Você costuma pular o café da manhã? Isso pode aumentar o risco de síndrome metabólica

Muita gente tem o costume de sair de casa apenas com um café preto ou, pior, de estômago vazio. A correria do dia a dia, a falta de apetite matinal ou a ideia de “economizar calorias” fazem com que o café da manhã seja deixado de lado.

No entanto, um novo estudo publicado na revista Nutrients traz um alerta importante. A relação entre pular o café da manhã e síndrome metabólica pode ser mais séria do que parece.

Segundo os pesquisadores, quem tem esse hábito pode apresentar maior risco de alterações no metabolismo que levam a doenças como diabetes tipo 2 e problemas cardíacos.

O que é síndrome metabólica

Antes de entender o impacto de não tomar café da manhã, vale esclarecer o que é síndrome metabólica.

Trata-se de uma combinação de fatores que, juntos, elevam o risco de doenças cardiovasculares.

Entre eles estão:

  • pressão alta;
  • colesterol elevado;
  • glicose aumentada;
  • acúmulo de gordura na região abdominal.

Ou seja, é quando o corpo dá sinais de que o metabolismo não está funcionando bem e começa a ficar sobrecarregado.

De acordo com especialistas, a síndrome metabólica não surge de repente.

Ela se desenvolve aos poucos, muitas vezes de forma silenciosa, e está muito relacionada ao estilo de vida, principalmente à alimentação, ao sono e ao sedentarismo.

Por que pular o café da manhã pode ser um problema

O novo estudo reuniu dados de mais de 118 mil pessoas de diferentes países e observou que quem costuma pular o café da manhã tem cerca de 10% mais risco de apresentar síndrome metabólica em comparação com quem faz essa refeição regularmente.

Mas o que explica essa ligação?

Segundo os pesquisadores, deixar de se alimentar pela manhã pode desregular o relógio biológico e interferir na forma como o corpo processa a energia ao longo do dia.

Quando o organismo passa muito tempo em jejum, tende a reagir com picos de glicose e insulina nas refeições seguintes.

Esse cenário favorece o acúmulo de gordura abdominal, o aumento da pressão arterial e alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos.

Além disso, estudos sobre comportamento alimentar indicam que quem pula o café da manhã muitas vezes compensa comendo mais à noite, hábito associado à dificuldade de controlar o peso e à piora da qualidade do sono.

O papel do café da manhã no metabolismo

Longe de ser apenas um ritual cultural, o café da manhã é o momento em que o corpo “acorda” e reativa o metabolismo.

Uma refeição equilibrada, com proteínas (como ovos ou iogurte), carboidratos integrais e frutas, ajuda a estabilizar o açúcar no sangue e evita a fome exagerada nas horas seguintes.

De acordo com os autores da pesquisa, manter uma rotina alimentar regular (incluindo o café da manhã) pode ser uma das formas mais simples e eficazes de prevenir a síndrome metabólica e outros distúrbios metabólicos relacionados.

Pular o café da manhã e síndrome metabólica

Pular o café da manhã pode parecer inofensivo, mas, como vimos, o novo estudo mostra que esse hábito está associado a um pior equilíbrio metabólico.

Mais do que uma refeição, o desjejum é um sinal para o corpo de que o dia começou, e de que é hora de colocar o metabolismo para funcionar.

Por isso, se você faz parte do time que só toma café e sai correndo, talvez valha a pena repensar a rotina.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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