Febre, falta de ar e mais: veja os sintomas de síndrome respiratória aguda grave que exigem atenção

Identifique os sintomas de síndrome respiratória aguda grave e saiba quando buscar ajuda médica urgente.

Entender os sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é essencial para proteger a saúde, especialmente de crianças e idosos. Desde o início do outono, o Brasil tem enfrentado uma crescente de casos graves.

Em Minas Gerais, por exemplo, as prefeituras de Contagem e Betim decretaram estado de emergência em saúde pública após um salto superior a 50% nas internações de crianças com até dois anos.

Mas o alerta vai além das fronteiras mineiras: dezenas de capitais brasileiras já registram maior circulação de vírus respiratórios, segundo autoridades de saúde.

Com o avanço dessas infecções e o impacto direto sobre os sistemas de saúde, é fundamental garantir um diagnóstico precoce e aumentar as chances de recuperação.

Aqui no SaúdeLab você vai descobrir tudo o que precisa sobre a doença, incluindo sintomas, causas, formas de prevenção e quando procurar ajuda médica.

O que é a síndrome respiratória aguda grave?

A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é uma condição clínica caracterizada por um conjunto de sintomas respiratórios intensos e sinais de agravamento da função pulmonar, que geralmente exigem internação hospitalar e cuidados médicos urgentes.

Conforme definição da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, considera-se um caso suspeito de SRAG quando o paciente apresenta pelo menos dois dos seguintes sintomas:

  • Febre de início súbito (com ou sem medição pelo termômetro);
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse;
  • Coriza (nariz escorrendo);
  • Dor de garganta;
  • Perda de olfato ou paladar;
  • E um ou mais dos seguintes sinais de gravidade:
  • Dificuldade ou desconforto para respirar;
  • Sensação de peso ou pressão no peito;
  • Saturação de oxigênio inferior a 95%;
  • Cianose (coloração azulada nos lábios ou rosto).

Em crianças, sintomas adicionais podem incluir:

  • Falta de ar;
  • Desidratação;
  • Recusa alimentar ou menor apetite.

Como a síndrome respiratória aguda grave?

A síndrome respiratória aguda grave é causada por uma lesão nos alvéolos (pequenas estruturas dos pulmões onde ocorre a troca de gases).

Essa lesão leva à inflamação e ao acúmulo de líquido nos pulmões, comprometendo a entrada de oxigênio no sangue.

Como consequência, o organismo recebe menos oxigênio, o que prejudica o funcionamento de órgãos vitais como coração, cérebro e rins.

Esse processo também dificulta a expansão dos pulmões durante a respiração e pode aumentar a pressão nos vasos sanguíneos pulmonares, tornando a condição ainda mais grave.

Quais são os principais sintomas de síndrome respiratória aguda grave?

É essencial saber reconhecer os sintomas de síndrome respiratória aguda grave, tanto em adultos quanto em crianças.

Em adultos:

  • Febre alta (com início súbito);
  • Tosse persistente;
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Pressão no peito;
  • Cansaço extremo;
  • Lábios ou rosto arroxeados;
  • Redução da oxigenação (detectável com oxímetro).

Em crianças:

  • Respiração acelerada ou ruidosa;
  • Gemência ou esforço para respirar;
  • Irritabilidade ou letargia;
  • Recusa alimentar;
  • Febre persistente;
  • Desidratação.

Atenção: Em qualquer faixa etária, sintomas como coloração azulada nos lábios, dificuldade para respirar mesmo em repouso ou febre que não cede com medicamentos comuns são considerados sinais de alerta.

Quais doenças podem causar a SRAG?

A SRAG pode ser desencadeada por diversas infecções respiratórias, como:

  • Gripe (Influenza A e B);
  • Covid-19 (SARS-CoV-2);
  • Vírus sincicial respiratório (VSR) — comum em bebês;
  • Metapneumovírus;
  • Adenovírus;
  • Bactérias causadoras de pneumonia;
  • Fungos, em casos mais raros ou imunossuprimidos.

Vale lembrar que nem todo caso de gripe ou covid-19 evolui para SRAG. A maioria apresenta formas leves ou moderadas.

No entanto, pessoas com maior risco (como crianças pequenas, idosos e indivíduos com comorbidades) podem desenvolver quadros graves.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de SRAG é feito principalmente com base nos sinais e sintomas observados pelo profissional de saúde.

Ou seja, é um diagnóstico clínico, realizado por meio da análise detalhada do quadro do paciente.

