Trocar o açúcar por sucralose é mesmo uma substituição inteligente? Estudo traz um dado alarmante

Nos últimos anos, a busca por alternativas ao açúcar levou milhões de pessoas a adotarem adoçantes artificiais, como a sucralose. Amplamente utilizada na indústria alimentícia e presente em produtos diet e zero açúcar, a sucralose é vista como uma opção segura e saudável.

No entanto, um novo estudo revelou que essa substituição pode não ser tão benéfica quanto se imaginava. Hoje, vamos falar sobre esse assunto, aqui no SaúdeLAB.

O que diz a ciência sobre a sucralose?

A sucralose é um adoçante artificial derivado da sacarose e tem a fama de ser uma opção mais saudável, pois não contém calorias e não afeta diretamente os níveis de glicose no sangue. No entanto, pesquisadores vêm analisando seus impactos a longo prazo e descobriram que seu consumo pode ter efeitos inesperados no organismo.

Um estudo recente publicado por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia trouxe um dado preocupante: a sucralose pode aumentar a atividade do hipotálamo, uma região do cérebro responsável pelo controle do apetite e do metabolismo.

Isso significa que, ao invés de ajudar no controle de peso e na redução do consumo calórico, o adoçante pode estimular a fome e levar ao aumento do consumo de alimentos.

Por que a sucralose pode aumentar o apetite?

O estudo comparou os efeitos do açúcar e da sucralose no cérebro humano e encontrou uma diferença significativa. Enquanto o açúcar ativa as vias normais de recompensa e saciedade no cérebro, a sucralose parece não gerar a mesma resposta, levando o corpo a uma espécie de “confusão metabólica”.

Os pesquisadores observaram que, ao consumir sucralose, houve um aumento na atividade do hipotálamo, indicando que o organismo pode interpretar a ausência de calorias como um déficit energético.

Como resultado, o corpo pode estimular a fome e levar a um consumo maior de alimentos, o que contradiz a ideia de que substituir o açúcar por adoçantes artificiais ajuda no emagrecimento.

Os riscos metabólicos do consumo de sucralose

Além do possível aumento no apetite, outros estudos sugerem que a sucralose pode alterar a microbiota intestinal, afetando o equilíbrio das bactérias benéficas no organismo.

Isso pode ter consequências para a saúde metabólica, aumentando o risco de resistência à insulina e até mesmo contribuindo para o desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2.

Outro ponto de preocupação é o impacto da sucralose em processos inflamatórios. Algumas pesquisas indicam que o consumo frequente desse adoçante pode desencadear respostas inflamatórias no organismo, o que está associado a diversas doenças crônicas, incluindo obesidade e problemas cardiovasculares.

A sucralose é segura? O que dizem as autoridades?

Apesar dessas descobertas, a sucralose continua sendo aprovada por órgãos reguladores como a FDA (Food and Drug Administration) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que a classificam como segura para consumo dentro dos limites estabelecidos.

No entanto, os estudos mais recentes sugerem que o consumo excessivo pode ter efeitos adversos que ainda precisam ser mais bem compreendidos.

O grande problema é que muitas pessoas consomem sucralose diariamente sem perceber, pois ela está presente em uma ampla variedade de produtos industrializados, como refrigerantes, iogurtes, biscoitos e até medicamentos.

Qual a melhor alternativa ao açúcar?

Se a sucralose não é a melhor opção, então o que usar no lugar do açúcar? A resposta depende dos objetivos individuais de cada pessoa. Algumas alternativas naturais e potencialmente mais saudáveis incluem:

  • Stevia: Um adoçante natural extraído da planta Stevia rebaudiana, que não altera os níveis de açúcar no sangue e tem um poder adoçante muito superior ao do açúcar.
  • Eritritol: Um álcool de açúcar com poucas calorias e menor impacto metabólico, além de ser bem tolerado pelo organismo.
  • Mel e açúcar de coco: Opções naturais que, apesar de conterem calorias, possuem menor impacto glicêmico do que o açúcar refinado e oferecem nutrientes adicionais.
  • Xilitol: Outro tipo de álcool de açúcar que pode ser usado como substituto do açúcar com menor impacto glicêmico.

O ideal: aprender a consumir alimentos sem açúcar e sem adoçantes

Em vez de apenas substituir o açúcar por adoçantes artificiais, uma abordagem mais saudável seria reduzir gradativamente a necessidade de sabores doces. Isso pode ser feito através de mudanças de hábito, como:

  • Preferir alimentos naturais e minimamente processados;
  • Experimentar receitas sem adoçantes, valorizando o sabor natural dos ingredientes;
  • Reduzir o consumo de produtos ultraprocessados que contêm açúcares e adoçantes escondidos;
  • Adaptar o paladar para uma alimentação menos dependente do doce.

Essa transição pode levar um tempo, mas a longo prazo traz benefícios para a saúde, evitando os riscos tanto do açúcar quanto dos adoçantes artificiais.

Embora a sucralose seja amplamente aceita como uma alternativa ao açúcar, os novos estudos levantam questões importantes sobre seus efeitos a longo prazo. O fato de ela aumentar a atividade no hipotálamo e potencialmente estimular o apetite pode tornar sua substituição menos vantajosa do que se imaginava.

Diante dessas informações, o ideal é adotar uma abordagem equilibrada: reduzir o consumo de açúcar, mas sem recorrer excessivamente a adoçantes artificiais. Optar por alternativas naturais e manter uma alimentação baseada em alimentos integrais pode ser a melhor estratégia para promover a saúde e o bem-estar a longo prazo.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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