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Será que a dieta cetogênica para diabetes pode substituir seus remédios? O que você precisa saber
A dieta cetogênica para diabetes tem chamado a atenção de pesquisadores e profissionais de saúde por seus potenciais benefícios no controle da doença.
Uma revisão recente publicada na Revista Nutrients analisou diversos estudos sobre o tema e descobriu que essa dieta pode ajudar não só a controlar o açúcar no sangue, mas também a reduzir a necessidade de medicamentos em alguns casos.
Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos entender como isso funciona e o que você precisa saber antes de considerar essa abordagem.
O que é a Dieta Cetogênica para Diabetes?
A dieta cetogênica para diabetes é um plano alimentar que reduz drasticamente o consumo de carboidratos (menos de 10% das calorias diárias), prioriza o consumo moderado de proteínas e aumenta a ingestão de gorduras saudáveis.
Essa combinação faz com que o corpo entre em um estado chamado cetose, onde ele passa a queimar gordura em vez de glicose para obter energia.
Quando o corpo está em cetose, os níveis de insulina caem, o que pode ser especialmente benéfico para pessoas com diabetes tipo 2, que frequentemente têm resistência à insulina.
No entanto, é importante lembrar que cada pessoa responde de forma diferente à dieta, e nem todo mundo experimenta os mesmos benefícios.
Por isso, é essencial adotar a dieta cetogênica para diabetes com acompanhamento médico, especialmente se você toma medicamentos ou tem outras condições de saúde.
Benefícios da Dieta Cetogênica no Controle do Diabetes
Estudos mostram que a dieta cetogênica para diabetes pode trazer várias vantagens para quem busca controlar a doença e melhorar a saúde. Entre os principais benefícios estão:
1. Controle do Açúcar no Sangue
A redução de carboidratos evita os picos de glicose no sangue, ajudando a manter os níveis de açúcar mais estáveis.
Isso é especialmente importante para pessoas com diabetes tipo 2, que frequentemente lutam para controlar a glicemia.
Além disso, a dieta pode melhorar a sensibilidade à insulina, o que significa que o corpo consegue utilizar a insulina de forma mais eficiente.
2. Redução da Fome
A cetose, estado em que o corpo queima gordura para obter energia, reduz a produção do hormônio da fome (grelina) e aumenta a liberação de hormônios da saciedade.
Isso faz com que as pessoas se sintam satisfeitas por mais tempo, facilitando a adesão à dieta e evitando os desejos por alimentos ricos em carboidratos.
3. Perda de Peso Rápida
Muitas pessoas que adotam a dieta cetogênica para diabetes relatam uma perda de peso inicial significativa, que pode chegar a 4,5 kg nas primeiras semanas.
Parte desse efeito se deve à eliminação de líquidos retidos, mas, a longo prazo, a queima de gordura também contribui para a manutenção do peso.
4. Redução do Uso de Medicamentos
Alguns estudos sugerem que pacientes que seguem a dieta cetogênica para diabetes conseguem reduzir ou até interromper o uso de medicamentos para controle da glicemia.
No entanto, isso deve ser feito com supervisão médica, pois a redução abrupta de medicamentos pode ser perigosa.
Mas, atenção, JAMAIS PARE DE TOMAR SEUS MEDICAMENTOS OU ALTERE SEUS TRATAMENTOS SEM CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, isso pode ser muito perigoso!
A Dieta Cetogênica é Melhor do que Outras Dietas?
Comparada a dietas tradicionais de baixo teor de gordura ou outras abordagens com restrição de carboidratos, a dieta cetogênica parece ser mais eficaz no controle dos níveis de glicose e insulina.
Isso ocorre porque a restrição severa de carboidratos leva a uma cetose mais profunda, o que pode trazer benefícios adicionais para o metabolismo.
No entanto, nem todas as pessoas respondem da mesma forma à dieta. Fatores como idade, gênero, metabolismo e estilo de vida podem influenciar os resultados.
Além disso, a adesão a longo prazo pode ser desafiadora, especialmente para quem está acostumado a uma dieta rica em carboidratos.
A Importância da Qualidade dos Alimentos
Não basta apenas cortar carboidratos: a qualidade dos alimentos ingeridos na dieta cetogênica para diabetes faz toda a diferença.
