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Anvisa libera novo medicamento para glioma (tipo de tumor cerebral)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 11 de agosto, o uso do Voranigo® (vorasidenibe) no Brasil. O novo medicamento será usado no tratamento de um tipo específico de tumor cerebral — o glioma difuso de baixo grau (grau 2) — que apresenta alterações genéticas chamadas mutações IDH1 ou IDH2.
Ele é indicado para pacientes que já passaram por cirurgia e que, no momento, não precisam iniciar radioterapia ou quimioterapia.
É a primeira vez, em 20 anos, que uma terapia é aprovada para essa forma da doença.
Novo medicamento para glioma
O glioma de baixo grau é um tumor cerebral que costuma crescer lentamente, mas pode evoluir para formas mais agressivas ao longo do tempo.
Até agora, as opções de tratamento se limitavam principalmente à cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
O novo medicamento para glioma amplia esse leque ao oferecer uma terapia alvo específica para casos com mutações IDH, permitindo adiar tratamentos mais invasivos.
O medicamento atua bloqueando as enzimas alteradas responsáveis por produzir substâncias que favorecem o crescimento do tumor.
Assim, ajuda a controlar a doença por mais tempo e a manter a qualidade de vida.
Resultados que sustentaram a aprovação
A decisão da Anvisa foi baseada nos resultados do ensaio clínico internacional INDIGO.
O estudo apontou uma redução de 61% no risco de progressão da doença, além de atraso no crescimento tumoral e no início de novos tratamentos, como a quimioterapia.
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O que é o glioma
Os gliomas são tumores que se originam nas células de sustentação do sistema nervoso central, chamadas células gliais.
Eles podem afetar o cérebro ou a medula espinhal e são classificados em diferentes graus de agressividade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os gliomas difusos com mutação de IDH são mais comuns em adultos com menos de 50 anos.
O diagnóstico envolve exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, e testes laboratoriais para identificar a mutação genética.
Esse perfil molecular é decisivo para orientar o tratamento.
Sintomas que merecem investigação
Os sinais da doença podem variar conforme a área do cérebro atingida. Entre os mais comuns estão:
- Dores de cabeça persistentes;
- Convulsões;
- Alterações na fala;
- Fraqueza ou dormência em partes do corpo;
- Dificuldades de memória e raciocínio;
- Náuseas e vômitos.
Diante desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico para avaliação.
Abordagem personalizada
O tratamento do glioma geralmente começa com a cirurgia para remover a maior parte possível do tumor.
Depois, a equipe médica define se serão necessárias terapias complementares, como radioterapia, quimioterapia ou, agora, a nova terapia alvo.
Especialistas reforçam que o acompanhamento é contínuo, com consultas e exames periódicos, já que a doença pode voltar a crescer ao longo do tempo.
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