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Quiropraxia é perigosa? Entenda os riscos e como fazer com segurança
A quiropraxia é uma técnica que desperta tanto curiosidade quanto preocupação. Nos últimos anos, vídeos mostrando estalos na coluna e relatos de alívio rápido de dores ganharam destaque nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, surgiram dúvidas: será que a quiropraxia é perigosa? Existem riscos reais por trás desses ajustes manuais?
Hoje, você vai entender o que a ciência e os profissionais de saúde dizem sobre o assunto, quando a prática pode ser arriscada e como garantir que o tratamento seja feito de forma segura e eficaz.
O que é a quiropraxia e como ela funciona
A quiropraxia é uma especialidade voltada para o diagnóstico, tratamento e prevenção de problemas mecânicos do sistema musculoesquelético, especialmente da coluna vertebral.
O principal recurso utilizado são as manipulações articulares, conhecidas como “ajustes quiropráticos”, que têm como objetivo melhorar o alinhamento, reduzir a dor e otimizar o funcionamento do sistema nervoso.
Quando feita corretamente, a quiropraxia pode ajudar a aliviar dores nas costas, pescoço, cabeça e articulações, além de melhorar a postura e a mobilidade. Diversos estudos indicam que a prática tem eficácia comprovada para alguns tipos de dor musculoesquelética.
Entretanto, como qualquer procedimento terapêutico, ela não é isenta de riscos — especialmente quando aplicada por pessoas sem formação adequada ou em pacientes com condições clínicas específicas.
Quando a quiropraxia pode ser perigosa
A maior parte dos casos de complicações associadas à quiropraxia está relacionada à falta de qualificação do profissional ou à ausência de avaliação clínica prévia.
A técnica pode ser perigosa em situações como:
- Manipulações realizadas por pessoas sem formação em quiropraxia reconhecida.
- Pacientes com osteoporose avançada, histórico de fraturas vertebrais ou tumores ósseos.
- Pessoas com hérnias de disco graves ou inflamações agudas na coluna.
- Casos de problemas vasculares no pescoço, como dissecção arterial cervical.
- Procedimentos feitos sem diagnóstico ou sem considerar exames de imagem.
Nessas circunstâncias, o risco de lesões (ainda que raro) pode incluir compressão nervosa, deslocamento de vértebras ou alterações vasculares. É por isso que a quiropraxia deve sempre ser realizada após uma avaliação clínica criteriosa e com um profissional habilitado.
Vale destacar que, segundo revisões científicas, os eventos graves são extremamente incomuns e ocorrem principalmente quando há falhas de técnica ou ausência de preparo adequado.
Efeitos colaterais comuns e esperados
Mesmo quando realizada corretamente, algumas pessoas podem sentir efeitos leves e transitórios após uma sessão de quiropraxia. Entre eles:
- Dor ou sensibilidade muscular leve nas primeiras 24 a 48 horas.
- Cansaço ou sensação de relaxamento intenso.
- Em alguns casos, leve dor de cabeça.
Esses sintomas costumam desaparecer espontaneamente e são considerados reações normais do corpo ao realinhamento articular.
No entanto, caso ocorram dor intensa, formigamento persistente, tontura ou perda de força, é fundamental procurar o profissional que realizou o procedimento ou um médico para avaliação.
Essas reações mais marcantes não significam, necessariamente, que houve lesão, mas indicam a necessidade de acompanhamento mais próximo.
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Como garantir que o tratamento seja seguro
A segurança da quiropraxia depende, principalmente, da formação e da conduta do profissional. Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve seguir algumas recomendações simples:
- Verifique a formação do quiropraxista.
No Brasil, a formação em quiropraxia é reconhecida em nível superior e regulamentada pela Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ). É importante confirmar se o profissional possui essa qualificação.
- Realize uma avaliação clínica detalhada.
Bons profissionais realizam entrevista, exame físico e, se necessário, solicitam exames de imagem antes de qualquer ajuste.
- Informe seu histórico de saúde.
Condições como osteoporose, cirurgias recentes ou doenças neurológicas precisam ser informadas para evitar riscos.
- Evite procedimentos que pareçam bruscos ou improvisados.
A quiropraxia não deve causar dor intensa ou desconforto súbito durante a sessão.
Seguindo essas orientações, o tratamento tende a ser seguro e benéfico, com baixo risco de complicações.
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O que dizem as evidências científicas
Diversos estudos internacionais analisaram a segurança da quiropraxia e, de modo geral, os resultados são consistentes:
- o risco de eventos adversos graves é muito baixo quando o procedimento é realizado por profissionais qualificados.
Uma revisão concluiu que complicações sérias, como dissecção arterial ou lesões neurológicas, são extremamente raras — e, na maioria dos casos, associadas a condições preexistentes não identificadas.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a quiropraxia como uma forma válida de cuidado de saúde dentro de práticas integrativas, desde que aplicada com segurança e dentro dos limites éticos e clínicos da profissão.
No Brasil, a Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ) reforça que o tratamento deve ser conduzido apenas por profissionais formados em cursos reconhecidos, com base em evidências científicas e respeito aos protocolos de segurança.
Quiropraxia é perigosa ou segura?
Diante das evidências, é possível afirmar que a quiropraxia não é perigosa quando realizada por profissionais capacitados e com avaliação individualizada do paciente.
Os riscos existem, como em qualquer procedimento terapêutico, mas são raros e amplamente evitáveis com diagnóstico correto, comunicação clara e técnica adequada.
Por outro lado, a prática feita sem qualificação ou sem atenção às condições de saúde do paciente pode, sim, representar perigo. Por isso, o primeiro passo para um tratamento seguro é buscar profissionais reconhecidos, credenciados e éticos.
Em resumo:
- A quiropraxia é segura quando feita de forma responsável.
- O perigo está na má prática, não na técnica em si.
- Avaliação médica e transparência com o profissional são fundamentais para garantir bons resultados.
Assim, quem busca alívio para dores na coluna, pescoço ou articulações pode se beneficiar da quiropraxia, desde que adote as mesmas precauções que teria ao iniciar qualquer outro tratamento de saúde. A segurança está no conhecimento, e a informação é o melhor caminho para o cuidado responsável.
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