Como auxiliar uma pessoa em crise epilética?

Rodrigo Checheto, Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin, dá algumas dicas de como prestar ajuda a uma pessoa nessa situação

A epilepsia é uma alteração cerebral em que os neurônios operam de forma irregular. Trata-se de uma doença que pode ocorrer em várias áreas do cérebro, sendo que o local de cada descarga vai gerar um sintoma ou uma manifestação diferente. Veja no SaúdeLAb como auxiliar uma pessoa que esteja em crise epilética.

Crise epilética

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 150 mil pessoas são diagnosticadas anualmente com a doença. As causas são variadas, contudo, ela ocorre com maior intensidade quando existe algum tipo de comprometimento das funções cerebrais, como:

  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Tumor cerebral ou cistos;
  • Traumatismos cerebrais;
  • Doenças neurológicas genéticas, entre outras.

“Parentes e pessoas próximas devem saber como socorrer uma pessoa no momento da crise epilética, pois, muitos danos são desencadeados não pela crise em si, e sim por alguns fatores secundários durante o acometimento”, explica Rodrigo Checheto, Enfermeiro e Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin (HAS).

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O que fazer diante de uma crise?

Seguem algumas dicas valiosas, listadas por Checheto, nesse momento:

  1. Proteja a pessoa, deite-a de lado, com a cabeça virada para um dos lados, para ajudar a respirar e prevenir aspiração de secreções e vômito;
  2. Remova objetos e móveis próximos com os quais a pessoa possa se ferir;
  3. Apoie a cabeça da pessoa;
  4. Verifique se a pessoa está respirando adequadamente;
  5. Não ofereça comida ou bebida;
  6. Não restrinja os movimentos;
  7. Não coloque nada na boca da pessoa;
  8. Fique com a pessoa até a crise passar e ela recuperar a consciência;
  9. Algumas pessoas sentem que a crise vai começar.
  10. Neste caso, a pessoa tem tempo para se deitar em algum lugar seguro e até avisar alguém.
  11. Chame uma ambulância ou procure o serviço de pronto socorro hospitalar caso a crise dure muito tempo.

O estado de mal epiléptico é uma emergência médica. O tratamento precoce e rápido reduz a mortalidade e a permanência hospitalar. Deve ser considerado como sintoma de doença aguda sistêmica ou neurológica a ser investigada e tratada.

“Por fim, é essencial manter a calma ao ajudar uma pessoa nessas condições. Lembre-se de que a epilepsia não é contagiosa e ninguém pega epilepsia por ajudar alguém. Essa atitude transmitirá uma sensação de tranquilidade ao paciente, revertendo o quadro com mais rapidez”, finaliza o enfermeiro do HAS.

Colaboração

Hospital se torna referência na zona oeste de São Paulo. Com 50 anos de experiência, Hospital Albert Sabin passa por revitalização completa e se posiciona como principal polo de saúde da Lapa e região. Com a missão de promover a saúde, buscando a excelência dos processos assistenciais, melhoria contínua e eficiência operacional, a história do Hospital Albert Sabin de SP (HAS), que completou 50 anos em 2020, remonta aos anos 1970 com a aquisição da Lapa Assistência Médica. Nos anos seguintes, deu-se a construção do prédio que ainda hoje abriga o hospital.

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