Book Appointment Now

A forma do bumbum pode revelar mais do que você imagina, até riscos de diabetes tipo 2
O bumbum costuma ser tema de treino e estética, mas talvez ele diga muito mais sobre a saúde do corpo. Um estudo que será apresentado entre 30 de novembro e 4 de dezembro no encontro anual da Radiological Society of North America (RSNA) aponta uma relação inusitada entre bumbum e diabetes tipo 2.
O trabalho mostra que transformações na forma dos glúteos podem revelar sinais de envelhecimento e até de estilo de vida; e essas mudanças ocorrem de maneira diferente em homens e mulheres.
Realizada pela Universidade de Westminster, a pesquisa analisou mais de 61 mil ressonâncias magnéticas de voluntários do Biobank, no Reino Unido. O objetivo era entender como o corpo muda com o passar do tempo e como essas alterações podem indicar aspectos de saúde, especialmente na área metabólica.
Para isso, os cientistas criaram mapas 3D do glúteo máximo (o famoso “bumbum”, maior músculo da região). Isso permitiu enxergar detalhes que estudos anteriores não conseguiam captar.
Como o glúteo muda ao longo da vida
O glúteo é um músculo importante, mas muita gente só lembra dele quando sente dor na lombar ou quando decide iniciar um treino de membros inferiores.
A verdade é que ele também tem relação direta com nossa energia, força e metabolismo. O estudo mostrou isso com clareza.
Pessoas mais ativas, com rotina que inclui exercícios vigorosos e boa força muscular, tendem a apresentar um formato de glúteo mais preservado.
Por outro lado, quem passa muito tempo sentado, tem fragilidade ou já enfrenta limitações típicas do envelhecimento costuma apresentar um glúteo mais fino, com perda de massa ao longo do tempo.
Esses padrões aparecem nos mapas 3D, que revelam exatamente onde o músculo se altera. E esse comportamento muda entre homens e mulheres.
O que muda no glúteo quando há diabetes tipo 2
Quando o foco da análise passa para bumbum e diabetes tipo 2, a diferença entre os sexos fica ainda mais evidente.
Entre os homens com a doença, o músculo tende a encolher de maneira geral.
Já entre as mulheres, o glúteo não diminui. Pelo contrário, ele pode aparentar ser maior, mas por um motivo nada positivo.
Segundo os pesquisadores, esse aumento não significa ganho de massa muscular, mas sim infiltração de gordura dentro do músculo, algo observado especificamente nas participantes mulheres com diabetes tipo 2.
Ou seja, o glúteo pode parecer volumoso, mas está menos saudável.
Os pesquisadores destacam que essas mudanças no formato podem ser sinais precoces de perda funcional e de alterações ligadas à resistência à insulina.
Em outras palavras, o bumbum pode dar pistas de como o corpo está lidando com a glicose bem antes de surgirem problemas mais sérios.
Por que isso importa para você
Ninguém precisa sair correndo para checar o glúteo no espelho, mas o estudo traz um alerta importante de que o formato dele não é só estética.
Ele reflete movimento, força, nível de atividade física e saúde metabólica.
Um glúteo forte e funcional é resultado de hábitos diários.
Caminhar, treinar pernas e quadril, evitar longos períodos sentado e priorizar atividades que exigem força podem fazer diferença tanto na aparência quanto na saúde.
Os cientistas reforçam que ainda há muito a ser entendido, mas já está claro que homens e mulheres respondem de forma diferente às mesmas condições metabólicas.
Isso significa que o acompanhamento médico e os cuidados do dia a dia também precisam ser pensados de forma individualizada.
E quando o assunto é bumbum e diabetes tipo 2, o corpo pode estar dando sinais que vale a pena observar com mais atenção.
Leitura Recomendada: O que a ciência revela sobre o índice glicêmico e o risco de câncer de pulmão



