Ozempic face: o que o emagrecimento rápido faz no seu rosto

A expressão Ozempic face se popularizou nas redes e já começa a aparecer no vocabulário brasileiro na forma de “rosto de Ozempic”.

O nome chama atenção, mas o fenômeno existe de fato.

Um estudo publicado na Plastic and Reconstructive Surgery – Global Open analisou o crescimento do interesse do público pelo tema ao longo dos últimos anos.

A pesquisa também investigou o que esse movimento pode indicar sobre os efeitos das medicações da classe GLP-1 na aparência de pessoas que emagrecem rapidamente.

Quando o emagrecimento atinge o rosto

O estudo mostra um aumento consistente nas buscas por Ozempic face.

Esse interesse crescente reflete a curiosidade e, em muitos casos, a preocupação, com as mudanças faciais após a perda acelerada de peso.

Bochechas mais fundas, perda de sustentação e aparência cansada são alguns dos efeitos percebidos por quem vive o processo.

Os autores lembram que esse tipo de mudança não é novidade. Alterações faciais sempre ocorreram em emagrecimentos intensos.

A diferença agora é a escala.

Com o uso amplo de GLP-1, milhões de pessoas relatam transformações semelhantes ao mesmo tempo.

Isso explica por que termos como “rosto de Ozempic” e buscas sobre efeitos do medicamento no rosto se espalharam pela internet.

A relação entre o fenômeno e a procura por procedimentos

A análise mostra que, à medida que cresce o interesse por Ozempic face, também aumenta a procura por procedimentos que ajudam a restaurar volume facial.

Entre eles, os preenchedores se destacam.

Termos como “facial filler” (preenchimento facial) e “cheek filler” (preenchimento de bochechas) apresentaram forte correlação com buscas sobre mudanças no rosto associadas ao emagrecimento.

O movimento faz sentido, pois para quem se incomoda com a perda de volume facial, preenchedores tendem a ser a solução mais acessível, rápida e menos invasiva.

Por que as cirurgias não acompanharam esse movimento

O estudo aponta que, embora alguns termos cirúrgicos também tenham aumentado ao longo do tempo, eles não mostraram a mesma correlação com as buscas relacionadas à Ozempic face.

Isso pode ocorrer por fatores como menor familiaridade do público com essas técnicas ou por elas serem percebidas como opções mais complexas, com recuperação mais longa e custo mais alto.

Os autores também sugerem que, para quem busca correções para o “rosto de Ozempic”, pode ser preferível iniciar com alternativas não cirúrgicas. Uma opção seriam os preenchedores.

Caso essas medidas se mostrem insuficientes, os pacientes poderiam então considerar procedimentos mais invasivos. Entre eles estão o “facelift” (lifting facial) ou o “fat grafting” (enxerto de gordura).

Nem tudo é culpa do medicamento

Embora o termo Ozempic face esteja em alta, o estudo ressalta que muitas dessas alterações não são exclusivas dos remédios.

A perda rápida de peso, por si só, já provoca mudanças visíveis no rosto, independentemente da causa.

Ainda assim, pesquisadores levantam hipóteses de que alguns GLP-1 possam influenciar aspectos como qualidade da pele, sustentação, elasticidade e até tônus muscular.

Esses possíveis efeitos específicos ainda precisam de mais investigação.

O que esse movimento revela sobre saúde e autoestima

Com o uso crescente das medicações GLP-1, mais pessoas querem entender as mudanças que veem no espelho e buscar opções para lidar com elas.

É um assunto que envolve imagem, bem-estar e autoestima e, segundo os autores, exige conversas claras entre médicos e pacientes sobre expectativas, efeitos esperados e como abordar eventuais desconfortos durante o tratamento.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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