Uma empresa que trabalha com software que gerencia conteúdos, a Semrush, realizou um estudo com um resultado bastante curioso. A procura por medicação pela Internet teve um aumento significativo nessa pandemia. Entre os produtos com maior pesquisa estão aqueles relacionados com o possível combate à COVID-19, como a cloroquina, azitromicina, entre outros. Alguns laboratórios e marcas também tiveram uma alta considerável.
Segundo esse levantamento, por exemplo, cloroquina, teve um impressionante crescimento de 8.143% entre os meses de fevereiro até março deste ano. Ou seja, de 14 mil foi para 1,2 milhão de pesquisas se comparado com esses mesmos meses ano passado.
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Procura por medicação pela Internet envolve marcas também

Esse mesmo estudo constatou que as marcas dos medicamentos, bem como os laboratórios também foram muito acessados pelos internautas. Cremer foi tido como um produto preventivo do novo Coronavírus, tendo uma busca média mensal de 88 mil. Comparando-se com 2019, o aumento foi de 35%. A Eurofarma teve seu pico atingido em julho, onde foi 40,5 mil vezes buscada.
De acordo com a Semrush, o aumento mensal do tráfego em 2020 nos cinco principais sites das indústrias farmacêuticas brasileiras foi:
- 161% – Eurofarma;
- 104% – Medley;
- 80% – EMS;
- 72% – Sanofi;
- 28% – Novartis.
Vendas também cresceram, o que alerta sobre automedicação
Assim que houve o alerta de pandemia, o CFF (Conselho Federal de Farmácia) deu início a uma campanha para alertar os cidadãos quanto ao uso inadequado, bem como à automedicação. Essa prática, que já era comum entre os brasileiros, tornou-se preocupante nos últimos tempos. Isso porque foi constatado um aumento considerável nas vendas dos medicamentos que, de alguma forma, estão relacionados com a COVID-19.

Um dos motivos para tais ocorrências são as famosas fake news, principais meios para difusão dos remédios que prometem prevenção ou mesmo a cura do vírus. O ácido ascórbico (vitamina C) teve um aumento de 180% em suas vendas, pois “aumentar a imunidade iria blindar o organismo”. Mas, as notícias falsas focaram mesmo na “queridinha” hidroxicloroquina sulfato, o qual teve um percentual de 67,93% a mais de vendas atribuída a sua aplicabilidade na cura do novo Coronavírus.
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Esses percentuais demonstram claramente a influência do medo associado à utilização indiscriminada de medicamentos. Entretanto, a automedicação, hábito comum em cerca de 77% dos cidadãos brasileiros, é um risco eminente. Independente de necessitar de receita médica ou não, toda medicação pode ser prejudicial se não tiver a orientação de um profissional. Assim, dependendo da debilitação organismo do indivíduo e da dose tomada, o perigo de intoxicação é grande, levando a lesões graves a irreversíveis.
O alerta para a procura por medicação pela Internet é que se evite sempre a automedicação. Qualquer substância consumida sem orientação está passível de causar danos sérios, especialmente durante a pandemia.
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