Como saber se estou com dengue? Janeiro teve 38 mortes confirmadas e 201 óbitos sob investigação

A dengue continua sendo um tema de extrema importância para a saúde pública no Brasil, e os dados mais recentes revelam um cenário que merece atenção especial.

Em janeiro de 2025, já foram confirmadas 38 mortes e 201 óbitos ainda estão em investigação devido à doença.

Isso reforça, portanto, a urgência de uma prevenção mais eficaz. E, nesse contexto, uma das dúvidas mais buscadas na internet é: “Como saber se estou com dengue?”.

Por isso, neste texto, além de apresentarmos os números atuais da dengue no Brasil, vamos detalhar os principais sintomas da doença e oferecer orientações práticas para ajudar na identificação da infecção, incluindo os sintomas de dengue em crianças, que podem ser mais difíceis de reconhecer.

Dengue: casos aumentam em janeiro e acendem alerta no Brasil

Este ano começou com um aumento preocupante nos casos de dengue.

Apenas no mês passado, foram registrados 170.376 casos prováveis da doença no país.

Além disso, como já apontamos de início, 38 mortes foram confirmadas, e outros 201 óbitos ainda estão sendo investigados para saber se foram causados pelo vírus.

Os dados do Ministério da Saúde mostram que a dengue não afeta todas as regiões do mesmo jeito.

Algumas áreas apresentam estabilidade ou queda nos casos, mas o Sudeste, especialmente São Paulo, vive um crescimento alarmante.

O estado registrou o dobro de casos em comparação com o mesmo período de 2024, passando de 50 mil para 100 mil infecções.

Outros estados também apresentam números altos. Entre os que mais registraram casos prováveis estão:

• São Paulo – 100.025 casos
• Minas Gerais – 18.402 casos
• Paraná – 9.424 casos
• Goiás – 8.683 casos

Quando se analisa a incidência da doença (número de casos por 100 mil habitantes), o estado com maior taxa é o Acre, seguido por São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

Os números também mostram quem tem sido mais afetado pela dengue. Os dados indicam que:

• 54% dos casos ocorreram em mulheres, e 46% em homens.
• As faixas etárias mais atingidas estão entre 20 e 49 anos.

Com esse aumento nos casos, muitas pessoas têm dúvidas sobre os sintomas e começam a se perguntar: “Como saber se estou com dengue?”.

Se você também tem essa preocupação, no próximo trecho explicamos os sinais da doença e quando procurar um médico.

Reconhecendo os Sintomas: Como a Dengue se Manifesta?

A dengue é conhecida por apresentar sintomas que podem se assemelhar a outras doenças, o que pode dificultar o diagnóstico nos primeiros momentos. Os sinais mais comuns da doença incluem:

• Febre alta: Geralmente acima de 38 graus, sendo um dos primeiros sinais da infecção e que costuma aparecer de forma repentina, com duração de dois a sete dias.
• Dor de cabeça intensa: Muitas vezes acompanhada de dor atrás dos olhos.
• Dores no corpo e nas articulações: Essas dores podem ser bastante intensas, levando à expressão popular de “quebrando os ossos”.
• Mal-estar e falta de apetite: Sensação geral de cansaço e indisposição.
• Manchas vermelhas pela pele: Essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo e ajudam a diferenciar a dengue de outras doenças.

Além desses sintomas iniciais, é fundamental estar atento aos sinais de alerta, que podem indicar um quadro mais grave da doença.

Entre eles, destacam-se:

• Dor abdominal intensa e contínua
• Vômitos persistentes
• Letargia (cansaço extremo) ou irritabilidade

Se você está se perguntando como saber se estou com dengue, fique atento a esses sinais apontados.

Caso a febre alta apareça repentinamente, acompanhada dos demais sintomas citados, é importante procurar atendimento médico imediatamente para uma avaliação completa.

Sintomas de dengue em crianças

Os sintomas de dengue em crianças podem ser mais difíceis de identificar, pois nem sempre os pequenos conseguem expressar o que estão sentindo.

Em muitos casos, os sinais iniciais são sutis e podem ser confundidos com outras doenças comuns, como viroses e gripes.

Nos bebês e crianças menores de 2 anos, a dengue pode se manifestar através de choro intenso e persistente, irritabilidade, sonolência excessiva ou, ao contrário, agitação incomum.

Além disso, a falta de apetite e o desinteresse por brincadeiras também podem indicar que algo está errado.

Já os sintomas de dengue em crianças maiores começam a se parecer mais com os dos adultos, incluindo:

• Febre alta e repentina (acima de 38°C)
• Dores no corpo e nas articulações
• Dor de cabeça e atrás dos olhos
• Fadiga extrema e falta de energia
• Manchas avermelhadas na pele
• Falta de apetite e náusea

Os pais devem ficar atentos aos sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos frequentes, sangramentos pelo nariz ou gengivas e tontura.

Esses sintomas podem indicar um quadro mais grave e exigem atendimento médico imediato.

Como os sintomas de dengue em crianças podem ser confundidos com outras doenças, é essencial procurar um médico ao primeiro sinal suspeito. Bebês, crianças pequenas, gestantes e idosos têm maior risco de complicações, tornando a atenção e os cuidados ainda mais importantes.

Quando Procurar Ajuda Médica

Diante da possibilidade de infecção, é essencial buscar orientação de um profissional de saúde.

O diagnóstico da dengue é feito com base na avaliação clínica e em exames laboratoriais que identificam o vírus ou os anticorpos produzidos pelo organismo.

Por isso, se você notar os sintomas característicos – especialmente a febre alta seguida de dores intensas no corpo – não hesite em procurar um serviço de saúde.

Profissionais da saúde podem orientar sobre quais medicamentos usar e quais evitar.

Por exemplo, medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, como o ibuprofeno, não são recomendados para quem está com suspeita de dengue, pois podem aumentar o risco de complicações hemorrágicas.

Se você se pergunta como saber se estou com dengue, lembre-se de que o atendimento médico precoce pode fazer toda a diferença.

Mesmo que os sintomas iniciais possam parecer comuns a outras doenças, o acompanhamento profissional garante que você receba a orientação correta, evitando complicações, como a dengue hemorrágica.

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