No entanto, para confirmar a causa da infecção, é necessário realizar alguns exames laboratoriais, como:

  • RT-PCR: exame utilizado para detectar o material genético de vírus como o da covid-19 e influenza. Este é o teste mais confiável para confirmar a presença desses vírus;
  • Testes rápidos virais: exames mais rápidos para identificar infecções virais, como a covid-19 e a gripe;
  • Exames de sangue: ajudam a verificar a presença de infecções no organismo e a identificar sinais de inflamação ou complicações;
  • Raio-X ou tomografia de tórax: exames de imagem usados para verificar o estado dos pulmões, especialmente em casos graves, e observar possíveis danos causados pela infecção.

Esses exames são essenciais para determinar o agente causador da SRAG e definir o melhor tratamento para o paciente.

Qual é o tratamento para SRAG?

O tratamento da síndrome respiratória aguda grave varia conforme a gravidade dos sintomas e deve ser sempre conduzido por um médico, preferencialmente um clínico geral ou pneumologista.

Nos casos mais leves, é possível que o paciente seja tratado em casa, com repouso, alimentação equilibrada e hidratação constante.

Essas medidas ajudam o organismo a reagir contra o agente infeccioso.

Também é importante evitar contato com outras pessoas, especialmente aquelas que não foram vacinadas contra a gripe, para reduzir o risco de transmissão.

Quando necessário, o profissional de saúde pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas, como:

  • Analgésicos e antitérmicos (ex: paracetamol ou dipirona) para controlar a febre e as dores;
  • Antivirais, como oseltamivir (Tamiflu) ou zanamivir (Relenza), usados para diminuir a multiplicação do vírus e acelerar a recuperação.

Se a infecção for de origem bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de antibióticos específicos, determinados de acordo com o tipo de bactéria identificado.

Em situações mais graves (quando a respiração está comprometida ou os níveis de oxigênio estão muito baixos) é necessário internação hospitalar.

Nesses casos, o paciente pode precisar receber medicamentos pela veia e suporte ventilatório, como uso de oxigênio ou aparelhos para ajudar na respiração.

Quando procurar ajuda médica?

Busque atendimento imediato se você ou seu filho apresentar:

  • Dificuldade de respirar;
  • Chiado no peito;
  • Febre alta persistente;
  • Letargia ou sonolência excessiva;
  • Lábios ou unhas arroxeadas.

A recomendação da Secretaria de Saúde é clara: sintomas de SRAG requerem avaliação médica urgente, mesmo que inicialmente pareçam uma gripe comum.

Como prevenir a síndrome respiratória aguda grave?

A prevenção passa, sobretudo, pelo controle das doenças que causam SRAG.

Algumas medidas incluem:

  • Vacinação contra gripe (Influenza);
  • Vacinação contra covid-19 (incluindo doses de reforço);
  • Higienização das mãos com frequência;
  • Evitar ambientes fechados e aglomerações durante surtos;
  • Uso de máscara em locais de risco ou ao apresentar sintomas;
  • Evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios.

Sintomas de síndrome respiratória aguda grave: a importância da informação

Saber identificar os sintomas de síndrome respiratória aguda grave pode fazer toda a diferença entre uma recuperação rápida e uma complicação séria.

Ao menor sinal de agravamento respiratório, procure atendimento médico.

Informar-se, vacinar-se e adotar cuidados básicos de higiene ainda são as armas mais eficazes para conter a disseminação de vírus respiratórios e proteger quem mais amamos.

Perguntas frequentes sobre sintomas de síndrome respiratória aguda grave

Quais são os primeiros sintomas da síndrome respiratória aguda grave?

Os primeiros sinais geralmente incluem febre alta, tosse e dificuldade para respirar. Em crianças, também pode haver cansaço e recusa alimentar.

Como saber se meu filho está com SRAG?

Se a criança apresentar respiração ofegante, febre persistente, coloração azulada nos lábios ou estiver muito cansada, leve-a ao hospital. Só um médico pode confirmar o diagnóstico.

A síndrome respiratória aguda grave tem cura?

Sim, a SRAG tem tratamento e pode ser revertida, especialmente se for identificada e tratada precocemente. A recuperação depende da causa e da gravidade.

Qual a diferença entre SRAG e gripe comum?

A gripe causa mal-estar, febre e dores no corpo, mas costuma ser autolimitada. A SRAG é mais intensa e pode causar falta de ar grave, baixa oxigenação e necessidade de internação.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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