Genética materna e obesidade infantil: estudo aponta a influência da mãe no peso da criança

A relação entre genética materna e obesidade infantil pode ser mais forte e complexa do que muitos imaginam.

Um estudo conduzido por pesquisadores da University College London (UCL) revelou que, quando se trata do peso de uma criança, os genes da mãe exercem influência que vai muito além da simples herança genética.

O trabalho mostrou que fatores ligados à saúde e aos hábitos maternos, desde a gestação até os primeiros anos de vida do filho, podem ter um peso significativo na prevenção ou no aumento do risco de obesidade infantil.

O que o estudo investigou sobre genética materna e obesidade infantil

Pesquisadores da UCL acompanharam mais de 2.600 famílias britânicas, investigando como o índice de massa corporal (IMC) dos pais e seus padrões alimentares influenciam o peso e a dieta dos filhos desde o nascimento até os 17 anos.

Foram feitos registros aos 3, 5, 7, 11, 14 e 17 anos, incluindo consumo de frutas, vegetais, fast food e bebidas açucaradas.

Uma das novidades do estudo foi explicar dois tipos diferentes de influência dos genes dos pais sobre o filho:

  • Influência genética direta: são os genes que a criança realmente recebe dos pais e que afetam suas características, como o peso.
  • Criação genética (genetic nurture): acontece quando os genes dos pais que a criança não recebe influenciam o jeito como eles vivem e cuidam do ambiente em que a criança cresce; por exemplo, os hábitos alimentares e o estilo de vida da mãe.

A conclusão? Enquanto o peso do pai afeta o peso da criança principalmente via genética direta, a genética materna e obesidade infantil se relacionam de forma dupla: pela herança genética e pelo ambiente gerado pela mãe, incluindo sua alimentação e estilo de vida, desde a gestação.

Limites do IMC e interpretação cuidadosa

Os pesquisadores alertam que o IMC é uma métrica limitada para avaliar gordura corporal, especialmente em crianças.

O estudo, portanto, também incluiu medidas como massa gorda, para oferecer uma análise mais robusta e completa.

O que isso significa para as famílias

É importante deixar claro que este estudo não coloca culpa nas mães, mas sim destaca como o cuidado com a saúde da mulher durante a gravidez pode ter efeitos positivos para as crianças.

Segundo o Dr. Liam Wright, líder da pesquisa, apoiar as famílias para que mantenham um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir a chance de obesidade entre as crianças.

Além disso, intervenções focadas em melhorar o IMC da mãe, especialmente na gravidez, podem ser uma estratégia eficaz para diminuir o impacto da obesidade de uma geração para outra.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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