Vacina de Oxford pausada após voluntária apresentar reação adversa; entenda
O mundo todo acompanha as notícias sobre as vacinas contra o novo Coronavírus, afinal, somente com ela a vida pode tentar voltar ao normal. No entanto, uma notícia preocupou a comunidade científica: a vacina de Oxford pausada. O Saúdelab tem mais informações.
laboratório AstraZeneca interrompeu, nesta terça (08.09), após uma paciente ter apresentando reação adversa durante os testes.
No entanto, representantes do laboratório explicam que esta interrupção é uma medida de segurança, já prevista em testes e serve para garantir que a produção de imunizantes não atinja mais voluntários.
Comunicado gerou apreensão
Em comunicado enviado à imprensa, o laboratório explica que a suspensão dos testes da vacina também se deve principalmente aos fatores segurança e futura eficácia.
“Como parte dos testes globais controlados e randomizados em andamento da vacina de Oxford contra o coronavírus, nosso processo de revisão padrão desencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”, explicou o comunicado.
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Por outro lado, o imunizante, também chamado de ChAdOx1 nCoV-19, que estava em sua terceira fase, já foi testado em pouco mais de 10 mil pessoas em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Mas, diante da pausa repentina, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena as pesquisas no país, também se manifestou por meio de nota, explicando que assim que normalizada a situação, o testes da fase 3 serão retomados.
“A pausa, anunciada após a suspeita de evento adverso não esperado com um voluntário do Reino Unido, trata-se de uma prática comum em estudos clínicos envolvendo fármacos. O comitê de monitoramento de segurança do estudo analisa se o caso tem ou não relação com a vacina e assim que a análise for concluída, a fase 3 deve ser retomada”, esclareceu a instituição.
Vacina Oxford pausada: afinal, qual a reação adversa apresentou a voluntária?
Segundo o CEO da farmacêutica, Pascal Soriot, a paciente apresentou sintomas neurológicos de uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal, chamada mielite transversa.
A doença é grave e rara e pode causar fraqueza muscular, paralisia, dor e problemas na bexiga.
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Contudo, esta não é a primeira vez que os testes da Vacina de Oxford foram interrompidos. Em julho deste ano, outro paciente teve sintomas adversos, neurológicos, que depois de exames, foi descartada sua relação com a Covid-19. Ele havia sido diagnosticado com esclerose múltipla.
Em geral, as vacinas costumam desencadear casos de mielite transversa em raras situações. Embora ela também possa ser causada por infecções virais, como é o caso do vírus SARS-Cov, causador da Covid-19.
Por fim, Soriot informou que o diagnóstico da paciente ainda não foi confirmado, mas seu estado de saúde está melhorando. Ela deverá receber alta do hospital ainda esta semana.
Fonte: CNN Brasil
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