Setembro amarelo: prevenção da ansiedade, depressão e estresse em prol da vida

O Setembro amarelo partiu de uma iniciativa para informar e conscientizar as pessoas sobre a prevenção do suicídio e promoção da saúde mental para reduzir o grau de estresse, ansiedade e depressão que assolam grande parte da população mundial.

Esse movimento é estimulado mundialmente pelo IASP – Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio e no Brasil pelo Ministério da Saúde, o CVV (Centro de Valorização da vida) e outros tantos espalhados pelo território brasileiro.

As estatística apontam, infelizmente, que os números só crescem, já que ainda existe uma grande resistência ao falar sobre o tema. A depressão em estágio avançado, ou seja, quadros  mais severos, podem desencadear decisões drásticas levando uma pessoa a optar por tirar a própria vida para acabar com a dor e sofrimento sentidos.

De acordo com dados que foram publicados em um estudo da OMS – Organização Mundial de Saúde, mais de 850 mil pessoas tiram suas vidas anualmente, e mais da metade dessas pessoas residem em locais de baixa e média classe. Esse número revelou um dado ainda mais preocupante, em todo o mundo, a cada 40 segundos, uma pessoa tira a sua vida!

setembro amarelo
Campanha em prol da valorização da vida – Setembro Amarelo | Reprodução: Rawpixel

Os jovens, com idades entre 15 e 29 anos, estão sofrendo mais com depressão e posteriormente, suicídio. Em média, 32 brasileiros estão tirando suas vidas todos os dias. Esses números podem ser revertidos, e precisam ser! Mas para isso, é necessário a adoção de medidas que sejam eficazes para a prevenção do suicídio, e o Setembro Amarelo é uma dessas medidas.

Na campanha do Setembro Amarelo aprenda como identificar se você ou alguém próximo está necessitando de ajuda

O primeiro passo para entender que precisa de ajuda e compreender a sua real situação. E para auxiliar nesse processo foi desenvolvido o questionário DASS-21, que é um teste para depressão, ansiedade e estresse, permitindo analisar os índices de cada um dos transtornos, a partir de comportamentos que foram vivenciados na última semana.

São 21 perguntas, que levam em média 03 minutos para que sejam respondidas. Mas cabe ressaltar que o resultado não é válido como uma avaliação profissional, mas sim a determinação de um potencial diagnóstico e uma indicação para buscar auxílio especializado.

No entanto, além do teste, é possível identificar alguns sintomas de depressão e pessoas com risco de suicídio, são eles:

  • Históricos de indicações de doenças psiquiátricas (bipolaridade, transtornos de personalidade, ansiedade, entre outros);
  • Irritabilidade, apatia ou ainda pessimismo;
  • Mudanças bruscas na alimentação ou no sono;
  • Se culpar e se odiar;
  • Desejos inesperados de escrever um testamento, organização de documentos, entre outros;
  • Escrever uma carta para se despedir dos entes queridos;
  • Falar de forma constante sobre suicídio ou morte;
  • Não apresentar bom convívio social;
  • Humor instável;
  • Ter doenças crônicas, que causam dores ou causam limitações.

Qual a melhor forma de auxiliar essas pessoas?

Para conseguir ajudar, de forma verdadeira, é importante entender os comportamentos e tomar algumas ações que podem salvar uma vida, como:

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Setembro amarelo | Reprodução: Rawpixel
  • Não julgue, demonstre empatia, mantenha-se calmo e seja um bom ouvinte;
  • Seja afetuoso e forneça todo o apoio necessário;
  • Não ache que é uma simples brincadeira, realmente leve à sério, e considere os riscos;
  • Identifique formas viáveis de apoio emocional, demonstrando que o suicídio não é a única saída;
  • Aproxime a família para que ela também dê o suporte necessário;
  • Retire todos os pontos que podem ser utilizados para atentar contra a própria vida;
  • Entenda os sentimentos da pessoa que está passando por essa situação, mas não diminua a importância deles;
  • Se preocupe verdadeiramente e demonstre essa preocupação

E você sabe o que NÃO deve ser feito?

Não ignore a situação pelo qual a pessoa está passando, nem tão pouco os pensamentos suicidas. Não entre em pânico, não demonstre choque nem vergonha com a situação.

As palavras certas não são: “Vai ficar tudo bem”, essa é uma forma de diminuir o que a pessoa está sentindo, e esse não é o caminho. Dessa forma, o problema fica parecendo com algo que não tenha relevância ou que seja trivial.

Não garanta que vai ficar em segredo, pois o correto é buscar auxílio especializado de forma imediata. Em casos de crises, não abandone a pessoa, e principalmente não faça julgamentos!

Vale lembrar que existem serviços de saúde e organizações com tratamento gratuitos. Um deles é “CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.”

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