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Pesquisadores revelam 2 aliados simples contra a inflamação no dente
A inflamação no dente é um problema que assusta muita gente. Além da dor intensa, pode levar à perda óssea ao redor da raiz e até complicações mais sérias.
Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual Paulista (Unesp) trouxe novas descobertas sobre como hábitos de vida simples, como praticar atividade física e consumir ômega-3, podem ajudar a controlar esse processo inflamatório.
O que os cientistas investigaram
O estudo avaliou a chamada periodontite apical, uma inflamação que acontece quando bactérias atingem a parte interna do dente (polpa) e avançam até a ponta da raiz.
Para entender como o corpo reage, os pesquisadores usaram ratos divididos em três grupos:
- um sem tratamento,
- outro com prática regular de exercício físico,
- e um terceiro que combinava exercício com suplementação de ômega-3.
Durante 60 dias, os animais foram acompanhados para analisar a intensidade da inflamação, a perda de osso ao redor dos dentes e até a presença de fibras de colágeno, fundamentais para a reparação dos tecidos.
Como o exercício físico ajudou na inflamação no dente
Os resultados mostraram que os ratos que praticaram atividade física apresentaram menos inflamação e menos perda óssea em comparação ao grupo que não fez exercícios.
O movimento físico, mesmo em intensidade moderada, ajudou a reduzir substâncias inflamatórias conhecidas por agravar o problema, como o TNF-α, que está ligado à destruição do osso ao redor da raiz.
Em relação à presença bacteriana, o grupo do exercício isolado apresentou números menores do que o grupo sem intervenção.
Porém, foi a associação com o ômega-3 que mostrou uma contenção mais evidente da progressão bacteriana.
O papel do ômega-3 na recuperação
Quando o exercício foi associado ao consumo de ômega-3, os benefícios foram ainda maiores.
Esse nutriente, presente em alimentos como peixes de água fria (salmão, sardinha, atum) e em suplementos, tem reconhecidas propriedades anti-inflamatórias.
No estudo, a combinação de exercício com ômega-3 reduziu de forma significativa outra molécula inflamatória chamada IL-17, que costuma piorar a inflamação no dente.
Além disso, houve estímulo à produção de colágeno, essencial para o reparo do tecido da região e para fortalecer a estrutura de suporte do dente.
Menos perda óssea e mais proteção
Um dos pontos mais preocupantes da inflamação no dente é a perda do osso ao redor da raiz, que pode comprometer a sustentação do dente.
Os pesquisadores observaram que os animais ativos tiveram menos reabsorção óssea, e aqueles que também receberam ômega-3 apresentaram resultados ainda melhores.
A presença de células responsáveis por desgastar o osso (osteoclastos) também foi reduzida, indicando um efeito protetor contra o avanço da doença.
O que isso significa para nossa saúde bucal
Embora o estudo tenha sido realizado em animais, os cientistas acreditam que os resultados podem inspirar novas formas de cuidar da saúde bucal em humanos.
O que se observa é que manter o corpo ativo e incluir fontes de ômega-3 na alimentação pode favorecer uma resposta inflamatória mais equilibrada, tornando o ambiente menos propício ao avanço da doença.
Isso não substitui o tratamento odontológico adequado, que continua sendo essencial para eliminar a causa da infecção.
Mas reforça a ideia de que a saúde do corpo todo influencia diretamente a boca.
A pesquisa mostra, em resumo, que exercício físico regular e consumo de ômega-3 podem ser aliados importantes no combate à inflamação no dente, reduzindo a perda óssea e ajudando o organismo a lidar melhor com processos inflamatórios de origem oral.
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