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Remédio com possível caco de vidro e produtos irregulares são alvo das recentes ações da Anvisa
As ações da Anvisa ganharam destaque nesta semana com medidas que impactam diretamente consumidores de medicamentos, suplementos e até produtos de uso alimentar.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou o recolhimento de um lote de um remédio para hipertensão, proibiu suplementos comercializados de forma irregular e ainda suspendeu a venda de um azeite de oliva considerado clandestino.
Ações da Anvisa e o recolhimento de medicamento para hipertensão
Um dos principais episódios desta semana envolveu a furosemida, medicamento bastante usado como diurético e também no tratamento da hipertensão leve a moderada.
A medida da Anvisa atinge especificamente o produto Furosemida – 10,0 mg/ml Sol. Inj. Cx 100 Amp Vd Amb X 2 ml, fabricado pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda..
Apenas o lote 2411191, com validade até 30 de novembro de 2026, foi afetado.
A decisão suspende a comercialização, a distribuição e o uso deste lote.
O motivo foi a identificação de possíveis fragmentos de vidro no medicamento, caracterizando o chamado “desvio de qualidade”.
Esse problema foi detectado pela Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul (SC) e comunicado à Anvisa.
A empresa confirmou a suspensão do lote e informou que investiga o caso.
Em nota, a Hypofarma reforçou que segue padrões rígidos de fabricação e que revisa constantemente seus processos.
Mesmo assim, o recolhimento foi determinado como medida de segurança.
Pacientes e profissionais de saúde que tiverem contato com esse lote específico devem notificar a Anvisa pelos canais oficiais ou procurar os órgãos locais de vigilância sanitária.
Suplementos para emagrecer também entram na mira da Anvisa
Outro ponto de destaque nas ações da Anvisa foi a proibição de dois suplementos alimentares divulgados com a promessa de emagrecimento rápido.
O primeiro é o Ki-Fit-Turbo, suspenso após consumidores relatarem efeitos adversos graves, como taquicardia, dores no peito, náuseas e diarreia.
A agência ressaltou que o produto tinha composição desconhecida e era vendido de forma irregular, com alegações de benefícios terapêuticos não permitidos para suplementos.
A determinação da Anvisa foi abrangente: todos os lotes devem ser recolhidos, e estão proibidas a fabricação, comercialização, exportação, distribuição e propaganda do produto.
Zempyc Natural
O segundo caso envolve o suplemento Zempyc Natural.
O rótulo do produto indicava uma fabricante que negou produzi-lo, levantando dúvidas sobre sua verdadeira origem.
Assim como o primeiro, também era divulgado em redes sociais com promessas de emagrecimento rápido e queima de gordura, o que contraria a legislação.
A Anvisa reforça que suplementos sem registro e de procedência duvidosa representam riscos sérios à saúde.
A recomendação é evitar o consumo e denunciar casos suspeitos, seja pelo site da agência, pela Ouvidoria ou pelo telefone 0800 642 9782.
Azeite irregular é retirado de circulação
As ações da Anvisa não ficaram restritas a medicamentos e suplementos.
O azeite de oliva Los Nobles também foi alvo da agência reguladora.
Segundo a decisão publicada no Diário Oficial da União, o produto é de origem clandestina e não tem autorização da Anvisa para ser comercializado no Brasil.
Além disso, não possui registro na Anmat, órgão equivalente na Argentina responsável por garantir a segurança de medicamentos e alimentos no país.
Com isso, o azeite foi proibido em todo o território nacional.
A medida inclui a suspensão da importação, distribuição, comercialização, propaganda e uso do produto.
O que mostram as ações da Anvisa nesta semana
Em poucos dias, a agência atuou em frentes distintas: medicamentos, suplementos e alimentos.
Essas ações da Anvisa evidenciam a importância da fiscalização constante no mercado.
Do remédio para hipertensão ao azeite na prateleira do supermercado, a mensagem que fica é que produtos só podem chegar ao consumidor se forem seguros, de qualidade comprovada e devidamente autorizados pelos órgãos competentes.
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