Surto de ebola em Uganda chega ao fim: saiba como ocorre a transmissão

É declarado o fim do surto de ebola em Uganda após 42 dias sem novos casos. Entenda como ocorre a transmissão e os riscos da doença.

Neste sábado (26), foi anunciado oficialmente o fim do surto de ebola em Uganda, após quase três meses de intensa vigilância.

A notícia foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas autoridades locais de saúde.

Desde a confirmação dos primeiros casos em janeiro, a situação foi acompanhada de perto para evitar uma propagação ainda maior da doença.

De acordo com a OMS, durante o surto de ebola em Uganda, foram registrados 14 casos, sendo 12 confirmados por testes laboratoriais.

Quatro pessoas perderam a vida, duas delas com diagnóstico confirmado e duas classificadas como prováveis vítimas do vírus.

Por outro lado, 10 pacientes conseguiram se recuperar totalmente, e mais de 500 pessoas foram monitoradas, pois tiveram contato próximo com infectados.

Para declarar o fim de um surto, é necessário esperar 42 dias sem novos casos — o dobro do período de incubação do vírus.

O último paciente hospitalizado recebeu alta no dia 15 de março, e desde então, nenhuma nova infecção foi detectada.

Para entender melhor como ocorre a transmissão do ebola e por que o controle do surto foi tão desafiador, explicamos mais adiante detalhes importantes sobre a doença.

Surto de ebola em Uganda: O que aconteceu no país africano

O surto de ebola em Uganda começou de maneira preocupante, em janeiro de 2025, quando os primeiros casos surgiram na capital, Kampala.

Rapidamente, o governo e os profissionais de saúde do país colocaram em prática ações de contenção, como o isolamento de pacientes, rastreamento de contatos e campanhas de informação para a população.

A resposta eficiente foi possível graças à experiência acumulada de Uganda no combate a surtos anteriores da doença.

De acordo com a OMS, essa ação rápida e coordenada foi essencial para impedir que o vírus se espalhasse para outras regiões ou se tornasse uma crise de saúde ainda maior.

O tipo de ebola detectado neste surto foi o vírus do Sudão, uma variação da doença que já causou outros surtos graves em países africanos.

Em epidemias anteriores, esse subtipo chegou a causar a morte de 40% das pessoas infectadas.

O que é o ebola?

O ebola é uma doença viral grave que afeta seres humanos e alguns animais, como macacos e morcegos.

O vírus é conhecido por provocar febre hemorrágica, ou seja, uma infecção que pode causar sangramentos internos e danos nos órgãos.

Em muitos casos, a doença é fatal se não for tratada rapidamente.

O vírus do ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, perto do rio Ebola, no que hoje é a República Democrática do Congo.

Desde então, diversos surtos ocorreram em países da África, sempre gerando grande preocupação devido à rapidez com que o vírus pode se espalhar e à gravidade dos sintomas.

Existem diferentes cepas do vírus, e uma delas é o chamado vírus do Sudão, que foi o responsável pelo surto de ebola em Uganda agora em 2025.

Como ocorre a transmissão do ebola?

A transmissão do ebola acontece principalmente pelo contato direto com sangue, secreções, fluidos corporais ou órgãos de pessoas que estejam infectadas.

Isso pode ocorrer tanto durante o período em que os sintomas estão presentes quanto, em alguns casos, depois da morte do paciente, o que torna os rituais funerários um momento crítico para o contágio.

Além disso, a transmissão do ebola também pode acontecer através do contato com objetos contaminados, como roupas, lençóis ou seringas usadas.

Em áreas rurais, a interação com animais silvestres, como morcegos frugívoros (aqueles que se alimentam de frutas) e primatas (macacos, chimpanzés e gorilas), pode ser o primeiro passo para a introdução do vírus entre humanos.

É importante lembrar que o vírus não é transmitido pelo ar, como acontece com doenças respiratórias.

O contato físico direto é o principal fator de risco.

Sintomas e tratamento do ebola

Os primeiros sinais da infecção pelo vírus ebola costumam surgir entre 2 e 21 dias após o contato com ele.

Entre os principais sintomas estão:

  • Febre alta repentina;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Cansaço extremo;
  • Dor de garganta;
  • Vômitos e diarreia;
  • Sangramentos internos e externos, como pelo nariz ou gengivas.

O tratamento do ebola consiste, principalmente, em cuidados de suporte, já que não existe um remédio específico que cure a infecção.

Manter o paciente hidratado, controlar os sintomas e tratar eventuais infecções secundárias são medidas fundamentais.

Existem algumas vacinas desenvolvidas para proteger contra o ebola, mas a maioria delas foi criada para a cepa do Zaire, e não para o vírus do Sudão, que foi o causador do surto de ebola em Uganda.

Por isso, o controle do surto dependeu ainda mais da rapidez na identificação dos casos e no isolamento dos pacientes, o que é fundamental para evitar a transmissão do ebola.

Transmissão do Ebola: Uganda e o controle do surto

A forma como o surto de ebola em Uganda foi tratado é considerada um modelo de resposta pela comunidade internacional

Assim que os primeiros casos foram confirmados, as autoridades de saúde iniciaram o rastreamento rigoroso dos contatos das pessoas infectadas.

Hospitais foram preparados para receber pacientes, e as comunidades foram informadas sobre as medidas essenciais para impedir a transmissão do ebola.

Além disso, Uganda contou com o apoio técnico da OMS e de outras organizações internacionais, que forneceram equipamentos de proteção individual, testes laboratoriais e treinamento para os profissionais de saúde.

O anúncio do fim do surto de ebola em Uganda neste sábado marca não apenas uma vitória para o país, mas também serve de exemplo para outras nações que possam enfrentar situações semelhantes no futuro.

Mesmo com o surto controlado, o alerta permanece.

A vigilância deve continuar ativa para detectar rapidamente qualquer possível novo caso e evitar que o vírus volte a circular de maneira descontrolada.

Perguntas Frequentes sobre o Ebola

O que é o ebola?

O ebola é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que provoca febre alta e sangramentos internos e externos. Sem tratamento adequado, pode ser fatal.

Como acontece a transmissão do ebola?

A transmissão do ebola ocorre através do contato direto com sangue, fluidos corporais e objetos contaminados de pessoas infectadas.

Existe vacina para o ebola?

Sim, existem vacinas eficazes contra alguns tipos do vírus, especialmente o ebola do Zaire. Para o vírus do Sudão, ainda não há vacina aprovada de uso amplo.

Quais são os sintomas do ebola?

Febre, dor de cabeça, dores musculares, vômitos, diarreia e sangramentos são os sintomas mais comuns.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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