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Atividade física na infância e tabagismo: quanto exercício por dia pode diminuir o risco de fumar?
A atividade física na infância é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças. Ela influencia positivamente o crescimento físico, a saúde mental e o bem-estar social.
Além disso, um estudo recente revelou uma conexão interessante entre a prática de exercícios desde cedo e a redução do risco de tabagismo na adolescência.
Vamos conferir, aqui no SaúdeLAB, os benefícios da atividade física na infância e, em seguida, apresentar uma pesquisa que mostra como a prática regular de atividades pode ajudar a prevenir o tabagismo entre os jovens.
Benefícios da Atividade Física na Infância
A atividade física na infância traz uma série de benefícios que vão muito além de melhorar a condição física das crianças.
Quando as crianças praticam exercícios regularmente, elas desenvolvem melhor o controle motor, o equilíbrio e a coordenação, habilidades essenciais para diversas atividades, como esportes, dança e até atividades cotidianas.
Além disso, a atividade física na infância contribui para o fortalecimento dos ossos, dos músculos e do sistema cardiovascular, o que reduz o risco de doenças crônicas no futuro.
Estudos indicam que crianças ativas têm uma tendência menor a se tornar obesas, já que o exercício regular ajuda no controle do peso.
A prática também pode melhorar o sono, reduzir níveis de estresse e ansiedade e aumentar a autoestima das crianças, o que contribui para um bem-estar emocional duradouro.
A interação social durante atividades em grupo também ajuda as crianças a desenvolverem habilidades sociais essenciais, como trabalho em equipe, empatia e comunicação.
Além disso, a atividade física na infância tem mostrado um impacto positivo no desempenho escolar.
Crianças que se exercitam regularmente tendem a ser mais concentradas, com maior disposição mental e capacidade de aprender.
A atividade física aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode melhorar funções cognitivas como memória, atenção e raciocínio.
A Conexão entre Atividade Física e Prevenção do Tabagismo
Agora que discutimos os benefícios da atividade física na infância para a saúde física e mental das crianças, vamos explorar um ponto interessante: como a prática de exercícios pode influenciar comportamentos prejudiciais, como o tabagismo.
Um estudo recente, realizado pelas Universidades de Bristol e Exeter (Reino Unido) e pela Universidade da Finlândia Oriental, investigou como a atividade física na infância pode influenciar o início do tabagismo.
A pesquisa acompanhou mais de 2.500 crianças ao longo de mais de uma década, revelando dados importantes sobre essa relação.
Efeito Protetor da Atividade Física na Infância
Os resultados do estudo mostraram que a prática regular de atividade física na infância pode reduzir consideravelmente o risco de as crianças começarem a fumar na adolescência.
Aqui estão os dados principais:
- Crianças que praticaram, em média, 55 minutos de atividade física moderada a vigorosa (AFMV) por dia aos 11 anos apresentaram um risco significativamente menor de começar a fumar.
- Apenas 6 em cada 1.000 dessas crianças começaram a fumar aos 13 anos, comparado a 15 em cada 1.000 no grupo geral.
Esses números sugerem que a atividade física na infância pode reduzir em até 60% o risco de as crianças começarem a fumar durante a adolescência.
Efeito Protetor ao Longo da Juventude
O efeito preventivo da atividade física na infância não se limita aos primeiros anos de vida.
O estudo também mostrou que, ao longo da juventude, manter uma rotina de exercícios pode continuar a ser um fator de proteção contra o tabagismo.
Aos 24 anos, os jovens que mantiveram o hábito de praticar atividade física desde a infância apresentaram menor probabilidade de serem fumantes, quando comparados àqueles que eram sedentários.
Isso reforça a ideia de que atividade física contínua pode ajudar na prevenção do tabagismo, mesmo na adolescência e juventude.
Sedentarismo Infantil e o Risco de Tabagismo
Embora o estudo não tenha encontrado uma relação direta entre o sedentarismo infantil e o início do tabagismo, ele sugere que a falta de atividade física na infância pode enfraquecer o efeito protetor contra o tabagismo.
Aqui estão alguns dados relevantes:
- Aos 11 anos, as crianças da pesquisa passavam, em média, 6 horas por dia em atividades sedentárias.
- Esse número subiu para 9 horas diárias aos 24 anos, o que indica que a falta de atividade física pode contribuir para o aumento do risco de fumar.
Embora não tenha sido estabelecida uma relação direta entre sedentarismo e tabagismo, a diminuição na atividade física na infância ao longo do tempo pode ter impactado negativamente os hábitos de saúde dos jovens, aumentando a probabilidade de se tornarem fumantes.
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