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Quando procurar um neurologista? Médica aponta os sinais que não podem ser ignorados
Você sabe quando procurar um neurologista? Nosso sistema nervoso é muito complexo, e isso faz com que sintomas neurológicos possam ser confusos.
Às vezes, algo aparentemente mais simples pode ser sinal de algo mais sério, e, não raro, surge a dúvida de quando buscar ajuda especializada.
Para esclarecer essa questão, conversamos com a neurologista Marília Graner, que explicou os principais sintomas, a importância do diagnóstico precoce e o que esperar de uma consulta com esse especialista.
Quando Procurar um Neurologista? Conheça Sinais que Não Devem Ser Ignorados
O sistema nervoso é responsável por funções essenciais, como movimento, sensibilidade, memória e coordenação.
Por isso, de acordo com a neurologista Marília Graner, qualquer alteração nesses aspectos pode ser um alerta.
“Alguns sinais que merecem atenção são dores de cabeça frequentes ou intensas, desmaios, tonturas persistentes, perda de força em braços ou pernas, tremores, crises convulsivas, formigamentos ou dormências sem explicação e alterações na memória ou na atenção“, explica.
Além disso, dificuldades na fala, na visão ou na coordenação motora também podem indicar problemas neurológicos e devem ser investigadas.
A médica reforça que, embora muitos desses sintomas possam ser passageiros ou relacionados a outras condições, é fundamental buscar ajuda profissional quando eles persistem ou se intensificam.
“Se algo está incomodando de forma recorrente, é hora de procurar um neurologista“, alerta.
Dores de Cabeça: Quando Devem Ser um Alerta?
É comum ter dores de cabeça de vez em quando, especialmente em momentos de estresse ou cansaço. Mas nem toda dor de cabeça é simples.
A neurologista Marília Graner explica que “a maioria das dores de cabeça não é grave, como enxaquecas ou aquelas causadas por tensão, mas algumas podem ser sinais de problemas sérios, como sangramentos, tumores ou hidrocefalia“.
Ou seja, embora muitas dores de cabeça sejam inofensivas, outras podem indicar condições que exigem atenção imediata.
Ela reforça que o ideal é procurar um neurologista sempre que houver queixa de dor de cabeça.
“Nenhuma dor de cabeça é normal, apesar de ser comum“, afirma.
Isso porque, mesmo as dores de cabeça mais leves podem ser um sinal de que algo não está certo no organismo.
No entanto, existem situações em que a busca por ajuda deve ser imediata.
Quando procurar um neurologista: a busca por ajuda imediata
A Dra. Marília alerta que é preciso procurar o pronto-socorro se a dor for:
- Muito intensa e diferente das habituais: Se a dor for mais forte do que o normal ou tiver características diferentes das que você já sentiu antes, é um sinal de alerta.
- Súbita e violenta: Dores que surgem de repente, com uma intensidade muito alta, podem indicar problemas graves, como sangramentos.
- Associada a outros sintomas neurológicos: Se a dor vier acompanhada de visão turva, desmaios, formigamentos ou dormências, é preciso agir rápido.
- Progressiva: Se a dor piorar com o tempo, em vez de melhorar, é um sinal de que algo mais sério pode estar acontecendo.
Nesses casos, a médica é enfática: “É necessário procurar o pronto atendimento com urgência, e não ficar aguardando consulta ambulatorial de rotina“.
Essas respostas ajudam a entender quando procurar um neurologista e reforçam a importância de agir rápido para evitar complicações.
A Importância do Diagnóstico Precoce em Doenças Neurológicas
Muitas pessoas demoram a buscar ajuda médica por acreditarem que os sintomas são normais ou passageiros.
No entanto, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento de diversas condições neurológicas.
“No caso do AVC, por exemplo, reconhecer os primeiros sinais pode salvar vidas e evitar sequelas graves“, destaca a médica.
Ela também cita doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, que podem ser melhor controladas quando identificadas cedo.
Além disso, a neurologista ressalta que outras condições, como crises epilépticas, esclerose múltipla e neuropatias, também se beneficiam de uma detecção precoce.
“O tratamento adequado e o acompanhamento regular podem melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente“, completa.
Alterações na Memória e Concentração: Quando se Preocupar?
Outro sintoma que gera muitas dúvidas é a perda de memória ou dificuldade de concentração.
Nem sempre esses problemas estão relacionados a doenças neurológicas.
“O estresse crônico, a sobrecarga mental, o sono de má qualidade e até hábitos alimentares ruins podem afetar a memória e a concentração“, explica a neurologista Marília Graner.
Transtornos de humor, como ansiedade e depressão, também impactam diretamente essas funções cognitivas.
No entanto, a médica alerta que, quando os sintomas são persistentes, progressivos e começam a impactar a rotina e a autonomia da pessoa, é fundamental considerar a possibilidade de doenças neurodegenerativas.
“Toda queixa de esquecimentos trazida pelo idoso deve ser valorizada e avaliada pelo neurologista, e não considerada ‘normal da idade‘”, reforça.
O Que Esperar da Primeira Consulta com um Neurologista?
Para quem nunca consultou um neurologista, a primeira visita pode gerar expectativas e dúvidas.
A profissional explica que, nessa consulta, o médico faz uma avaliação detalhada da história clínica do paciente.
“Perguntamos sobre os sintomas, há quanto tempo existem, se há fatores desencadeantes, se há histórico familiar de doenças neurológicas, medicações e suplementos em uso regular e exames já realizados“, detalha.
Além disso, o estilo de vida do paciente também é analisado, incluindo rotina de sono, alimentação, atividade física e relações interpessoais.
O exame neurológico é outra parte essencial da consulta.
“Podemos avaliar reflexos, força, sensibilidade, coordenação e memória. Dependendo do caso, exames complementares podem ser solicitados, como ressonância magnética, tomografia, eletroencefalograma, polissonografia, teste neuropsicológico ou exames de sangue“, explica a neurologista.
Ela ressalta que a escuta atenta do paciente é fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
“A consulta deve ser um espaço de vínculo, onde todas as dúvidas possam ser esclarecidas“, completa.
Quando Procurar um Neurologista: Não Deixe para Depois
Reconhecer os sinais que indicam a necessidade de uma consulta com um neurologista pode ser o primeiro passo para prevenir complicações e garantir uma melhor qualidade de vida.
Como a neurologista Marília Graner reforça, sintomas como dores de cabeça intensas, alterações na memória, dificuldades motoras ou sensoriais e crises convulsivas não devem ser ignorados.
“O sistema nervoso é complexo, e qualquer alteração deve ser investigada. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de um tratamento eficaz“, finaliza.
Portanto, se você ou alguém próximo está enfrentando sintomas que possam indicar problemas neurológicos, não hesite em buscar ajuda.
Saber quando procurar um neurologista pode fazer toda a diferença para a sua saúde e bem-estar.
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Perfil no SaúdeLAB Indica: Dra. Marília Graner