Estudo da USP aponta que nordestinos de baixa renda sofrem mais com de dor de cabeça

A desigualdade geográfica e social interfere na saúde

A dor de cabeça é uma das principais queixas de muitos brasileiros. Contudo, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), revelou que os nordestinos de baixa renda. São os mais afetados pela dor de cabeça, assim como os pretos que perderam mais dias de trabalho que uma pessoa branca. Entenda com o blog SaúdeLab como as marcas da desigualdade social e geográfica pioram ainda mais a saúde de quem sofre de cefaleia. 

Nordestinos de baixa renda sofrem mais de dor de cabeça

A quinta maior causa de incapacidade no Brasil, que acaba afetando o rendimento e qualidade de vida do brasileiro é a dor de cabeça. Deste modo, para compreender melhor sobre este mal que afeta a população, pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica (CPCE) do Hospital Universitário (HU) da USP. Estudaram os perfis socioeconômicos de pessoas que sofrem de dor de cabeça, e a pesquisa revelou marcas da desigualdade geográfica e social de quem passa por esta incapacidade.

A princípio, o resultado desse estudo foi publicado na revista Headache: The Journal of Head and Face Pain. De acordo com a pesquisa, a dor de cabeça interfere mais no dia a dia de pessoas que vivem na região Norte e Nordeste. Principalmente, para pessoas de baixa escolaridade, pele parda e de menor renda. Segundo o pesquisador Arão Belitardo de Oliveira, pós-doutorando do CPCE, a pessoa preta perdeu mais dias de trabalho em comparação com uma pessoa branca. “Uma pessoa da região Norte perdeu mais dias do que a da região Sudeste” declarou o pesquisador.

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Saúde e Desigualdade

Ademais, pessoas de baixa escolaridade perdem mais dias de trabalho do que alguém com escolaridade maior. Todos estes pontos evidenciaram que existe uma desigualdade socioeconômica geográfica no Brasil, e isso acaba impactando na incapacidade por dor de cabeça. Dentre estes motivos para este perfil tão marcante, o que destaca é a falta de um protocolo nacional para serviço de saúde para pacientes que sofrem de dor de cabeça. Ou seja, não há hospitais e clínicas especializadas nesta questão. Arão Belitardo também destacou que na região Sudeste as pessoas têm mais acesso ao plano de saúde.

Sobretudo, a hospitais e centros especializados onde poderá recorrer a um tratamento para com um neurologista. No entanto, nas regiões Norte e Nordeste há menos unidades de saúde especializadas em cefaleia. O pesquisador alertou que a dor de cabeça gera uma incapacidade de executar tarefas diárias no cotidiano, afetando a vida profissional e pessoal.

Com a falta de tratamento adequado, a duração da dor de cabeça irá aumentar com o tempo, outro problema que ocorre por conta dessa condição é a automedicação. Sendo assim, a pessoa fica por anos sendo subtratada e poderá gerar uma cefaleia tensional, ansiedade e estresse.

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