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Impactos da mudança climática na saúde vão além do que imaginamos: bebês e crianças em risco
Os impactos da mudança climática na saúde já não são uma previsão distante, eles estão acontecendo agora, em todo o mundo.
Uma publicação na revista Nature Climate Change, conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores, avaliou as perdas de saúde atribuíveis às mudanças climáticas causadas pelo homem.
Os resultados mostram que o aquecimento global já está ligado a um número expressivo de mortes, ao agravamento de doenças e a prejuízos significativos ao bem-estar humano.
Impactos da mudança climática na saúde: o que os cientistas descobriram
De acordo com o estudo, nas últimas décadas ficou cada vez mais claro que o clima alterado pela ação humana não afeta apenas o meio ambiente, mas também a saúde de milhões de pessoas.
Os pesquisadores analisaram dados de diferentes países e encontraram números que variam bastante.
Em alguns casos locais, como ondas de calor em cidades específicas, o impacto foi de apenas algumas dezenas de mortes.
Já quando os efeitos globais são avaliados ao longo de décadas, as estimativas chegam a centenas de milhares de mortes atribuídas ao calor.
Além disso, os cientistas também destacam outros riscos importantes, como a relação entre a mudança climática e surtos de doenças transmitidas por mosquitos, além dos efeitos da poluição gerada por incêndios florestais.
Doenças favorecidas pelo aquecimento global
As chamadas doenças causadas pela mudança climática (na prática, doenças já conhecidas, mas que se espalham ou se agravam devido ao aquecimento global) estão no centro das preocupações.
O estudo mostra que o risco de dengue foi ainda maior do que os modelos anteriores previam, com aumento significativo de casos e mortes em regiões antes menos afetadas.
Outro ponto preocupante é o impacto na saúde infantil.
O calor extremo e a poluição do ar estão associados a mortes neonatais, partos prematuros e baixo peso ao nascer.
Isso significa que até mesmo os bebês, nos primeiros dias de vida, já estão expostos a riscos crescentes trazidos pela crise climática.
O peso econômico e social da crise
Além da perda de vidas, os impactos da mudança climática na saúde também representam custos econômicos gigantescos.
Estima-se que despesas médicas, perda de produtividade e redução na expectativa de vida somem bilhões de dólares em prejuízos a cada ano.
O que ainda precisa ser estudado
Embora haja evidência robusta sobre os efeitos do aquecimento global na saúde, ainda existem lacunas importantes:
- A maior parte das pesquisas foi feita em países ricos, enquanto regiões em desenvolvimento, que são mais vulneráveis, carecem de dados detalhados.
- Pouco se sabe sobre a desigualdade dos efeitos dentro de cada população. Mulheres, crianças e idosos aparecem como os mais vulneráveis, mas faltam análises amplas que mostrem o impacto total sobre esses grupos em diferentes partes do mundo.
Um alerta para autoridades e cidadãos
O recado da comunidade científica é de que os impactos da mudança climática na saúde já configuram uma emergência de saúde pública.
Isso significa que governos, profissionais de saúde e a sociedade precisam enxergar o problema para além das questões ambientais.
A prevenção de doenças causadas pela mudança climática, o fortalecimento dos sistemas de saúde e a redução das emissões de poluentes são medidas urgentes para evitar perdas ainda maiores no futuro.
Os danos são reais, mensuráveis e crescentes.
Tratar a crise climática como um problema de saúde é essencial para salvar vidas e proteger o bem-estar das próximas gerações.
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