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Prevenção do Parkinson: frutas que ajudam e alimentos que devem ser evitados
Um estudo publicado em 28 de outubro no Journal of Parkinson’s Disease revelou novas evidências de que a alimentação pode ter um papel importante na prevenção do Parkinson.
Realizada por pesquisadores de seis centros neurológicos da Itália, a pesquisa analisou os hábitos alimentares de quase 1.300 pessoas e encontrou uma relação consistente entre o tipo de comida consumida e a probabilidade de desenvolver a doença.
Embora o Parkinson tenha origem multifatorial, que envolve genética, envelhecimento e exposição ambiental, os cientistas descobriram que o que colocamos no prato pode ajudar a reduzir (ou aumentar) o risco de manifestação da doença.
Prevenção do Parkinson e os resultados do estudo
Para entender melhor o impacto da alimentação, os pesquisadores compararam 680 pacientes com Parkinson e 612 pessoas saudáveis, todas com perfis semelhantes de idade e sexo.
Cada participante respondeu a um extenso questionário sobre o que costumava comer antes do início dos sintomas.
Desse modo, pessoas que consumiam muitos doces, carnes vermelhas e embutidos mostraram uma maior probabilidade de ter a doença.
Já aquelas com uma dieta rica em frutas, especialmente as cítricas (como laranja, limão e tangerina), apresentaram menor risco.
Esses achados reforçam que a alimentação pode ser um fator importante na prevenção do Parkinson.
Vale ressaltar, porém, que o estudo também tenha destacado que fatores não alimentares (como histórico familiar e exposição a pesticidas) exercem influência mais forte no desenvolvimento da doença.
Alimentos que aumentam o risco de Parkinson
O trabalho identificou três grupos de alimentos associados a uma maior vulnerabilidade à doença:
- Doces e sobremesas: bolos, chocolates, biscoitos recheados;
 - Carnes vermelhas: bovina e suína;
 - Carnes processadas: presunto, salsicha, salame, linguiça.
 
Esses alimentos estão relacionados a processos inflamatórios e à formação de substâncias tóxicas para as células cerebrais.
O consumo frequente de carnes processadas, por exemplo, aumenta a ingestão de nitritos e gorduras saturadas, compostos que favorecem o estresse oxidativo — um tipo de desgaste celular que contribui para a degeneração dos neurônios.
Além disso, o estudo apontou que o excesso de açúcar pode agravar esses mecanismos, acelerando danos cerebrais e desequilíbrios metabólicos.
Conforme os autores, o alto consumo de doces está ligado a níveis maiores de inflamação e pode afetar mecanismos relacionados à produção de dopamina.
Prevenção do Parkinson: frutas cítricas aparecem como protetoras
Por outro lado, o padrão alimentar associado à proteção contra o Parkinson incluiu o consumo regular de frutas frescas, principalmente as cítricas.
Segundo os pesquisadores, esses alimentos são ricos em flavonoides, vitamina C e terpenos, compostos antioxidantes que ajudam a proteger os neurônios contra os radicais livres, que são moléculas que aceleram o envelhecimento e a inflamação.
Entre as frutas mais benéficas citadas estão laranja, limão, tangerina, uva e morango.
Todas contribuem para reduzir a inflamação e preservar o bom funcionamento cerebral.
Os resultados indicam que o efeito protetor das frutas pode ser semelhante ao observado com o consumo de café — dois hábitos que parecem contribuir para reduzir o risco de Parkinson.
Mais do que dieta: o estilo de vida também conta
Apesar da ênfase nos alimentos, os pesquisadores lembram que a prevenção do Parkinson não depende apenas da dieta.
O estudo também confirmou a influência de fatores ambientais e de estilo de vida, como:
- Histórico familiar da doença;
 - Exposição a pesticidas, metais e óleos industriais;
 - Níveis de atividade física;
 - Consumo moderado de café, associado a um leve efeito protetor.
 
Ou seja, a alimentação é uma peça importante do quebra-cabeça, mas não atua sozinha.
Para reduzir o risco, é preciso adotar um conjunto de hábitos saudáveis.
Em outras palavras, manter o corpo ativo, evitar o contato com substâncias tóxicas e priorizar alimentos naturais no dia a dia pode ser um caminho importante.
O que esse estudo ensina sobre a prevenção do Parkinson
A principal mensagem da pesquisa italiana é que o cardápio pode, sim, influenciar a saúde do cérebro a longo prazo.
Diminuir o consumo de carnes vermelhas e processadas, reduzir doces e aumentar a ingestão de frutas é uma escolha que pode beneficiar não só o sistema nervoso, mas o organismo como um todo.
Embora a alimentação não seja uma garantia contra a doença, ela pode atenuar fatores de risco e reforçar mecanismos de proteção.
Essa perspectiva abre caminho para novas investigações sobre a relação entre nutrição e doenças neurodegenerativas.
Em resumo, cuidar da prevenção do Parkinson também passa pelo prato, e cada refeição equilibrada é um pequeno investimento no futuro da sua saúde mental e física.
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