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O que o seu relacionamento tem a ver com a saúde do coração
Relacionamento conjugal e saúde do coração podem parecer temas distantes, mas a ciência mostra que eles estão mais conectados do que se imagina.
Um amplo estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology indica que a qualidade da relação entre parceiros influencia hábitos de vida, saúde emocional e pode impactar fatores ligados às doenças cardíacas.
Na prática, isso significa que cuidar do coração vai além de exames, remédios e mudanças individuais no estilo de vida.
O ambiente emocional e quem está ao lado do paciente no dia a dia também fazem diferença.
Quando o parceiro influencia a recuperação do coração
Tradicionalmente, o tratamento da doença cardíaca foca apenas no paciente.
O novo estudo, porém, mostra que esse olhar pode ser limitado.
Ao analisar 12 estudos clínicos com mais de 1.400 casais, os pesquisadores observaram que a participação ativa do parceiro tende a melhorar alguns resultados do tratamento.
Casais que passaram juntos por programas de orientação e acompanhamento tiveram mais facilidade para adotar hábitos saudáveis. Entre eles, praticar atividade física, seguir corretamente a medicação, reduzir o consumo de sal e gordura e até abandonar o cigarro.
Não se trata de vigiar ou controlar o outro, mas de caminhar junto no processo de cuidado.
Apoio emocional também protege o coração
Conviver com uma doença cardíaca costuma gerar medo, ansiedade e insegurança, tanto em quem enfrenta o problema quanto em quem está ao lado.
O estudo mostra que emoções negativas persistentes, como ansiedade e depressão, estão associadas a piores resultados para a saúde do coração.
O estresse constante pode influenciar a pressão arterial, os batimentos cardíacos e até a resposta do organismo ao tratamento.
Quando há diálogo, apoio e parceria, esse estresse tende a ser menor. Isso facilita o cuidado diário e aumenta a chance de a pessoa seguir corretamente o tratamento.
Já relações marcadas por conflitos frequentes podem ter o efeito contrário.
Elas aumentam a tensão emocional, elevam hormônios ligados ao estresse e dificultam hábitos básicos de saúde.
Relações saudáveis ajudam a manter bons hábitos
Outro ponto relevante é que casais costumam compartilhar comportamentos.
Quando um parceiro adota hábitos mais saudáveis, como se exercitar ou parar de fumar, o outro tem mais chance de seguir o mesmo caminho.
É por isso que relacionamento conjugal e saúde do coração caminham lado a lado.
A rotina compartilhada pode funcionar como um incentivo silencioso ou, em alguns casos, como um obstáculo.
Quando a relação é positiva, ela se torna uma aliada do tratamento. Quando é marcada por tensão constante, pode dificultar mudanças importantes no estilo de vida.
Quando o relacionamento deixa de ajudar na recuperação
O estudo mostra que cerca de 30% das pessoas com doença cardíaca relatam conflitos ou insatisfação no relacionamento. Nesses casos, apenas incluir o parceiro no tratamento nem sempre é suficiente.
Os pesquisadores defendem que os profissionais de saúde passem a considerar também a qualidade da relação.
Em situações mais leves, orientações simples podem ajudar. Em outras, o apoio psicológico ao casal pode ser necessário.
Cuidar do coração vai além de exames, remédios e mudanças individuais
O ambiente emocional dentro de casa influencia escolhas, hábitos e a forma como a pessoa lida com a própria saúde.
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