Fim das canetas emagrecedoras? Comprimido para emagrecer traz resultados animadores em estudos

A busca por um comprimido para emagrecer ganhou força esta semana com a divulgação de dois estudos no The New England Journal of Medicine.

As pesquisas apresentam novidades das gigantes farmacêuticas Novo Nordisk, dona do Wegovy e do Ozempic, e Eli Lilly, fabricante do Mounjaro.

Ambas já dominam o mercado das chamadas “canetas emagrecedoras” e agora miram em uma nova forma de tratamento: os comprimidos.

Por que a aposta em comprimido para emagrecer importa?

Nos últimos anos, medicamentos injetáveis como Ozempic, Wegovy e Mounjaro revolucionaram o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, alcançando resultados expressivos na redução de peso.

No entanto, muitas pessoas ainda resistem à aplicação semanal, seja pelo medo de agulhas, seja pela praticidade do dia a dia.

É nesse ponto que entra a promessa do comprimido para emagrecer.

Se os resultados se confirmarem em longo prazo, pacientes poderão contar com uma eficácia semelhante à dos injetáveis em uma forma mais simples de administração, apenas engolir uma pílula diária.

O estudo da Novo Nordisk: semaglutida em comprimido

A Novo Nordisk testou uma versão oral da semaglutida, substância já conhecida por estar presente no Ozempic e no Wegovy.

No estudo clínico, pessoas com obesidade sem diabetes que tomaram o comprimido diariamente perderam, em média, 13,6% do peso corporal em 64 semanas, contra apenas 2,2% no grupo placebo (formado por voluntários que receberam um comprimido sem efeito, usado apenas para comparação).

Além da perda de peso, os voluntários apresentaram melhorias em fatores de risco cardiometabólicos, como cintura abdominal, colesterol e níveis de glicose.

Os efeitos colaterais mais comuns foram desconfortos gastrointestinais, semelhantes aos relatados com a forma injetável.

Esse avanço reforça o movimento da Novo Nordisk de ampliar o alcance da semaglutida, oferecendo não só as canetas já famosas, mas também um comprimido para emagrecer.

O estudo da Eli Lilly: orforglipron como alternativa

A concorrente Eli Lilly também apresentou resultados animadores.

Seu medicamento experimental, chamado orforglipron, é um comprimido de molécula pequena que age como agonista do receptor GLP-1, mesma classe dos injetáveis Wegovy e Mounjaro.

No estudo internacional, envolvendo mais de 3 mil pessoas com obesidade sem diabetes, o uso do comprimido resultou em até 11,2% de redução do peso corporal em 72 semanas.

Assim como no caso da semaglutida, os participantes também tiveram melhora em pressão arterial, colesterol e glicemia.

Os efeitos colaterais mais relatados foram náuseas, vômitos e constipação, considerados em geral leves a moderados.

Comprimido para emagrecer e o futuro do tratamento contra obesidade

Os resultados ainda precisam de acompanhamento a longo prazo e aprovação das agências regulatórias.

Hoje, esses comprimidos continuam em fase de estudo e não estão disponíveis nas farmácias.

Mas a mensagem é importante: o comprimido para emagrecer começa a se tornar uma possibilidade real.

Se confirmados, esses avanços poderão facilitar a adesão ao tratamento, já que muitos pacientes preferem a praticidade de engolir uma cápsula em vez de enfrentar injeções semanais.

No entanto, vale lembrar o que especialistas sempre reforçam: nenhum medicamento substitui hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.

O comprimido poderá ser um aliado, mas seguirá fazendo parte de um conjunto de estratégias para enfrentar a obesidade.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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