Menopausa precoce (antes dos 45) é sinal de alerta para doenças cardíacas e metabólicas

A menopausa precoce, que é quando a menstruação para naturalmente antes dos 45 anos, pode ter impactos que vão além do fim do ciclo reprodutivo.

Um novo estudo que está sendo apresentado na reunião anual da The Menopause Society (de 21 a 25 de outubro) mostrou que essas mulheres têm maior risco de desenvolver síndrome metabólica.

Essa síndrome é um conjunto de fatores que elevam as chances de doenças do coração, diabetes tipo 2 e acúmulo de gordura abdominal.

Segundo os pesquisadores, a queda precoce nos níveis de estrogênio, hormônio que protege o sistema cardiovascular e ajuda a equilibrar o metabolismo, parece contribuir para esse aumento de risco.om menos estrogênio, o corpo tende a acumular gordura com mais facilidade, especialmente na região abdominal.

Esse acúmulo, por sua vez, impacta diretamente a saúde do coração e os níveis de glicose e colesterol no sangue.

Menopausa precoce: o que a pesquisa descobriu

A investigação analisou dados de mais de 234 mil mulheres que passaram pela menopausa naturalmente entre os 30 e 60 anos.

Os resultados chamam a atenção:

  • 13,5% das mulheres com menopausa precoce apresentavam síndrome metabólica.
  • Entre as que tiveram menopausa mais tardia, a taxa foi de 10,8%.
  • Essa diferença representa um aumento de 27% no risco relativo de síndrome metabólica em quem entrou na menopausa mais cedo.

Mesmo após considerar fatores como peso, uso de medicamentos e origem étnica, o risco se manteve maior entre as mulheres com menopausa precoce.

Para os especialistas, esses dados indicam que a idade da menopausa pode servir como um marcador importante de risco para alterações metabólicas e cardiovasculares no futuro.

Entendendo melhor o que é a menopausa precoce

A menopausa precoce acontece quando a mulher deixa de ovular e menstruar antes dos 45 anos, algo que pode ocorrer por fatores genéticos, estresse, tabagismo, doenças autoimunes ou mesmo sem causa aparente.

Os sintomas são parecidos com os da menopausa comum: ondas de calor, insônia, irritabilidade, ressecamento vaginal e diminuição da libido.

Quando ocorre cedo demais, há mais tempo de exposição aos efeitos da falta de estrogênio, o que pode aumentar o risco de problemas cardíacos, osteoporose e síndrome metabólica.

Por isso, médicos recomendam acompanhamento regular, prática de atividade física, alimentação equilibrada e, em alguns casos, terapia hormonal, sempre com orientação profissional.

Prevenção e atenção redobrada

Reconhecer a menopausa precoce como um marcador de risco pode fazer toda a diferença.

Quanto antes forem identificadas alterações nos níveis de açúcar, colesterol e pressão arterial, maiores são as chances de prevenir complicações.

De acordo com os pesquisadores, a menopausa precisa ser enxergada não apenas como o fim da fertilidade, mas como uma etapa que exige novos cuidados com o corpo.

Manter consultas médicas em dia, evitar o sedentarismo, controlar o peso e cuidar da alimentação são atitudes que ajudam a equilibrar o metabolismo e proteger o coração.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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