Microgreens de cereais: o novo superalimento que pode transformar sua saúde

Você já ouviu falar nos microgreens de cereais? Eles são versões bem jovens de grãos como trigo, aveia, cevada, quinoa e amaranto, e têm chamado a atenção de quem busca mais saúde na alimentação.

Isso porque, nessa fase inicial de crescimento, esses brotinhos podem concentrar muito mais vitaminas, minerais e antioxidantes do que os grãos maduros, em alguns casos até 40 vezes mais.

Um estudo recente publicado no Journal of Cereal Science mostrou que, quando esses grãos são colhidos no estágio de microgreens, passam por mudanças importantes no valor nutricional: proteínas, minerais e compostos benéficos podem aumentar bastante, embora os resultados variem de acordo com a espécie.

Entendendo melhor o que são os microgreens de cereais

Os microgreens são colhidos ainda na fase inicial de crescimento, geralmente entre 10 e 21 dias após o plantio, quando atingem de 3 a 10 cm de altura.

Ao contrário dos brotos tradicionais (sprouts), que crescem em ambientes úmidos e no escuro, os microgreens se desenvolvem com luz e em substratos controlados, o que aumenta a segurança alimentar e o valor nutricional.

No caso dos microgreens de cereais, o destaque está em grãos como trigo, cevada, aveia, sorgo e também pseudocereais, como quinoa e chia.

Esses alimentos, já conhecidos pelo papel importante na dieta mundial, ganham novas características quando consumidos na forma de microgreens.

Benefícios dos microgreens para a saúde

Um dos achados mais interessantes das pesquisas é a alteração no teor de proteínas.

Enquanto o trigo apresenta 262% mais proteínas na forma de microgreen e a chia mostra aumento de 91%, o amaranto vai na direção oposta, com redução de 86% em comparação ao grão maduro.

Isso mostra que os efeitos nutricionais do microgreening — o processo de cultivar os grãos nesse estágio jovem, quando viram microgreens — variam bastante de acordo com a espécie estudada.

Outro ponto relevante é o perfil antioxidante. Os benefícios dos microgreens incluem a presença de compostos como vitamina C, vitamina E, carotenoides e flavonoides, reconhecidos por seu papel na proteção contra o estresse oxidativo no organismo.

Esses nutrientes podem contribuir para reduzir riscos associados a doenças crônicas, mas os próprios autores do estudo reforçam que ainda são necessárias mais pesquisas clínicas para comprovar esses efeitos em seres humanos.

Pesquisas iniciais sugerem também que os microgreens podem ter impacto positivo no metabolismo da glicose, no colesterol e em processos inflamatórios.

Porém, essas evidências ainda são preliminares, baseadas em experimentos laboratoriais ou em modelos animais, e precisam ser confirmadas em ensaios clínicos com pessoas.

Nutrição em pequenas doses

Um dado curioso é que os microgreens de cereais apresentam até 78% menos carboidratos em comparação com os grãos maduros.

Isso ocorre porque, no início do crescimento, a planta usa as reservas de amido da semente para se desenvolver.

O resultado é um alimento com menos carboidratos e concentrações elevadas de vitaminas, minerais e compostos bioativos.

Quanto às fibras, alguns casos se destacam, como o amaranto, que apresentou mais que o dobro da quantidade em comparação ao grão maduro.

Sustentabilidade e futuro dos alimentos

Além de nutritivos, os microgreens também têm um papel importante na sustentabilidade.

Por crescerem em pouco espaço, com baixo consumo de água e em sistemas verticais ou hidropônicos, eles representam uma solução para a produção de alimentos em ambientes urbanos.

A NASA, inclusive, já estuda o cultivo de microgreens para alimentação de astronautas em missões espaciais de longa duração, devido ao seu rápido ciclo de crescimento e à alta densidade de nutrientes.

Um superalimento acessível

Embora ainda enfrentem desafios como custo de produção e vida útil curta, os benefícios dos microgreens já despertam interesse de nutricionistas, médicos e chefs de cozinha.

Seja em saladas, sucos, sanduíches ou até em produtos processados como biscoitos e massas, eles prometem estar cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas.

Em resumo, os microgreens de cereais não são apenas uma tendência gastronômica.

Eles representam um passo importante rumo a uma alimentação mais saudável e sustentável, mas ainda dependem de mais evidências científicas para que todos os seus potenciais benefícios sejam confirmados.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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