A comunidade científica mundial está alarmada, devido ao aparecimento de um vírus, do mesmo gênero dos causadores da varíola. O estado americano do Alaska já tem dois casos confirmados da doença, que apareceu de forma misteriosa.
Em outras palavras, estima-se que a enfermidade seja transmitida por meio de alguma espécie de roedor selvagem. Entretanto, as causas e a maneira de transmissão ainda não foram identificadas.
Segundo informações oficiais, a primeira paciente, diagnosticada com o vírus da doença em agosto deste ano, teve uma lesão acinzentada no braço esquerdo, cercada por um eritema (uma inflamação ruborizada da pele).
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Em seguida, ela apresentou aumento dos gânglios linfáticos, dor no ombro, fadiga e febre noturna. Mas, mesmo depois de seis semanas, os machucados provocados pelo vírus ainda não se curaram e acabaram provocando cicatriz na área atingida.

Possível origem de contágio
Todavia, o que mais despertou curiosidade neste caso foi o fato da enferma não ter saído dos EUA nos últimos três meses. Tampouco seus parentes próximos. Levando em consideração que o vírus da varíola foi erradicado há cerca de cinco décadas em todo o mundo.
Da mesma forma, nenhum dos integrantes de sua família apresentou sintomas similares aos dela. Ou seja, isso comprova que não há evidências de que o vírus possa se proliferar por meio da contaminação de um ser humano para o outro.
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De acordo com informações da imprensa americana, a família da paciente tem dois gatos. E eles costumam caçar pequenos roedores no entorno da residência. Por outro lado, os filhos dela costumam pegar carcaças de castores, que capturam. E consequentemente têm contato com estes.
O misterioso vírus continua…
O primeiro caso notificado desta enfermidade misteriosa foi em 2015. E na época recebeu o nome de Alaskapox (em alusão à Varíola, em inglês, Smallpox). Na época, os sintomas da primeira vítima foram: uma pequena úlcera de bordas esbranquiçadas cercada por eritema e também febre e fadiga.

Ainda assim, neste caso que ocorreu em Fairbanks, as lesões cicatrizaram em cerca de seis meses. E as autoridades chegaram a analisar objetos pessoais, mas não encontraram nenhuma ligação com o vírus da Varíola em si.
Doença erradicada
De caráter contagioso, desfigurante e, muitas vezes, mortal, esta doença não tem tratamento ou cura. Apenas vacina, que conseguiu erradicá-la na década de 1980. Os sintomas mais comuns são parecidos com os da gripe.
Os pacientes do rosto, mãos, antebraço e em seguida, no tronco. No entanto, o risco de efeito colateral da vacina é muito elevado. Já para identificar a comorbidade, é necessário um diagnóstico médico.
Fonte: ICTQ
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