Setembro Amarelo: casos de suicídio aumentam no Brasil, saiba como ajudar

Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados à depressão, transtornos de personalidade, esquizofrenia e abuso de substâncias

O suicídio é uma realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, são registrados mais de um milhão de casos em todo o mundo e, só no Brasil, os registros ultrapassam 14 mil casos de suicídio por ano. O Brasil é o país com maior taxa de suicídio da América Latina e o oitavo país em número absoluto de suicídios no mundo.

Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados à depressão, transtornos de personalidade, esquizofrenia e abuso de substâncias. O suicídio é uma emergência médica e pode ser evitado com o tratamento das doenças mentais de base.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

“Precisamos orientar para conscientizar, prevenir e no mês de setembro concentramos os nossos esforços e vamos para a prevenção efetiva do suicídio. A morte por suicídio é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base”, afirma o presidente da ABP, Dr. Antônio Geraldo da Silva.

mulheres abraçando para evitar suicídio
É importante estar atento aos sinais (Foto: Liza Summer)

Como detectar tendências ao suicídio?

Tristeza excessiva, variações bruscas de humor, calma após um longo episódio de depressão, tentativa de reconciliação com quem está próximo, fixação pela ideia de fazer um testamento. Essas são algumas atitudes que podem revelar um comportamento suicida. Portanto, se alguém que você ama estiver agindo dessa forma, você pode ajudar.

Diversos fatores podem impedir a detecção precoce e, consequentemente, a prevenção do suicídio. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos importantes. Tal tabu, assim como a dificuldade em buscar ajuda, a falta de conhecimento e de atenção sobre o assunto por parte dos profissionais de saúde e a ideia errônea de que o comportamento suicida não é um evento frequente condicionam barreiras para a prevenção.

Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio. Portanto, somente com informação e empatia, as pessoas próximas podem identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude.

Muitas vezes, somente um bom relacionamento com pessoas próximas consegue driblar o desespero e a desistência de viver. Por isso, converse e acolha, sem julgamentos, por menor que seja o sinal de uma tendência suicida. Lembre-se que todo cuidado é na verdade demonstração de afeto e amor.

Veja também: Setembro amarelo: prevenção da ansiedade, depressão e estresse em prol da vida

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