Pressão 12 por 8 não é mais normal? O que você precisa saber

A pressão 12 por 8, que por muito tempo foi considerada dentro da normalidade, não é mais vista como ideal.

De acordo com uma nova diretriz divulgada no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 passaram a ser classificados como pré-hipertensão.

A mudança foi oficializada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

O objetivo é simples: reforçar a prevenção antes que a hipertensão se instale de vez.

O que significa ter pressão 12 por 8 agora

Quando alguém media a pressão e o resultado era 12 por 8, ou 120/80 mmHg, a resposta era quase sempre: “está dentro do esperado”.

Com a nova classificação, esses números já não representam a pressão ideal, mas sim um estágio que exige atenção.

Isso não significa que a pessoa esteja doente, mas que pode estar a caminho da hipertensão se não cuidar do estilo de vida.

Por que essa mudança foi feita

O raciocínio por trás dessa reclassificação é simples: quanto mais cedo for feito o controle, menores os riscos de complicações no futuro.

Pesquisas recentes mostraram que mesmo níveis antes considerados “limítrofes” já podem estar associados a maior risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Com base nesses dados, a comunidade médica decidiu alinhar a diretriz brasileira às recomendações internacionais.

Quem tem pressão 12 por 8 vai precisar tomar remédio?

Uma das principais dúvidas é se, a partir de agora, pessoas com pressão 12 por 8 terão que começar a usar medicamentos. A resposta é não.

Nesse estágio, a recomendação é apostar no tratamento não medicamentoso.

Ou seja, mudanças no estilo de vida, alimentação mais equilibrada, prática regular de atividade física, redução do álcool e abandono do cigarro já fazem uma grande diferença.

O uso de remédios só é cogitado em situações específicas.

Isso acontece, por exemplo, quando a pressão fica entre 13/8 e 13,9/8,9 (ou 130/80 a 139/89 mmHg) e, mesmo após três meses de cuidados, não melhora.

Nessas condições, se a pessoa também tiver outros riscos, como diabetes, colesterol alto ou histórico de infarto na família, o médico pode indicar o remédio.

Já quando a pressão atinge 14 por 9 ou mais, a indicação de tratamento medicamentoso é praticamente regra, porque o risco cardiovascular aumenta bastante.

Novas metas para tratar a pressão alta

Outra novidade importante é que, para quem já tem hipertensão diagnosticada, a meta ficou mais rígida.

Antes, manter a pressão abaixo de 14 por 9 era considerado satisfatório. Agora, o objetivo é reduzir para menos de 13 por 8 em todos os pacientes hipertensos.

Essa meta mais baixa faz parte da estratégia de prevenção: ao manter a pressão controlada, diminuem-se os riscos de complicações graves ao longo da vida.

Mudanças no estilo de vida que ajudam no controle

Se a pressão 12 por 8 foi detectada em um exame, não é hora de desespero, mas sim de cuidado.

A diretriz reforça medidas já conhecidas, mas que muitas vezes são deixadas de lado no dia a dia. Entre as principais estão:

  • Reduzir o consumo de sal na comida;
  • Perder peso em caso de sobrepeso ou obesidade;
  • Aumentar o consumo de frutas e verduras;
  • Praticar atividade física pelo menos 150 minutos por semana;
  • Controlar o estresse, já que ele também impacta a pressão;
  • Adotar a dieta DASH, que prioriza alimentos naturais e pouco processados.

Essas mudanças simples podem impedir que a pré-hipertensão evolua para hipertensão de fato.

Por que a atenção precisa começar agora

A mensagem que os especialistas querem reforçar é a de que não se deve esperar a pressão subir para 14 por 9 para começar a cuidar da saúde.

Quem já tem pressão 12 por 8 precisa encarar esse número como um sinal de alerta, e não apenas como “pressão normal”.

Com hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular, é possível evitar complicações e manter o coração em equilíbrio por muito mais tempo.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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