Book Appointment Now

O que é HPV e por que você deve se preocupar com ele
O que é HPV? No dia 4 de março, celebra-se o Dia Internacional de Conscientização sobre o Papilomavírus Humano (HPV), uma data essencial para alertar a população sobre os riscos dessa infecção e as formas de prevenção.
Mas você realmente sabe o que é HPV? Ele é o vírus responsável pela infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, podendo afetar tanto homens quanto mulheres.
Na maioria dos casos, a infecção não causa sintomas, mas, em algumas situações, pode levar ao surgimento de verrugas genitais e até ao desenvolvimento de cânceres graves, como o de colo do útero.
Portanto, vamos explicar melhor o que é HPV, como ocorre a transmissão, quais são os principais sintomas, as formas de tratamento e, o mais importante, como se prevenir dessa infecção.
O que é HPV e como se transmite?
O HPV (sigla para Papilomavírus Humano) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um vírus.
Ele é transmitido principalmente por meio do contato sexual, mas também pode ser transmitido em contato com a pele ou mucosas infectadas.
Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que alguns deles podem causar verrugas genitais, enquanto outros estão associados a cânceres, como o câncer de colo de útero, câncer anal, de garganta e outros tipos.
A grande maioria das pessoas que têm HPV não apresentam sintomas e, por isso, muitas vezes não sabem que estão infectadas.
Na maioria das vezes, o sistema imunológico do corpo é capaz de combater o vírus naturalmente, e a infecção desaparece sozinha em até dois anos.
No entanto, em algumas pessoas, o vírus pode causar lesões ou até mesmo levar ao desenvolvimento de câncer, dependendo do tipo de HPV.
Sinais e sintomas do HPV
Como mencionado, é muito comum que o HPV não apresente sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce.
No entanto, em alguns casos, o vírus pode provocar sinais visíveis no corpo. Esses sinais podem aparecer entre dois meses e até 20 anos após a infecção.
Os sinais mais comuns são as verrugas anogenitais, que podem surgir na região genital, ânus ou na região da vulva, pênis e vagina.
Essas verrugas são chamadas tecnicamente de “condilomas acuminados” e, em geral, são pequenas, elevadas e podem ser únicas ou múltiplas.
Embora, geralmente, não causem dor, elas podem provocar coceira e desconforto na área afetada.
Porém, existem também os casos em que a infecção não apresenta lesões visíveis a olho nu.
Essas lesões são chamadas de subclínicas e podem afetar a região genital, mas também outros locais, como a boca, garganta, ou até mesmo os olhos, embora esses casos sejam mais raros.
Como é feito o diagnóstico do HPV?
O diagnóstico do HPV é realizado principalmente por meio de exames clínicos e laboratoriais.
Quando as lesões são visíveis, o médico pode identificar o tipo de verruga e confirmar a presença do vírus com exames adicionais.
Já em casos em que as lesões são subclínicas, ou seja, não visíveis, o diagnóstico pode ser feito por exames específicos, como o Papanicolau.
Esse exame preventivo é importante para detectar alterações nas células do colo do útero causadas pelo HPV, antes que evoluam para um câncer.
Além do Papanicolau, existem testes moleculares que identificam os tipos de HPV com maior risco de causar câncer.
Esses exames são mais precisos para detectar a infecção em pessoas sem lesões visíveis, permitindo ao médico acompanhar o caso e tomar as medidas necessárias para prevenir complicações graves.
Tratamento do HPV: é possível curar?
Infelizmente, não existe uma cura definitiva para o HPV, mas existem tratamentos que ajudam a eliminar as verrugas causadas pelo vírus.
O tratamento pode incluir medicamentos tópicos, como o imiquimode e a podofilotoxina, que podem ser aplicados diretamente nas verrugas.
Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer a métodos mais invasivos, como a crioterapia (uso de nitrogênio para congelar as verrugas), eletrocauterização (uso de corrente elétrica para destruir o tecido) ou até mesmo cirurgia.
É importante entender que, apesar dos tratamentos, o HPV pode continuar presente no organismo e as verrugas podem reaparecer.
Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para garantir que o tratamento seja eficaz e para detectar possíveis novas lesões.
Prevenção contra o HPV
A melhor maneira de se proteger contra o HPV é a vacinação.
A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde) e é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, em dose única.
Além disso, pessoas que vivem com HIV ou que são transplantadas também devem tomar a vacina, mesmo em idades mais avançadas, de 9 a 45 anos, com um esquema de três doses.
Embora a vacina não proteja contra todos os tipos de HPV, ela é eficaz contra os tipos mais comuns e perigosos do vírus, incluindo os tipos 16 e 18, que estão diretamente relacionados ao câncer de colo de útero e outros tipos de câncer.
Preservativo
O uso de preservativo, tanto masculino quanto feminino, é uma importante medida de prevenção contra o HPV durante as relações sexuais.
Embora o preservativo ajude a reduzir significativamente o risco de transmissão, ele não oferece 100% de proteção, pois o vírus pode afetar áreas não cobertas pela camisinha, como a vulva e a região pubiana.
Apesar disso, o preservativo continua sendo uma das melhores formas de diminuir as chances de contágio e proteger a saúde.
O exame preventivo e a importância do Papanicolau
O exame Papanicolau, também conhecido como exame preventivo, é fundamental para detectar alterações precoces no colo do útero, que podem ser causadas pelo HPV.
Esse exame é importante porque permite identificar células anormais antes que se transformem em câncer.
Muito embora o Papanicolau não seja capaz de identificar diretamente a presença do HPV, ele é o melhor método para detectar o câncer de colo de útero e suas lesões precursoras.
A realização do exame deve ser feita anualmente por mulheres a partir dos 25 anos de idade.
Se alterações forem detectadas, é possível tratar as lesões antes que elas evoluam para um câncer.
Essa prevenção é uma das formas mais eficazes de reduzir a incidência de câncer de colo de útero.
A vacinação contra o HPV no SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o HPV de forma gratuita para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de outros grupos prioritários, como pessoas com HIV, transplantadas e vítimas de abuso sexual.
É importante que todos os jovens que se enquadram nos critérios de vacinação aproveitem essa oportunidade para se proteger contra o vírus.
Além disso, o SUS também disponibiliza exames regulares para monitorar a saúde da população, como o exame de Papanicolau.
Proteja-se contra o HPV
Agora que você já sabe o que é HPV, é importante manter-se atento às formas de prevenção e cuidados necessários para proteger sua saúde.
A conscientização sobre o vírus e suas implicações é fundamental para evitar complicações graves, como o câncer.
Com as medidas de prevenção, como a vacina, o uso de preservativos e exames regulares, você pode reduzir significativamente os riscos associados ao HPV.
A informação é uma das ferramentas mais poderosas na luta contra o HPV.
Ao tomar atitudes preventivas, você cuida de sua saúde e ajuda a prevenir doenças sérias.
Não deixe de buscar orientação médica e adotar hábitos que promovam seu bem-estar.
Leia também: Dieta vegetariana e saúde cerebral: o que ninguém te contou sobre os benefícios e desafios