Ovo cozido é remoso? Entenda como seu corpo reage ao alimento

Se você já ouviu alguém dizer para evitar certos alimentos após uma cirurgia, tatuagem ou em casos de inflamação, provavelmente também escutou a expressão “isso é remoso”.

Entre os alimentos mais mencionados nessa lista está o ovo cozido, especialmente entre quem segue tradições populares ou cuidados passados por gerações.

Mas, afinal, ovo cozido é remoso? Ele pode atrapalhar a cicatrização ou piorar inflamações na pele? Essa dúvida é muito comum e leva muitas pessoas a evitarem o alimento por precaução, mesmo sem entender exatamente o motivo.

Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos explicar tudo sobre o alimento.

O que significa alimento remoso?

O termo “remoso” não faz parte da linguagem médica ou científica, mas é amplamente usado na cultura popular brasileira (especialmente no Norte e Nordeste) para se referir a alimentos que, supostamente, provocam ou agravam inflamações no corpo.

Na tradição popular, alimentos considerados remosos seriam aqueles que:

  • Aumentam a “quenteza” do sangue;
  • Dificultam a cicatrização;
  • Favorecem o aparecimento de pus, coceira ou inflamações;
  • Devem ser evitados após cirurgias, feridas ou tatuagens.

Entre os exemplos mais citados estão:

  • Carne de porco;
  • Camarão e frutos do mar;
  • Ovo;
  • Chocolate;
  • Pimenta;
  • Leite em excesso.

Embora esse conceito seja baseado em observações empíricas e tradições culturais, é importante analisar o que realmente tem fundamento científico e o que é mito.

Ovo cozido é remoso?

Sim, segundo a sabedoria popular, o ovo é um alimento remoso, mesmo quando cozido. Essa crença é especialmente comum em situações como:

  • Período pós-operatório: muitas pessoas evitam o ovo por receio de que ele “atrapalhe a cicatrização” ou “forme queloide”;
  • Problemas de pele: como espinhas, furúnculos ou herpes labial, por medo de agravamento;
  • Pós-tatuagem ou piercing: há quem evite alimentos remosos para garantir uma boa cicatrização e evitar infecções.

A crença popular atribui ao ovo propriedades “quentes” ou alergênicas, que poderiam “inflamar” o corpo.

No entanto, essa associação não é confirmada pela ciência atual, que considera outros fatores muito mais relevantes para o processo inflamatório e cicatricial.

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O que a ciência diz sobre o ovo e a inflamação?

Do ponto de vista científico e nutricional, o ovo é um alimento completo e altamente nutritivo, principalmente a clara e a gema cozidas.

Entre seus principais benefícios:

  • Rica fonte de proteína de alto valor biológico, essencial para a regeneração de tecidos;
  • Contém colina, importante para a saúde celular e função hepática;
  • Fonte de vitaminas antioxidantes, como A, D e E, que auxiliam no combate a processos inflamatórios;
  • Possui antioxidantes como luteína e zeaxantina, que atuam na proteção celular.

Em pessoas saudáveis, o consumo de ovo não está associado ao aumento de inflamações nem ao prejuízo na cicatrização.

Pelo contrário: em dietas equilibradas, ele pode contribuir positivamente para a recuperação após procedimentos, devido à sua densidade nutricional.

A única exceção são os casos de:

  • Alergia confirmada ao ovo, especialmente na infância;
  • Hipersensibilidade individual, que pode causar reações dermatológicas (raras);
  • Condições clínicas específicas, que exigem orientação individualizada.

Quando evitar ovo cozido? (E quando não precisa se preocupar)

É importante diferenciar os casos em que o ovo deve ser evitado daqueles em que ele pode ser incluído com segurança:

Deve ser evitado:

  • Pessoas com alergia alimentar ao ovo (geralmente diagnosticada na infância);
  • Casos de reação dermatológica associada ao consumo de ovo (raros);
  • Quando houver recomendação médica específica em função de uma condição clínica individual.

Pode ser consumido com segurança:

  • Durante a recuperação de cirurgias ou procedimentos estéticos, em pessoas saudáveis;
  • No pós-tatuagem ou piercing, desde que higiene local e cuidados básicos estejam sendo seguidos;
  • Em casos de acne leve ou outras condições de pele, sem histórico de reação ao alimento;
  • Como parte de uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, que favorece o processo de regeneração do organismo.

O ovo cozido é remoso pela tradição popular, mas essa classificação não se sustenta do ponto de vista científico, especialmente em pessoas saudáveis.

Para a maioria dos casos:

  • Não há motivo para evitar o ovo cozido;
  • Ele pode ser benéfico no processo de recuperação e cicatrização;
  • Deve-se evitar apenas em casos de alergia, hipersensibilidade ou recomendação médica específica.

Se você tem dúvidas específicas sobre sua alimentação após cirurgia, tatuagem ou problemas de pele, o ideal é buscar orientação com um profissional de saúde ou nutricionista de confiança.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: raqueldefaria68@gmail.com

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