Você reconheceria os primeiros sintomas da dengue? Casos passam de 1 milhão no Brasil

Em 2025, 681 pessoas já perderam a vida por causa da dengue e outros 714 óbitos estão sendo investigados.

O Brasil já ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de dengue em 2025. De acordo com dados atualizados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, o país registrou 1.019.033 casos prováveis da doença desde o início do ano.

E embora esse número assuste, ele representa uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país enfrentava um surto ainda mais grave.

Para além das estatísticas, a dengue continua exigindo atenção e cuidados da população.

A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, pode evoluir rapidamente e levar a complicações sérias, inclusive à morte.

Em 2025, 681 pessoas já perderam a vida por causa da dengue e outros 714 óbitos estão sendo investigados.

Mas como identificar os primeiros sintomas? Quanto tempo dura a doença? E o que está sendo feito para controlar a situação no Brasil?

A seguir, respondemos essas e outras dúvidas, com base nos dados mais recentes e nas ações do Ministério da Saúde.

Quais são os primeiros sintomas da dengue?

O primeiro sintoma mais comum da dengue é a febre alta, geralmente acima de 38,5 °C, que surge de forma repentina.

De acordo com o Ministério da Saúde, além da febre, os principais sinais da doença incluem:

  • Dores no corpo e nas articulações;
  • Dor de cabeça, especialmente atrás dos olhos;
  • Mal-estar geral e enjoo;
  • Manchas vermelhas na pele (erupções cutâneas).

Esses sintomas podem ser confundidos com os da gripe, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Embora ambas compartilhem alguns sintomas, como febre e dor no corpo, a dengue tende a causar manchas na pele e dores atrás dos olhos, enquanto a gripe foca mais nos sintomas respiratórios, como dor de garganta e tosse.

Sinais de agravamento da dengue

Quando a doença evolui para a forma grave, o quadro pode se agravar rapidamente, e é fundamental buscar atendimento médico imediato.

Os sinais de alerta para a forma grave da dengue incluem:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Sangramentos (nas gengivas, nariz, fezes ou urina);
  • Tontura ou sensação de desmaio;
  • Sonolência excessiva ou irritabilidade.

Esses sintomas indicam uma complicação mais séria da doença, como o choque hemorrágico, e precisam de cuidado médico imediato.

Quantos dias dura a dengue?

A dengue costuma seguir um ciclo de aproximadamente 7 a 10 dias, variando de acordo com a resposta do organismo de cada pessoa e com o tipo do vírus.

A febre geralmente dura entre 2 e 7 dias, mas o cansaço e o mal-estar podem persistir por semanas, especialmente nos casos mais severos.

Durante esse período, a hidratação adequada e o repouso são fundamentais para a recuperação.

O uso de medicamentos só deve ser feito com orientação médica, pois alguns analgésicos e anti-inflamatórios podem piorar o quadro, aumentando o risco de sangramentos.

Quais são as fases da dengue?

A doença pode ser dividida em três fases principais:

Fase febril:

Dura de 2 a 7 dias, marcada por febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e manchas na pele.

Fase crítica:

Começa por volta do 3º ao 7º dia da doença.

A febre pode diminuir, mas é nesse momento que surgem os riscos de complicações, como hemorragias, queda de pressão e choque.

A atenção médica deve ser redobrada.

Fase de recuperação:

Se não houver complicações, o paciente começa a melhorar.

A febre desaparece e o corpo inicia o processo de regeneração, mas o cansaço pode persistir por mais tempo.

Situação da dengue em 2025: o que os números revelam

Como mencionamos, embora o Brasil tenha ultrapassado a marca de um milhão de casos, o número total ainda é bem menor do que o registrado em 2024.

Na mesma época do ano passado, o país já somava mais de 4 milhões de casos prováveis e 3.809 mortes.

Em 2025, o coeficiente de incidência é de 479,4 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto em 2024 esse número era de impressionantes 1.888,1 casos por 100 mil.

Um dado que chama atenção é que as mulheres foram as mais afetadas, representando 55% dos casos, contra 45% entre os homens.

Maior número de casos e internações

O estado de São Paulo é o mais afetado pela dengue em 2025.

Até agora, foram registrados 590.850 casos prováveis, com uma taxa de incidência de 1.285,2 casos por 100 mil habitantes.

Em seguida, aparece o Acre, com uma taxa de 888,6 casos por 100 mil habitantes, embora em números absolutos o segundo lugar seja ocupado por Minas Gerais, com 111.096 casos.

O impacto da doença também tem sido sentido no sistema de saúde.

Segundo levantamento feito pelo SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), 89% dos hospitais privados paulistas registraram aumento no número de internações por dengue entre 25 de março e 7 de abril.

Além disso:

  • Em 76% dos hospitais, as internações em UTI aumentaram em até 5%;
  • Em 79% dos casos, o tempo médio de internação em UTI foi de 5 a 10 dias.

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Ministério da Saúde e as ações de combate

Diante do cenário, o Ministério da Saúde anunciou novas medidas para reforçar o combate à dengue.

Agora, 312 municípios em 21 estados foram classificados como prioritários para ações de prevenção e controle.

Entre as ações anunciadas estão:

  • Distribuição de 6 milhões de testes rápidos para diagnóstico;
  • Fornecimento de insumos laboratoriais para os Lacens (laboratórios estaduais);
  • Realização de mais de 650 mil exames para confirmação de casos;
  • Apoio da Força Nacional do SUS em regiões críticas.

Vacina nacional contra a dengue

Uma das grandes apostas para os próximos anos é a vacina 100% nacional contra a dengue, que deverá começar a ser distribuída em larga escala só a partir de 2026.

O anúncio foi feito em fevereiro pelo governo federal.

A produção será feita por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, com investimento previsto de R$ 1,26 bilhão.

A expectativa é que mais de 60 milhões de doses sejam disponibilizadas anualmente para a população.

A vacina será uma aliada importante na redução dos casos e mortes pela doença, mas, até lá, as medidas preventivas continuam sendo a principal arma da população.

Como se proteger da dengue?

Atualmente, como a vacina ainda não está disponível em larga escala, a melhor forma de prevenir a dengue é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em locais com água parada.

Veja algumas medidas simples e eficazes para se proteger:

  • Tampe caixas d’água e cisternas;
  • Elimine água parada em vasos de plantas, pneus, garrafas e outros recipientes;
  • Limpe calhas e ralos com frequência;
  • Use repelente e vista roupas que cubram a pele, especialmente em áreas com muitos casos;
  • Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada do mosquito.

A conscientização de cada pessoa faz a diferença na luta contra a dengue — proteger a sua casa é também proteger toda a comunidade.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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