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Quais doenças podem usar o cordão de girassol? Entenda quem tem direito e como funciona
Nos últimos anos, o cordão de girassol se tornou cada vez mais visível em locais como aeroportos, hospitais, bancos e repartições públicas. Mas, apesar da presença crescente, ainda existe uma dúvida comum: quais doenças podem usar o cordão de girassol?
Muitas pessoas convivem com condições de saúde que não são aparentes aos olhos dos outros, mas que trazem limitações e desafios no dia a dia.
O cordão de girassol surgiu exatamente para dar visibilidade a essas situações, promovendo acolhimento, compreensão e suporte.
Hoje, você vai entender em detalhes o que significa esse símbolo, quem pode usá-lo e de que forma ele pode facilitar a vida de quem convive com uma deficiência ou doença invisível.
O que é o cordão de girassol e por que ele existe
O cordão de girassol, também chamado de Sunflower Lanyard, foi criado no Reino Unido em 2016.
A ideia era oferecer uma forma discreta e respeitosa de identificação para pessoas com deficiências ou condições de saúde ocultas, que nem sempre são reconhecidas à primeira vista.
Diferente de uma carteirinha ou de um laudo médico, o cordão é um sinal visual, facilmente reconhecido em muitos países, que comunica a necessidade de mais tempo, paciência ou suporte especial em situações do cotidiano.
Ele não substitui documentos oficiais, mas funciona como um recurso de acessibilidade.
Quem pode usar o cordão de girassol
Não existe uma lista única e oficial que determine quem pode ou não usar o cordão de girassol. O que existe são critérios gerais que orientam o uso:
- Pessoas com deficiências invisíveis, que não podem ser percebidas à primeira vista.
- Indivíduos com doenças crônicas que impactam sua qualidade de vida.
- Quem convive com condições de saúde mental que dificultam interações ou situações sociais.
- Pessoas em situações temporárias de fragilidade, como após uma cirurgia ou durante tratamentos médicos intensos.
O ponto central é que o cordão de girassol é um símbolo de empatia e inclusão, não uma carteirinha de comprovação.
Quais doenças podem usar o cordão de girassol
Saber exatamente quais doenças podem usar o cordão de girassol ajuda a reduzir preconceitos e promove mais empatia em espaços públicos.
Agora vamos ao ponto principal: quais doenças ou condições se enquadram no uso do cordão de girassol?
Condições neurológicas e do desenvolvimento
- Transtorno do espectro autista (TEA): muitas pessoas com autismo não têm características visíveis, mas podem enfrentar dificuldades em ambientes com barulho, filas ou excesso de estímulos.
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): situações que exigem foco prolongado ou organização podem ser desafiadoras.
- Epilepsia: quem convive com crises pode precisar de suporte imediato ou compreensão em ambientes públicos.
- Sequelas leves de AVC ou paralisia cerebral: mesmo sem sinais evidentes, podem causar limitações motoras ou cognitivas.
Doenças crônicas invisíveis
- Fibromialgia: dores constantes e fadiga podem reduzir a mobilidade e a resistência física.
- Síndrome da fadiga crônica: gera cansaço extremo, que não melhora com descanso.
- Doença de Crohn e colite ulcerativa: crises podem surgir de forma inesperada, exigindo acesso rápido a banheiros.
- Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide: afetam articulações, energia e resistência física.
- Asma grave e DPOC: limitações respiratórias podem não ser perceptíveis, mas dificultam esforço físico.
- Insuficiência cardíaca em estágio inicial: mesmo sem sinais externos, pode causar fadiga e intolerância ao esforço.
Condições de saúde mental
- Ansiedade generalizada ou grave: situações sociais ou ambientes cheios podem gerar crises.
- Depressão maior: falta de energia, concentração e motivação podem comprometer tarefas simples.
- Transtorno do pânico: crises inesperadas exigem compreensão imediata.
- Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): certos ambientes ou estímulos podem desencadear reações intensas.
Deficiências sensoriais não visíveis
- Surdez parcial sem uso de aparelhos auditivos: dificuldade em compreender orientações pode gerar constrangimentos.
- Baixa visão leve: pode exigir mais tempo de adaptação em espaços públicos.
