Como reduzir gordura visceral: estudo de 7 anos revela o que realmente funciona

Um novo estudo publicado no JAMA Network Open traz uma pista importante para quem busca entender como reduzir gordura visceral de forma duradoura.

A pesquisa acompanhou mais de 7 mil adultos ao longo de cerca de 7 anos e descobriu que não é apenas a alimentação ou apenas a atividade física que fazem diferença.

A maior redução de gordura, especialmente daquela que se acumula na região abdominal e oferece risco para o coração, fígado e metabolismo, aconteceu quando os dois hábitos melhoraram juntos.

A gordura visceral é silenciosa.

Ela envolve órgãos internos, aumenta o risco de diabetes e doenças cardiovasculares e, muitas vezes, não aparece na balança.

Por isso, aprender como reduzir gordura visceral não significa apenas perder peso, mas transformar a saúde por dentro.

Como reduzir gordura visceral: mudar um hábito ajuda, mas mudar dois ao mesmo tempo ajuda muito mais

Os pesquisadores analisaram mudanças reais do dia a dia, como alimentação e movimentação.

Veja o que eles descobriram ao analisar a rotina das pessoas:

  • Quem começou a comer melhor perdeu gordura corporal.
  • Quem começou a se exercitar mais também perdeu gordura corporal.
  • Mas quem fez os dois ao mesmo tempo teve um resultado muito mais forte; uma queda drástica na gordura visceral, que é a gordura perigosa, localizada nas profundezas do abdômen.

O mais interessante é que essa grande redução foi observada mesmo em pessoas que quase não emagreceram na balança.

Ou seja, é possível secar por dentro sem necessariamente ver uma grande mudança no peso.

O que significa “comer melhor”, segundo o estudo

A pesquisa usou um índice de qualidade alimentar baseado no padrão mediterrâneo. Na prática, isso representou:

  • mais frutas, verduras e legumes;
  • azeite no lugar de óleos ultraprocessados;
  • consumo maior de grãos integrais;
  • mais peixes e menos carnes processadas;
  • feijão e oleaginosas (castanhas, nozes entre outras) com maior frequência.

O estudo não avaliou dietas restritivas. Ele considerou apenas um padrão alimentar equilibrado, o que tende a ser mais viável e sustentável no dia a dia.

E a atividade física? Precisa ser treino pesado?

Não necessariamente.

O estudo considerou todo gasto energético diário, desde exercícios tradicionais até atividades de rotina.

Movimentar-se mais no dia a dia já apresentou efeito positivo.

Caminhadas mais frequentes, exercícios de força algumas vezes por semana, subir escadas, trocar o carro pela bicicleta sempre que possível, dançar ou se mexer no fim de semana…tudo isso somou.

Segundo os pesquisadores, qualquer aumento de movimento conta e, com a alimentação ajustada, o resultado é potencializado.

O impacto é ainda maior em pessoas com sobrepeso ou que eram sedentárias

Um dado marcante mostrou que quem estava acima do peso ou tinha vida sedentária no início se beneficiou ainda mais quando melhorou a alimentação e passou a se movimentar.

Em outras palavras, nunca é tarde para começar, e o corpo responde rápido.

Por que unir dieta e movimento é tão poderoso

Segundo os autores, essa combinação tende a favorecer a redução justamente da gordura considerada mais problemática para a saúde.

Melhorar apenas um dos hábitos ajuda, mas, com frequência, o progresso é mais modesto.

Trabalhar os dois ao mesmo tempo potencializa os resultados, acelerando a melhora no perfil de gordura corporal.

E, mesmo quando o peso na balança muda pouco, há queda expressiva na gordura abdominal profunda, o que protege coração, fígado, circulação, pressão arterial e controle do açúcar no sangue.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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