Cominho preto (Nigella sativa): os efeitos dessa semente no organismo chamaram a atenção da ciência

A Nigella sativa, conhecida também como cominho preto, é usada há séculos como tempero e planta medicinal. Agora, voltou a chamar atenção da ciência porque pode ajudar o corpo a lidar melhor com a gordura e com o colesterol.

Um estudo publicado na revista Food Science & Nutrition analisou a semente tanto em testes de laboratório quanto em pessoas. Os resultados despertaram interesse dos pesquisadores.

Nigella sativa: o que a semente fez nos testes de laboratório

Antes de testar em pessoas, os cientistas fizeram um tipo de “ensaio” usando células que funcionam como células de gordura.

Isso ajuda a entender como a Nigella sativa age dentro do corpo.

Nos testes, as células passaram a acumular menos gordura quando entraram em contato com o extrato da semente.

É como se o processo que transforma essas células em verdadeiros depósitos de gordura tivesse ficado mais lento.Outro ponto importante é que o extrato não provocou danos às células, o que sugere segurança nesse tipo de avaliação.

Esse comportamento observado no laboratório ajuda a explicar por que a Nigella sativa é estudada em pesquisas sobre metabolismo e controle do peso, mesmo que o trabalho não tenha analisado perda de peso em pessoas.

O que aconteceu quando pessoas consumiram cominho preto

Na etapa seguinte, os pesquisadores deram cinco gramas de cominho preto por dia, durante oito semanas, para pessoas com colesterol elevado.

Outras pessoas não consumiram a semente e serviram de comparação.

No fim do estudo, quem consumiu o cominho preto apresentou uma redução no colesterol total.

Ao olhar mais de perto os resultados, os pesquisadores também observaram:

  • queda do LDL, o colesterol “ruim”;
  • diminuição dos triglicerídeos;
  • aumento do HDL, o colesterol “bom”.

Para um alimento simples e já presente no dia a dia de muitos países, esses resultados são animadores.

E o apetite? A semente tirou a fome?

Esse era um possível receio, mas não se confirmou.

Os voluntários responderam a questionários antes e depois da intervenção, e o apetite permaneceu estável.

Não houve perda da fome nem desconfortos ligados à ingestão da semente.

Isso indica que os benefícios no colesterol não têm relação com redução do apetite ou restrições alimentares.

Por que a Nigella sativa pode ajudar o corpo

A semente reúne compostos naturais que influenciam processos inflamatórios e metabólicos, justamente aqueles envolvidos na forma como o corpo lida com gorduras.

O estudo não coloca o cominho preto como solução milagrosa, mas indica que a semente pode ser uma aliada interessante dentro de estratégias de saúde.

O que esperar daqui para frente

Os pesquisadores destacam que ainda são necessários estudos maiores, envolvendo mais pessoas e por períodos mais longos.

Mesmo assim, os primeiros resultados são animadores e ajudam a explicar por que o cominho preto tem despertado tanto interesse nas pesquisas recentes.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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