Condições temporárias
- Pacientes em quimioterapia ou radioterapia: efeitos colaterais como fadiga e imunossupressão tornam deslocamentos mais difíceis.
- Recuperação de cirurgias: mesmo sem imobilizações visíveis, a pessoa pode estar debilitada.
- Mobilidade reduzida passageira: lesões leves ou temporárias podem limitar atividades cotidianas.
Vale lembrar que a lista sobre quais doenças podem usar o cordão de girassol não é fechada, mas envolve deficiências, doenças crônicas e transtornos mentais que nem sempre são percebidos.

Existe legislação sobre o cordão de girassol?
Desde 2023, o Brasil reconhece oficialmente o cordão de girassol como símbolo nacional de identificação de pessoas com deficiências ocultas.
A Lei Federal nº 14.624/2023 incluiu o acessório no Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabelecendo que seu uso é opcional e tem como objetivo facilitar a empatia e o atendimento inclusivo em diferentes ambientes.
Além da legislação federal, vários estados e municípios também criaram normas próprias, como em São Paulo, Minas Gerais e Sergipe, reforçando a obrigatoriedade de conscientização de profissionais que atuam em serviços públicos e privados.
Vale destacar que o cordão não substitui laudos médicos ou documentos oficiais, mas funciona como um recurso complementar de acessibilidade e acolhimento, ajudando a garantir direitos já previstos em lei.
Quando falamos em quais doenças podem usar o cordão de girassol, estamos tratando principalmente de condições invisíveis que impactam o dia a dia.
Benefícios práticos do cordão de girassol
O cordão de girassol não é apenas um adorno, mas sim um recurso que pode transformar a forma como a pessoa é percebida e atendida em diferentes ambientes.
Ao utilizá-lo, há um reconhecimento imediato em locais públicos, como aeroportos, hospitais e repartições, o que evita a necessidade de longas explicações ou justificativas.
Esse simples sinal faz com que atendentes e profissionais estejam mais atentos para oferecer um suporte humanizado, com paciência e compreensão.
Outro ponto importante é a redução de constrangimentos que muitas vezes surgem quando alguém precisa de prioridade ou apoio, mas não aparenta “estar doente”.
O cordão ajuda a quebrar esse estigma, criando uma ponte de empatia entre quem usa e quem atende.
Ele também facilita situações práticas do cotidiano, como filas, embarques, consultas médicas ou processos burocráticos, trazendo mais tranquilidade para quem convive com uma condição invisível.
Entender quais doenças podem usar o cordão de girassol é fundamental para garantir que o símbolo seja utilizado de forma consciente e inclusiva.
Como usar o cordão de girassol com segurança
Embora seja um recurso inclusivo e reconhecido, o cordão de girassol deve ser usado com responsabilidade.
O ideal é adquiri-lo em locais confiáveis, como lojas oficiais, ONGs ou instituições que trabalham com acessibilidade, garantindo que o símbolo seja autêntico e corretamente identificado.
Também é recomendável, sempre que possível, manter consigo laudos ou documentos médicos que comprovem a condição de saúde, mesmo que não sejam obrigatórios.
Eles podem ser úteis caso haja dúvidas ou questionamentos em situações específicas. O uso do cordão deve estar sempre associado a momentos em que realmente trará benefício, como quando a pessoa precisa de mais tempo, compreensão ou apoio em interações do dia a dia.
É importante lembrar que o cordão não é um privilégio, mas uma ferramenta de inclusão. Usá-lo de forma consciente contribui para fortalecer sua função original: promover empatia, respeito e acessibilidade para todos que vivem com doenças ou deficiências invisíveis.
Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quais doenças podem usar o cordão de girassol e se sua condição de saúde se enquadra nesse direito.
O cordão de girassol é mais do que um acessório: é um símbolo de empatia e inclusão. Ele dá visibilidade a pessoas com doenças e deficiências invisíveis, condições que muitas vezes passam despercebidas, mas que impactam profundamente o cotidiano.
Se você ou alguém próximo convive com autismo, fibromialgia, doenças autoimunes, transtornos de ansiedade, entre tantas outras situações descritas aqui, saiba que o uso do cordão de girassol é legítimo e pode facilitar sua rotina em ambientes públicos e privados.
Mais do que um direito, ele representa um passo importante para uma sociedade mais consciente e acolhedora.