Você comeria flores? A calêndula pode ser o superalimento que faltava na sua dieta

Você já ouviu falar da calêndula? Nos últimos anos, a busca por alimentos que vão além da nutrição básica e oferecem benefícios extras à saúde tem crescido bastante.

Esses alimentos, chamados de funcionais, são ricos em compostos bioativos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, prevenir doenças e melhorar o bem-estar geral.

Entre os novos candidatos a superalimentos, um estudo recente publicado na Scientific Reports destacou uma flor bastante conhecida: a calêndula.

Além de sua beleza e uso tradicional na medicina popular, pesquisadores descobriram que essa flor pode ser uma fonte valiosa de antioxidantes, vitaminas e minerais.

Mas será que a calêndula pode realmente ser incluída na alimentação do dia a dia? Vamos entender melhor, aqui no SaúdeLAB.

Calêndula: muito mais do que uma flor ornamental

A calêndula é uma flor vibrante, geralmente encontrada em tons de amarelo e laranja, e amplamente cultivada em diversas partes do mundo.

Ela já era usada há séculos na medicina natural para tratar inflamações, problemas de pele e até como chá para fortalecer o organismo.

Além disso, a calêndula também é empregada como corante natural em alimentos e cosméticos, graças aos seus pigmentos ricos em carotenóides e luteína, substâncias conhecidas por seus benefícios para a saúde ocular e para a pele.

Agora, cientistas decidiram investigar mais a fundo seu potencial como alimento funcional, analisando sua composição nutricional e propriedades antioxidantes.

O estudo revelou que a calêndula tem uma grande quantidade de compostos benéficos que podem contribuir para uma alimentação mais saudável.

O que a ciência descobriu sobre a calêndula?

Os pesquisadores estudaram oito tipos diferentes de calêndula, cada uma com coloração, tamanho e composição química distintos.

O objetivo era entender quais delas poderiam ser mais adequadas para o consumo humano, levando em conta tanto os benefícios nutricionais quanto a segurança alimentar.

Entre os principais achados do estudo, destacam-se:

  • Riqueza em antioxidantes – A calêndula contém altos níveis de flavonoides, carotenoides e antocianinas, compostos que ajudam a combater os radicais livres e reduzem o risco de doenças crônicas, como problemas cardíacos e câncer.
  • Proteção para os olhos – A luteína, um dos principais compostos encontrados na calêndula, é essencial para a saúde ocular, ajudando a prevenir degeneração macular e outros problemas de visão relacionados ao envelhecimento.
  • Fonte de vitaminas e minerais – O estudo revelou que a calêndula contém vitamina C, vitamina E, cálcio, ferro, potássio e magnésio, nutrientes essenciais para diversas funções do corpo.
  • Menos açúcar, mais benefícios – Comparada a outras flores comestíveis, a calêndula tem um teor de açúcar mais baixo, o que pode ser uma vantagem para quem busca uma alimentação equilibrada.
  • Quantidade significativa de água – Com um teor de umidade variando entre 85% e 88%, a calêndula pode contribuir para a hidratação do organismo quando consumida.

No entanto, algumas variantes da flor apresentaram compostos chamados antinutrientes, como taninos e fitatos, que podem dificultar a absorção de certos minerais pelo organismo.

A boa notícia é que esses compostos podem ser reduzidos por meio de técnicas simples, como o cozimento ou a imersão em água antes do consumo.

Como incluir a calêndula na alimentação?

Agora que sabemos que a calêndula tem um grande potencial nutricional, surge a pergunta: como podemos incluí-la na dieta?

Felizmente, essa flor é bastante versátil e pode ser usada de várias formas:

  • Chás e infusões – As pétalas secas de calêndula podem ser usadas para preparar um chá rico em antioxidantes e com propriedades calmantes.
  • Saladas coloridas – As pétalas frescas podem ser adicionadas a saladas, trazendo um toque de cor e um leve sabor floral.
  • Arroz e massas – Assim como flores comestíveis como o hibisco, a calêndula pode ser misturada a pratos quentes, dando um toque especial e nutritivo.
  • Smoothies e sucos – Para quem gosta de bebidas naturais, a calêndula pode ser batida junto com frutas e vegetais, enriquecendo o valor nutricional do suco.
  • Pães e bolos – As pétalas também podem ser usadas em receitas de pães e bolos, dando um charme extra às preparações.

Além disso, seu uso como corante natural pode substituir ingredientes artificiais na culinária, tornando os pratos mais saudáveis.

A calêndula pode mesmo ser considerada um superalimento?

Os resultados do estudo indicam que a calêndula tem um grande potencial como alimento funcional, graças à sua riqueza em nutrientes e compostos bioativos.

Sua alta concentração de antioxidantes e vitaminas coloca essa flor entre os ingredientes que podem trazer benefícios reais para a saúde.

Além disso, o fato de a calêndula ser pouco explorada na alimentação, apesar de ser amplamente cultivada, faz dela uma alternativa interessante para ampliar a diversidade alimentar.

No entanto, como qualquer alimento, é importante consumi-la com equilíbrio e garantir que seja de origem segura, sem exposição a pesticidas ou outros contaminantes.

Se você deseja incluir a calêndula na sua dieta, procure por fontes orgânicas e confiáveis.

Vale a pena apostar na calêndula?

A calêndula é muito mais do que uma simples flor ornamental – ela tem um potencial nutritivo impressionante e pode trazer diversos benefícios à saúde.

Rica em antioxidantes, vitaminas e minerais, essa flor comestível pode ser uma excelente adição à alimentação, seja em chás, saladas, pratos quentes ou até mesmo sobremesas.

Com mais pesquisas sobre o tema, a calêndula pode se tornar um ingrediente cada vez mais presente na culinária saudável.

Se você busca novas formas de enriquecer sua dieta com alimentos naturais e funcionais, vale a pena experimentar essa flor poderosa.

Veja também: As bactérias intestinais podem ser as vilãs do seu corpo desde a infância até a velhice – Veja como mudar isso

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Kethlyn Bukner
Kethlyn Bukner

Graduanda de Biomedicina pela Unicesumar no Paraná, também possui quatro anos de experiência na área de Farmácia, através do curso técnico.

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