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Acupuntura funciona para dor lombar crônica na terceira idade? Pesquisa revela resultado
A acupuntura para dor lombar crônica vem sendo estudada como alternativa de tratamento, sobretudo para idosos, que muitas vezes não podem usar certos medicamentos devido a efeitos colaterais.
Esse tipo de dor é um dos problemas de saúde mais comuns entre essa população. Além de limitar os movimentos, ela afeta o sono, a disposição e a autonomia no dia a dia.
Muitos pacientes recorrem a medicamentos, como anti-inflamatórios ou opioides, mas esses fármacos podem trazer riscos sérios nessa faixa etária, principalmente por causa da interação com outros remédios de uso contínuo.
É nesse cenário que cresce o interesse por alternativas não medicamentosas, como a acupuntura para dor lombar crônica.
O que é acupuntura
A acupuntura é uma prática originada da medicina tradicional chinesa que consiste na inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo.
O objetivo é estimular mecanismos naturais de alívio da dor e equilíbrio do organismo.
No Ocidente, ela é usada como terapia complementar em diversas condições, incluindo dores crônicas.
Como foi feito o estudo
O ensaio clínico financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, analisou o impacto da acupuntura em 800 idosos com mais de 65 anos. Todos convivendo com dor lombar havia meses ou até anos.
Eles foram divididos em três grupos:
- Grupo 1: recebeu apenas o tratamento médico habitual (uso de medicamentos, consultas e orientações);
- Grupo 2: realizou entre 8 e 15 sessões de acupuntura ao longo de 12 semanas, além do tratamento médico habitual;
- Grupo 3: seguiu o mesmo protocolo do grupo 2, mas com algumas sessões extras de manutenção nos três meses seguintes.
Esse formato permitiu comparar se a acupuntura trazia benefícios adicionais em relação ao cuidado médico tradicional e também se um número maior de sessões faria diferença.
Acupuntura para dor lombar crônica: quais foram os resultados
Depois de seis meses, tanto o grupo que fez acupuntura quanto o que fez acupuntura com manutenção apresentaram melhora nas limitações físicas relacionadas à dor.
Os pacientes também relataram uma redução na intensidade da dor quando comparados ao grupo que seguiu apenas o tratamento habitual.
O mais interessante é que esses efeitos se mantiveram mesmo após um ano de acompanhamento.
Isso significa que o benefício não foi apenas momentâneo.
Porém, os pesquisadores destacam que a melhora foi modesta, e não uma solução definitiva para o problema.
Outro achado relevante é que não houve diferença significativa entre realizar apenas o ciclo inicial de sessões e adicionar encontros de manutenção.
Em outras palavras, mais sessões não necessariamente aumentaram o efeito.
Além da dor, o estudo identificou que os participantes que fizeram acupuntura também apresentaram redução em sintomas de ansiedade em comparação aos que receberam apenas o tratamento usual.
Esse ponto é importante, já que dor crônica e ansiedade frequentemente caminham juntas e pioram a qualidade de vida.
E quanto à segurança?
A acupuntura para dor lombar crônica em idosos mostrou-se um método seguro.
Os efeitos adversos observados foram geralmente leves, como dor ou desconforto no local da aplicação das agulhas.
Casos mais graves foram muito raros e não tiveram relação direta com o tratamento.
Esse dado reforça a vantagem da acupuntura frente a medicamentos que podem provocar problemas no estômago, nos rins ou risco de dependência.
O que esses achados significam
O estudo não aponta a acupuntura como uma cura para a dor lombar crônica, mas como uma opção adicional que pode trazer ganhos reais, mesmo que pequenos, para a qualidade de vida de idosos.
Ter menos limitações no dia a dia, ainda que de forma modesta, já representa muito para quem sofre com dor persistente.
Para especialistas, esses resultados reforçam a importância de incluir abordagens não farmacológicas no cuidado de idosos com dor lombar.
Mais do que reduzir a dor, trata-se de ampliar alternativas seguras que permitam manter a independência e reduzir riscos ligados ao uso excessivo de medicamentos.
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