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Não é só o tratamento: estudo aponta o que pode prolongar a vida com câncer
Ter força muscular e uma boa capacidade respiratória pode ser muito mais do que sinal de bom condicionamento físico. Pode estar associada a maior chance de viver por mais tempo após o diagnóstico de câncer.
Segundo um estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine, pacientes com músculos mais fortes e melhor condicionamento cardiorrespiratório apresentam menor risco de morte, inclusive em estágios avançados da doença.
Mais força, mais chances de viver
Pesquisadores analisaram dados de mais de 46 mil pessoas com diferentes tipos de câncer, reunidos em 42 estudos realizados em diversos países.
Os resultados foram consistentes:
- Pacientes com maior força muscular — medida, por exemplo, pelo simples teste de aperto de mão — tiveram até 46% menos risco de morrer em comparação com os mais fracos.
- A boa capacidade cardiorrespiratória, que indica o quanto o coração e os pulmões conseguem fornecer oxigênio durante o esforço físico, também esteve associada a menor taxa de mortalidade.
Essa proteção foi ainda mais evidente em estágios avançados da doença.
Por que o corpo forte faz diferença
Durante o tratamento oncológico, o corpo enfrenta vários desafios, desde perda de massa muscular, fadiga intensa, inflamações e efeitos colaterais de medicamentos.
Tudo isso pode reduzir a autonomia e enfraquecer o sistema imunológico.
Manter a força muscular ajuda o organismo a resistir melhor a esses impactos e a responder de forma mais eficiente às terapias.
Além disso, os músculos ativos funcionam como um órgão metabólico.
Eles regulam hormônios, ajudam a controlar a glicose no sangue e reduzem inflamações que podem favorecer o avanço da doença.
Já uma boa capacidade cardiorrespiratória melhora o transporte de oxigênio e nutrientes, essenciais para a recuperação e a vitalidade do paciente.
O papel do exercício na jornada contra o câncer
Para os especialistas, medir a força muscular e a capacidade respiratória pode ajudar médicos a identificar pacientes que se beneficiariam mais de programas de exercícios personalizados.
Segundo eles, a atividade física regular deve fazer parte do cuidado oncológico; sempre com acompanhamento profissional.
Exercícios de resistência leve (como musculação com cargas moderadas, faixas elásticas ou exercícios com o peso do corpo) ajudam a preservar e aumentar a força muscular.
Já caminhadas, pedaladas leves ou natação contribuem para o condicionamento cardiorrespiratório.
Mais do que “vencer o câncer”, trata-se de melhorar a qualidade e o tempo de vida.
A pesquisa mostra que manter e estimular a força muscular e o condicionamento físico durante o tratamento pode fazer diferença real na sobrevivência e no bem-estar de quem enfrenta a doença.
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