Book Appointment Now
Gêmeas Siamesas separadas em Goiânia recebem alta após 51 dias da cirurgia
Na tarde desta sexta-feira (3) as gêmeas siamesas separadas em hospital de Goiânia, Heloá e Valentina receberam alta. Elas realizaram a cirurgia de separação no dia 11 de janeiro e foram liberadas para que os pais pudessem levá-las para casa. Conheça essa história comovente com o Blog SaúdeLab.
Siamesas separadas em Goiânia recebem alta
Após 51 dias internadas depois de realizar uma cirurgia de separação, as gêmeas siamesas finalmente saíram do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Foi com muita emoção que a mãe das crianças foi buscar as filhas e relembrar que em outra unidade de saúde tinham dito para ela e seu marido. Que eles deveriam escolher qual das suas elas teriam de escolher.
Contudo, Waldirene não teve escolha por uma delas, e agora retorna para Morrinhos com as filhas ao lado do pai das meninas. Fernando falou da alegria de ter a sua família reunida e que a irmã mais velha está esperando elas em casa.
Nesse sentido, o cirurgião responsável pelo procedimento relatou para o portal G1, Zacharias Calil, disse que temeu pela a vida das crianças, visto que Valentina uma das gêmeas teve uma recuperação complexa. Para esta cirurgia foi necessário envolver cerca de 200 pessoas contando com acompanhamento.
Leia também: Quanto tempo dura herpes labial? Saiba os cuidados que você precisa ter
Dificuldade
Para realização dessa cirurgia a equipe médica passou por algumas situações delicadas. Em primeiro lugar, Valentina e Heloá, de 3 anos, eram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado e genitálias. A complexidade não termina apenas nestes órgão há também a união delas por meio dos intestinos delgado e grosso.
Deste modo, a cirurgia de separação ocorreu no dia 11 de janeiro, o cirurgião pediátrico Zacharias Calil contou com 50 profissionais para o procedimento. Ele explicou que teve que dividir o fígado, o intestino delgado e o grosso. Depois de realizar a modificação do sistema urinário das gêmeas, elas apresentaram alterações que não foram diagnosticadas.
Por fim, ele finalizou a cirurgia separando o osso da bacia. Logo depois as siamesas passaram a se alimentar pelas veias dois dias após o procedimento. No dia (16/01) Heloá teve que ser entubada, e permaneceu com ajuda de oxigênio.
No entanto as siamesas teve outro perrengue, Valentina começou apresentar um quadro grave e precisou ser colocada em uma coma induzido. Apesar disso, o processo de recuperação foi rápido, pois no dia (20/01) Heloá foi filmada escovando os dentes sozinha quando ainda estava na UTI.
Recuperação
Naquele mesmo dia, sua irmã Valentina ainda estava lutando e voltou a ter crises convulsivas e a equipe médica teve que aumentar a quantidade de medicações que eram aplicadas. A partir disso, foi constatado que ela tinha uma suboclusão intestinal, que é uma obstrução parcial do intestino. Então, ela teve que passar por mais um procedimento cirúrgico.
Todavia, na cirurgia notou-se que ela estava com uma hérnia encarcerada e logo foi realizada a desobstrução. Enquanto Heloá se recuperava e fazia cirurgia para fechar feridas, Valentina ainda estava em coma induzido. O mês de fevereiro começou com Heloá conseguindo dar os seus primeiros passos pela UTI e tomar banho de sol.
O primeiro contato das irmãs após a cirurgia aconteceu no dia (4/2) quando Valentina segurou pela primeira vez a mão de sua irmã Heloá. No dia 15/02 ela receberam alta da UTI e mantiveram ainda internadas no hospital, Valentina retirou a sonda que utilizava para se alimentar e fazer hidratação e passou a se alimentar de forma oral e na sexta-feira, (03/03) elas receberam alta para ir para casa emocionado dos profissionais do hospital.
Veja também: Quanto tempo dura uma crise de labirintite? Saiba quando buscar ajuda