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Tratamento natural para artrite? O que a ciência começa a ver numa planta brasileira
Quando se fala em planta brasileira contra artrite, o periquito-da-praia surge como um exemplo que vem despertando o interesse da ciência.
Comum no litoral do Brasil e presente há gerações na medicina popular, essa planta simples mostrou resultados animadores no combate à inflamação e aos sintomas da artrite em estudos de laboratório.
Agora, pesquisas acadêmicas começam a investigar com mais cuidado aquilo que, para muita gente, sempre fez parte do conhecimento do dia a dia.
Conhecido popularmente como periquito-da-praia (Alternanthera littoralis), o vegetal cresce de forma espontânea em áreas costeiras e sempre foi usado para aliviar inflamações, infecções e outros problemas de saúde.
Até pouco tempo atrás, porém, faltavam estudos científicos que confirmassem se esses efeitos eram reais e, principalmente, se o uso da planta era seguro.
O que a ciência descobriu sobre essa planta brasileira contra artrite
Para entender se o uso do periquito-da-praia tinha fundamento, pesquisadores brasileiros decidiram estudar a planta com mais cuidado.
O trabalho, conduzido por equipes de universidades como UNICAMP, UFGD e UNESP, foi publicado na revista científica Journal of Ethnopharmacology.
Na primeira etapa, os cientistas analisaram quais substâncias estão presentes nas partes aéreas da planta. Em seguida, observaram como o extrato atua em processos ligados à inflamação e à artrite.
Os resultados foram positivos.
O extrato ajudou a reduzir a inflamação, melhorou aspectos relacionados às articulações e indicou um possível efeito de proteção do tecido articular; um ponto importante em doenças como a artrite.
A segurança também entrou na avaliação.
Dentro das quantidades analisadas nos estudos, não apareceram sinais relevantes de toxicidade.
A pesquisa não valida um tratamento pronto, mas ajuda a compreender, com método científico, por que essa planta sempre foi associada ao alívio de processos inflamatórios.
Tradição popular e ciência podem caminhar juntas
Estudos como esse ajudam a valorizar o conhecimento tradicional sem romantizar nem incentivar o uso indiscriminado de plantas medicinais.
A mensagem aqui é equilíbrio.
O periquito-da-praia mostrou potencial, mas ainda precisa passar por etapas fundamentais:
- testes mais amplos;
- estudos em humanos;
- padronização do preparo;
- avaliação rigorosa antes de qualquer indicação terapêutica.
Ainda assim, o trabalho reforça algo importante. A biodiversidade brasileira é rica não apenas em espécies, mas também em histórias de uso popular que podem dialogar com a ciência moderna.
Quando esse diálogo acontece com método e responsabilidade, os resultados tendem a ser mais seguros e consistentes.
Por que essa descoberta importa para quem convive com artrite
A artrite afeta milhões de pessoas e impacta diretamente a qualidade de vida.
Dor, rigidez e limitação de movimentos fazem parte da rotina de quem convive com a condição.
Por isso, qualquer avanço que aponte para novas possibilidades de cuidado desperta interesse.
A pesquisa não promete cura nem substitui os tratamentos médicos já estabelecidos. No entanto, abre espaço para o desenvolvimento de terapias naturais complementares, baseadas em evidência científica e no uso racional dos recursos naturais do país.
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