Versões da dieta que priorizam alimentos naturais e minimamente processados, como vegetais folhosos, carnes magras, peixes gordurosos, ovos e gorduras saudáveis (como azeite e abacate), tendem a trazer melhores resultados.
Por outro lado, dietas cetogênicas que dependem de alimentos processados com baixo teor de carboidratos, como embutidos e produtos industrializados, podem comprometer os benefícios da dieta e até gerar efeitos colaterais indesejados.
Portanto, é essencial escolher bem os alimentos e priorizar opções nutritivas.
Benefícios Para a Saúde Mental
Além dos benefícios físicos, a dieta cetogênica para diabetes também pode ter impactos positivos na saúde mental.
Pesquisas preliminares sugerem que a dieta pode melhorar o humor, reduzir a ansiedade e aumentar os níveis de energia.
Acredita-se que esses efeitos estejam relacionados à redução da inflamação e ao equilíbrio dos neurotransmissores no cérebro.
No entanto, é importante ressaltar que esses achados ainda são iniciais, e mais estudos são necessários para confirmar os efeitos da dieta na saúde mental.
Enquanto isso, é fundamental adotar uma abordagem cautelosa e buscar orientação profissional antes de fazer mudanças drásticas na alimentação.
Possíveis Efeitos Colaterais e Riscos
Embora a dieta cetogênica para diabetes ofereça diversos benefícios, ela também pode causar efeitos colaterais, especialmente durante o período de adaptação. Entre os mais comuns estão:
1. Gripe Cetogênica
Nos primeiros dias da dieta, algumas pessoas podem sentir sintomas como fadiga, tontura, náusea e dor de cabeça. Esses sintomas, conhecidos como “gripe cetogênica”, geralmente desaparecem após o corpo se adaptar à cetose.
2. Risco de Cetoacidose
Pessoas com diabetes tipo 1 devem ter cautela ao adotar a dieta, pois a cetose extrema pode levar a um quadro grave chamado cetoacidose diabética, que ocorre quando os níveis de açúcar no sangue e cetonas ficam muito altos.
3. Pancreatite Aguda
Pacientes com histórico de pancreatite aguda devem evitar a dieta cetogênica para diabetes, pois a alta ingestão de gordura pode agravar a condição.
4. Deficiência de Nutrientes
Sem um planejamento adequado, a dieta pode levar à falta de vitaminas e minerais essenciais, como magnésio, potássio e fibras. Por isso, é importante incluir uma variedade de alimentos nutritivos e, se necessário, suplementar com orientação médica.
Quem Pode Adotar a Dieta Cetogênica?
A dieta cetogênica pode ser uma opção eficaz para algumas pessoas, mas não é recomendada para todos.
Indivíduos com doenças renais, hepáticas ou histórico de distúrbios alimentares devem ter cautela ao adotar essa abordagem.
Além disso, qualquer pessoa com diabetes que queira experimentar a dieta deve contar com o acompanhamento de um profissional de saúde para garantir que a mudança alimentar seja feita com segurança e de forma equilibrada.
Adesão a Longo Prazo
Um dos maiores desafios da dieta cetogênica para diabetes é a adesão a longo prazo.
A restrição severa de carboidratos pode ser difícil de manter, especialmente para quem está acostumado a uma dieta rica em alimentos como pães, massas e doces. Por isso, é importante adotar uma abordagem flexível e personalizada, que leve em consideração as preferências alimentares e o estilo de vida de cada pessoa.
Como vimos, a dieta cetogênica para diabetes oferece benefícios promissores, como controle da glicemia, perda de peso e redução do uso de medicamentos. No entanto, sua aplicação requer cuidado, supervisão médica e mais pesquisas para esclarecer seus efeitos a longo prazo.
Se você está considerando essa abordagem, converse com um profissional de saúde para avaliar se ela é a melhor opção para o seu caso.
Com o planejamento certo, a dieta cetogênica pode ser uma ferramenta poderosa no controle da doença e na melhoria da qualidade de vida.
O que Dizem os Especialistas?
Especialistas destacam que, embora os resultados sejam promissores, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os efeitos da dieta cetogênica para diabetes.
Cada organismo responde de maneira diferente, e fatores como idade, gênero e metabolismo podem influenciar os resultados.
Por isso, é essencial que qualquer mudança na alimentação seja feita com orientação profissional para garantir segurança e eficiência.
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