O outro lado da dieta de baixa caloria: o que estudo descobriu sobre a pele

A dieta de baixa caloria se tornou sinônimo de vida saudável para muita gente. Promessa de corpo em forma, energia e até uma pele mais bonita. Mas um novo estudo científico mostra que essa relação pode ser mais complexa do que parece.

A pesquisa revela que, em alguns casos, reduzir calorias demais pode trazer efeitos indesejados para a pele.

Pesquisadores chineses analisaram dados genéticos de milhares de pessoas para entender se diferentes padrões alimentares influenciam o risco de doenças inflamatórias da pele (como acne, dermatite atópica, psoríase e artrite psoriásica).

O resultado chamou atenção.

Entre os tipos de dieta estudados, apenas a dieta de baixa caloria apresentou uma associação estatisticamente significativa, ainda que discreta.

De acordo com o estudo, indivíduos com marcadores genéticos ligados a esse tipo de alimentação tinham uma probabilidade um pouco maior de desenvolver artrite psoriásica, inflamação crônica que acomete pele e articulações

Dieta de baixa caloria: quando o “menos é mais” deixa de ser saudável

Os autores destacam que a descoberta não significa que reduzir calorias seja ruim por si só, mas que o corpo pode reagir de forma negativa quando a restrição é exagerada.

Segundo os pesquisadores, dietas muito restritivas podem causar deficiência de vitaminas e minerais essenciais, afetando o sistema imunológico e a barreira protetora da pele.

Esse desequilíbrio pode favorecer processos inflamatórios, especialmente em pessoas com predisposição genética.

Outros padrões alimentares, como a dieta vegetariana e a dieta sem glúten, não mostraram relação direta com o aumento ou redução de doenças inflamatórias cutâneas.

Mesmo assim, seguir esses modelos de forma desequilibrada (sem acompanhamento profissional) também pode causar carências nutricionais que prejudicam a saúde da pele, como falta de ferro, zinco, vitamina B12 e ômega 3.

Alimentação equilibrada continua sendo o melhor caminho

O estudo, publicado na revista Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, é o primeiro a investigar geneticamente como diferentes tipos de dieta se relacionam com as condições de pele.

Embora os resultados ainda sejam preliminares, eles reforçam uma mensagem importante de que não existe fórmula única.

Manter uma dieta equilibrada, com variedade de alimentos e acompanhamento médico ou nutricional, continua sendo a estratégia mais segura; tanto para quem busca emagrecimento quanto para quem quer cuidar da pele.

Portanto, antes de seguir a tendência da vez nas redes sociais, vale lembrar que a relação entre dieta de baixa caloria e doenças de pele é real, mas nem sempre previsível.

O ideal é encontrar o equilíbrio certo, aquele que nutre o corpo, protege a pele e respeita os limites do seu metabolismo.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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