e tem por finalidade compreender o impacto da pandemia na saúde mental dos educadores. O que se planeja com os resultados da pesquisa é promover a saúde mental desses profissionais por meio de posts, lives e outras atividades pertinentes.
As docentes que poderão participar do levantamento, deve possuir mais de 18 anos e estar na ativa durante a pandemia. Basta acessar ao formulário online e responder às questões propostas gratuitamente.
Vale ressaltar que a participação é voluntária e a contribuição é essencial para o estudo que está sendo desenvolvido. Os dados disponibilizados serão utilizados somente para fins acadêmicos e científicos.
A pesquisa é conduzida pelas professoras Luciana Maria Caetano e Betânia Alves Veiga Dell’ Agli, e também pelos pesquisadores Jackeline Maria de Souza e Rodney Querino Ferreira da Costa.
Para saber mais informações utilize os E-mails: [email protected] e [email protected]


Panorama da Educação na Pandemia
Desde o início deste ano, a pandemia do novo Coronavírus alterou a dinâmica das escolas, e instituições de ensino em geral. Agora, elas viabilizam o ensino com atividades a distância. Portanto, essa mudança exigiu que educadores de todo o mundo adaptassem sua rotina doméstica à nova forma de trabalho, o que nem sempre é fácil, certamente tem sua implicações.
Entre os meios e plataformas de ensino a distância, os mais utilizados estão o Google Classroom, Zoom, Google Meet, além grupos de Whatsapp e outros.
Porém, muitas escolas ainda enfrentam dificuldades de infraestrutura. Uma camada importante da população não aparelhos compatíveis e nem internet em casa.
Há de se falar nas Políticas Públicas de Educação que precisam se adequar a esse cenário para garantir acesso à todos os educandos ao ensino a distância.
Sendo a educação a chave para adultos bem preparados tanto intelectualmente, quanto profissionalmente, é fundamental para os alunos continuarem estudando sem que sejam prejudicados no conteúdo a ser aprendido.
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O que dizem alguns dos educadores na pandemia
A professora de Ciências e Biologia, Helivania Sardinha, relata como tem sido esta fase de adaptação ao ‘novo normal’ e as dificuldades que tem enfrentado. Ela dá aulas para o ensino fundamental e médio em uma escola particular em Goiânia/GO. Ela utiliza o Whatsapp, o Google Classroom, uma plataforma do seu colégio e também o YouTube para oferecer conteúdos aos alunos.
Acompanhe o que ela relata: “Existe a dificuldade em aprender a utilizar novas ferramentas e o fato de muita coisa ser cobrada, em um curto período de tempo. Sobre as novas tecnologias utilizadas, por exemplo, eu posso citar o fato de que muitas pessoas têm facilidade em falar com multidões, mas falar para numa câmera é algo totalmente diferente e desafiador”.
Já o professor de História do Colégio Anglo em São Paulo/SP, Vinicius de Paula, relembra que também não teve muito tempo para se preparar para as aulas a distância.
A paralisação não estava prevista, mas a escola de Vinicius já utilizava uma plataforma de ensino a distância desde 2018, e que foi aprimorada neste momento para atender aos alunos no período de pandemia.
Com isso, Vinicius, que também é coordenador no colégio, mantém uma rotina semelhante à de antes do isolamento, mas admite o aumento do volume e fluxo de trabalho, mesmo sendo em home office.
Assim também foi para o professor de Física, Rafael Victor, de Goiânia/GO, que leciona para estudantes do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), na rede pública e privada.
“O volume de trabalho aumentou bastante depois do regime de aulas a distância. Como eu não estava acostumado com esse tipo de trabalho, tive que aprender a utilizar muitas ferramentas, sem falar que o formato das atividades feitas a distância é bastante diferente das feitas em sala de aula e isso é bastante desafiador”, frisou Rafael.
A pesquisa em questão do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) apresenta-se relevante para o momento. A saúde mental é fator intrínseco para o equilíbrio do corpo, o bom desempenho das funções intelectuais, psicológicas e emocionais.
Leia mais sobre a pandemia no Saúde Lab e fique bem informado!
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