Book Appointment Now

Melhores óleos para fritar: como escolher e reduzir os riscos à saúde
A dúvida sobre quais são os melhores óleos para fritar não é apenas culinária, mas também de saúde.
A fritura, apesar de saborosa e muito presente na cultura alimentar brasileira, é considerada uma forma de preparo menos saudável: aumenta a ingestão de gorduras, pode favorecer inflamações e está associada a risco cardiovascular quando consumida em excesso.
Por isso, médicos e nutricionistas reforçam: a fritura deve ser exceção, não rotina. Ainda assim, se for preparar, é possível escolher óleos mais adequados, que suportam melhor o calor e reduzem a formação de substâncias nocivas.
Aqui, você vai aprender quais óleos são melhores para fritar, quais devem ser evitados e como aplicar técnicas simples para diminuir os danos.
O que considerar na hora de escolher óleos para fritar
Além de avaliar questões como sabor, impacto nutricional e frequência de uso, existe um fator técnico que merece atenção especial: o comportamento do óleo quando exposto a altas temperaturas.
Isso porque nem todos os óleos reagem da mesma forma ao calor intenso da fritura, e ignorar esse detalhe pode comprometer tanto a qualidade da comida quanto a sua saúde.
É aqui que entra o conceito de ponto de fumaça, um dos critérios mais relevantes para definir quais são os melhores óleos para fritar.
Ponto de fumaça: por que ele importa
O ponto de fumaça é a temperatura em que o óleo começa a queimar e liberar fumaça. Nesse momento, ocorre a degradação do óleo, liberando aldeídos tóxicos e radicais livres. Quanto maior o ponto de fumaça, mais seguro o óleo é para fritura.
Estabilidade da gordura
Os tipos de gordura influenciam na resistência ao calor:
- Saturadas (banha, óleo de coco): muito estáveis, mas devem ser consumidas com moderação, pois aumentam colesterol LDL segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
- Monoinsaturadas (azeite refinado, óleo de amendoim): estáveis e mais benéficas ao coração.
- Poli-insaturadas (soja, milho, girassol comum): mais frágeis, oxidam facilmente em altas temperaturas.
Saúde, sabor e custo-benefício
Além da estabilidade, o consumidor busca equilíbrio entre saúde, sabor neutro e preço acessível. Por exemplo, óleos como canola e girassol oferecem resistência ao calor e bom custo-benefício, enquanto azeite refinado agrega benefícios, mas tem preço mais elevado.
Estes pontos são essenciais ao escolher quais são os melhores óleos para fritar.
Leia também: O que é melhor para cozinhar: manteiga ou óleo? Veja a opção mais saudável de acordo com a ciência
Melhores óleos para fritar comida segundo a ciência
Depois de entender os critérios mais importantes para escolher um bom óleo, surge a pergunta: afinal, quais são as melhores opções para fritar segundo a ciência?
Pesquisas recentes apontam que alguns óleos se destacam não apenas pela estabilidade em altas temperaturas, mas também pelo perfil de gorduras mais equilibrado e pelos potenciais benefícios à saúde.
A seguir, conheça quais óleos se enquadram nessas características e por que eles podem ser escolhas mais seguras na cozinha.
Óleo de canola
- Ponto de fumaça: médio-alto.
- Rico em gorduras monoinsaturadas.
- Sabor neutro, preço acessível e disponível no Brasil.
- Bom custo-benefício para o dia a dia.
Óleo de girassol alto-oléico
- Difere do girassol comum: mais gorduras monoinsaturadas, mais estável.
- Ótimo para frituras profundas.
- Preço intermediário.
Óleo de amendoim
- Ponto de fumaça elevado.
- Usado em frituras orientais.
- Leve sabor característico, mas discreto.
- Custo mais alto, mas ótimo desempenho.
Banha de porco (com moderação)
- Muito estável no calor.
- Porém, rica em gordura saturada e colesterol.
- American Heart Association (AHA) recomenda limitar o consumo frequente.
- Pode ser usada ocasionalmente em receitas tradicionais, mas não como rotina.
Óleo de coco refinado
- Estável em altas temperaturas.
- Deve ser usado com cautela: excesso de gorduras saturadas pode impactar negativamente a saúde cardiovascular.
- Boa opção para preparos ocasionais.
Azeite de oliva refinado (não o extravirgem)
- O extravirgem perde antioxidantes e sabor quando submetido a fritura longa.
- Já o refinado suporta melhor altas temperaturas.
- Indicado para refogados rápidos e frituras de pouca duração.
Óleos que devem ser evitados em frituras
- Óleo de soja: muito popular no Brasil, mas instável em altas temperaturas.
- Óleo de milho: perfil semelhante ao da soja, oxida facilmente.
- Óleo de girassol comum: baixo ponto de fumaça e alta oxidação.
Quando submetidos ao calor intenso, esses óleos formam compostos que aumentam o risco de inflamações e doenças cardiovasculares. Portanto, não estão entre os melhores óleos para fritar.
Leitura Recomendada: Ácido linoleico e câncer: o que está por trás dos óleos que usamos todos os dias?
Dicas práticas para fritar com mais saúde
Antes de falar sobre técnicas específicas, vale lembrar que pequenas escolhas durante o preparo fazem toda a diferença para tornar a fritura menos prejudicial.
Mais do que o tipo de óleo, fatores como temperatura, tempo de imersão e até a forma de escorrer os alimentos ajudam a reduzir a absorção de gordura e a preservar nutrientes.
Pensando nisso, vamos às principais dicas práticas para fritar de forma mais saudável.

Controle da temperatura
- Fritar entre 160 °C e 180 °C.
- Acima disso, o óleo degrada rapidamente.
Dica prática: se o óleo soltar fumaça, já ultrapassou o limite seguro.
Evite reutilizar muitas vezes
- Cada reaquecimento acelera a oxidação.
- Reutilize no máximo 2 vezes e apenas se o óleo estiver claro e sem odor.
Sinais de óleo estragado:
- Cor muito escura.
- Cheiro rançoso.
- Formação de espuma durante o aquecimento.
- Resíduos sólidos grudados no fundo da panela.
Se notar esses sinais, descarte imediatamente.
Prefira frituras ocasionais
- Inclua fritura de forma eventual, não diária.
- Combine com métodos mais saudáveis, como grelhados, cozidos e assados.
Alternativas modernas
- Airfryer: textura crocante com até 80% menos óleo.
- Forno: com pouca gordura, dá crocância similar à fritura.
- Saltear: usa pouco óleo, preserva sabor e nutrientes.
Como escolher o óleo ideal para o seu dia a dia
Mesmo com as melhores escolhas, a fritura nunca será saudável como outros métodos de preparo. Ainda assim, é possível reduzir riscos escolhendo óleos mais estáveis e aplicando técnicas adequadas.
Em resumo:
- Prefira canola, girassol alto-oléico, amendoim, azeite refinado ou óleo de coco refinado.
- Evite soja, milho e girassol comum.
- Controle a temperatura, reutilize pouco e modere no consumo.
Assim, você consegue aproveitar o sabor das frituras de forma mais consciente e menos prejudicial à saúde usando os melhores óleos para fritar.
Continue no SaúdeLAB e descubra outros conteúdos sobre óleos, gorduras e técnicas de preparo inteligentes para transformar sua alimentação.
Leitura Recomendada: Óleo de babaçu: benefícios, usos e como aproveitar ao máximo esse tesouro natural