Azeite de oliva e gordura abdominal: o que um estudo com 16 mil pessoas descobriu

Um estudo publicado na revista Frontiers in Nutrition analisou dados de mais de 16 mil adultos e encontrou uma relação interessante entre azeite de oliva e gordura abdominal.

Pesquisadores italianos observaram que pessoas que consumiam azeite de oliva extravirgem de forma regular apresentavam medidas mais favoráveis de cintura e menor risco de obesidade abdominal, que é uma condição ligada a doenças do coração, diabetes tipo 2 e até alguns tipos de câncer.

Por que a gordura abdominal preocupa

A famosa “barriguinha” não é só estética.

O acúmulo de gordura na região da cintura, chamado de gordura visceral, envolve órgãos como fígado e intestino e está associado a inflamações, resistência à insulina e maior risco cardiovascular.

Por isso, encontrar estratégias seguras para controlá-la é prioridade para a saúde pública.

O papel do azeite de oliva extravirgem

O estudo mostrou que existe uma associação significativa entre azeite de oliva e gordura abdominal quando o consumo é frequente.

Em média, quem ingeria cerca de duas colheres de sopa de azeite extravirgem por dia, em pelo menos seis dias da semana, apresentava medidas de cintura e índice de massa corporal (IMC) menores do que aqueles que usavam o azeite apenas de vez em quando.

Um dado importante é que esse resultado não apareceu apenas entre pessoas que seguiam à risca a dieta mediterrânea (um padrão alimentar famoso por valorizar o azeite de oliva).

Mesmo indivíduos que não tinham esse estilo de alimentação apresentaram medidas mais favoráveis.

Isso sugere que o azeite pode, de forma independente, contribuir para a prevenção da obesidade abdominal.

Como o azeite pode ajudar

O azeite extravirgem é rico em gorduras monoinsaturadas, como o ácido oleico, e em polifenóis, compostos bioativos que ajudam a reduzir inflamações, equilibrar o colesterol e melhorar a sensibilidade à insulina.

Todos esses fatores influenciam a forma como o corpo acumula ou distribui gordura.

Além disso, outros estudos já indicaram que o azeite pode aumentar a sensação de saciedade e incentivar o consumo de alimentos saudáveis, como saladas e legumes.

O que o estudo revelou em números

  • Quem consumia azeite com pouca frequência tinha cinco vezes mais risco de obesidade abdominal.
  • A média de circunferência da cintura entre consumidores regulares foi de 89 cm, contra 99 cm nos que usavam raramente.
  • O IMC também foi menor no grupo que consumia azeite quase todos os dias.

O que isso significa para o dia a dia

Antes de tudo é importante lembrar que o estudo é observacional e não prova causa e efeito.

No entanto, ainda assim, reforça uma tendência já documentada: incluir o azeite de oliva extravirgem como principal fonte de gordura saudável pode ser um passo simples para melhorar a saúde metabólica.

Substituir manteiga e margarinas por azeite e usá-lo no preparo de refeições e saladas pode ajudar a manter a cintura sob controle e reduzir riscos ligados à gordura abdominal.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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