O que está por trás do interesse crescente pela oncologia integrativa

A oncologia integrativa vem ganhando espaço entre profissionais de saúde e pacientes que buscam mais conforto e bem-estar durante o tratamento do câncer.

Em vez de substituir as terapias convencionais, essa abordagem combina práticas complementares (como yoga, acupuntura, exercícios físicos e orientação nutricional) para aliviar sintomas que impactam o dia a dia e o emocional.

Um estudo global recém-publicado no BMC Complementary Medicine and Therapies indica que muitos especialistas já utilizam algum tipo de prática integrativa, embora o acesso ainda seja limitado em várias regiões.

Oncologia integrativa: o que o novo estudo descobriu

A pesquisa ouviu 344 profissionais envolvidos no cuidado de suporte em oncologia, em diferentes partes do mundo.

A maioria afirmou acreditar que as práticas integrativas continuam pouco utilizadas, mesmo reconhecendo seu papel no manejo de sintomas comuns no tratamento do câncer.

As terapias integrativas mais recomendadas pelos profissionais foram:

  • acupuntura e acupressão;
  • exercícios em grupo;
  • planos de treino individualizados;
  • orientação nutricional;
  • yoga e técnicas de respiração;
  • massagem.

Essas práticas são vistas como alternativas úteis para ajudar a controlar sintomas que costumam acompanhar a jornada do paciente.

Os sintomas que mais motivam o uso de terapias complementares

Ao serem questionados sobre os sintomas que mais levam à indicação das práticas integrativas, quatro grupos se destacaram tanto entre pacientes em tratamento quanto entre aqueles que já finalizaram essa fase:

  • questões emocionais, como ansiedade e estresse;
  • dor;
  • problemas gastrointestinais;
  • fadiga.

Esses sintomas estão entre os mais incômodos relatados por pessoas com câncer e nem sempre são totalmente controlados apenas com medicação.

Diferenças entre países e o peso do acesso

O estudo também identificou diferenças expressivas entre países.

Em nações de maior renda, acupuntura, massagem e treinos individualizados são mais comuns.

Já em países com menos recursos, predominam práticas de baixo custo ou gratuitas, como exercícios coletivos, técnicas de respiração e acompanhamento nutricional.

Um ponto, porém, se repete em diversas regiões; com frequência, o paciente precisa pagar do próprio bolso para ter acesso a essas práticas.

Isso representa uma barreira importante, especialmente onde o tratamento do câncer já consome grande parte da renda familiar.

Falta formação e estrutura para oferecer mais opções

Outro dado relevante é que grande parte dos profissionais relata nunca ter recebido treinamento formal em práticas integrativas.

A disponibilidade de cursos também varia muito entre as regiões, com destaque para algumas áreas da Ásia e da África Subsaariana, onde a oferta é bastante limitada.

Essa lacuna de capacitação ajuda a explicar por que o acesso às práticas integrativas ainda é desigual, mesmo em locais onde existe interesse crescente por parte dos profissionais e dos pacientes.

Por que a oncologia integrativa importa para os pacientes

Para quem enfrenta o câncer, medidas simples podem trazer alívio significativo.

Estudos mostram que acupuntura pode reduzir dor e náuseas; técnicas de respiração ajudam no controle da ansiedade; e programas de exercícios supervisionados contribuem para melhorar energia, força e disposição.

Segundo o estudo, a proposta da oncologia integrativa é justamente a de tornar a jornada do paciente mais acolhedora e menos desgastante, combinando o tratamento convencional com estratégias complementares baseadas em evidências.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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